Ushuaia, Argentina

Ultima Estação: Fim do Mundo


Em Espera
Passageiros aguardam nas carruagens durante uma das paragens panorâmicas do percurso Ushuaia - Estacão do Fim do Mundo
Pipo, o Prisioneiro
Pipo, um figurante que traz à memória os prisioneiros que foram os passageiros originais.
Aceno
Stuart Anderson, o canadiano director do Tren del Fim del Mundo acena para um outro funcionário da estação
Curva a vapor
Composição do Tren del Fin del Mundo surge do meio da floresta austral de faias.
À Pressão
Manometros e mostradores de uma das locomotivas que rebocam o Tren del Fin del Mundo.
Ao Comando
Maquinista galês aos comandos de uma das locomotivas que servem o Tren del Fin del Mundo.
Retrovisão
Maquinista examina a composição para trás da locomotiva que opera.
Grande Pântano
Pântano nas imediações da baia Lapataia
Vapor de arranque
Locomotiva solta vapor à saída de uma das estações em que se detém o Tren del Fin del Mundo.
Quase lá
Composição do Tren del Fin del Mundo vence mais uma curva e aproxima-se da estação terminal.
Paisagem de cepos
Paisagem repleta de cepos deixados pelas incursões ferroviárias dos prisioneiros de Ushuaia em busca de lenha para o presídio
Orquestra da Estação
Músicos tocam clássicos de tango e tarantella e dão as boas-vindas aos passageiros do Tren del Fin del Mundo
Melodias
Músico toca concertina integrado numa banda de acolhimento à Estacão do Fim do Mundo
Estação do Fim do Mundo
Placard anuncia a Estación del Fin del Mundo, situada no vale do rio Pipo, a 8 km do centro de Ushuaia.
Leitura de Estação
Funcionária na sala de espera da Estacão do Fim do Mundo
Até 1947, o Tren del Fin del Mundo fez incontáveis viagens para que os condenados do presídio de Ushuaia cortassem lenha. Hoje, os passageiros são outros mas nenhuma outra composição passa mais a Sul.

A recepção aos passageiros dificulta a formulação de um imaginário histórico credível. Estamos ainda 100 metros e já se ouvem os acordes de tango tocados pelos músicos à entrada.

E, chegados ao parque de estacionamento vislumbramos a pequena orquestra trajada de negro e melancólica, disposta contra uma parede de madeira.

Músico da Estação do comboio do Fim do Mundo, Terra do Fogo, Argentina

Músicos tocam clássicos de tango e tarantella e dão as boas-vindas aos passageiros do Comboio do Fim do Mundo

Dois violinistas apuram as melodias e esforçam-se por seguir o ritmo marcado por um contrabaixista com ar de indígena sul-americano, como o fazem dois tocadores visivelmente infelizes de concertina.

Os Passageiros Dão Entrada na Estação do Fim do Mundo

Apesar de assim dadas, à fiel moda psico-depressiva argentina, as boas-vindas estimulam os visitantes de Ushuaia, que nem que seja por estarem na cidade mais a sul do Mundo, e se verem a uns meros 1000 km da Antárctida, já têm motivos para comemorar.

Como se não bastasse, aprestam-se a embarcar num dos mais emblemáticos comboios à face da Terra para atravessar um  cenário meridional inolvidável.

Comboio do Fim do Mundo, Terra do Fogo, Argentina

Composição do Comboio do Fim do Mundo vence mais uma curva e aproxima-se da estação terminal.

Stuart, o chefe de estação canadiano, emite avisos em espanhol e inglês pelos altifalantes estridentes da estação. Ao fim de alguns, a equipa de “hospedeiros” certifica-se de que ninguém falta e é dado o apito que sinaliza a partida.

Representante do Comboio do Fim do Mundo, Terra do Fogo, Argentina

Stuart Anderson, o canadiano director do Tren del Fim del Mundo acena para um outro funcionário da estação

A Locomoção Histórica da Camila

Aos comandos de um maquinista veterano sazonalmente emigrado do País de Gales, Camila, a locomotiva vedeta da frota do Ferrocarril Austral Fuegino solta uma nuvem escura de fumo para o tecto do edifício e outra, branca, de vapor que envolve a sua base.

Maquinista do Comboio do Fim do Mundo, Terra do Fogo, Argentina

Maquinista galês aos comandos de uma das locomotivas que servem o Tren del Fin del Mundo.

A esforço, a velha máquina conquista os metros inaugurais do percurso. Enquanto isso, nas carruagens VIP, são servidos os primeiros flutes de champanhe e realizados os brindes correspondentes. Como a orquestra, a euforia a bordo deslustra o passado.

Comboio do Fim do Mundo, Terra do Fogo, Argentina

Passageiros aguardam nas carruagens durante uma das paragens panorâmicas do percurso Ushuaia – Estacão do Fim do Mundo

Os Tempos do Desterro Presidiário no Fim do Mundo

A curta viagem desde o presídio até aos bosques de faias antárcticas que tinham que cortar até era um dos raros momentos de relativa liberdade e de comunhão dos prisioneiros com a natureza em seu redor.

Mas o Verão e bom tempo agora aproveitados pelos visitantes duram pouco mais que três meses em Ushuaia e na Terra do Fogo.

Muitas das suas incursões à floresta tinham lugar sob condições desagradáveis, por vezes extremas, que maldiziam com todo o vocabulário insultante que conheciam, de igual forma aos machados e aos intermináveis troncos que lhes massacravam as mãos e as costas.

Comboio do Fim do Mundo, Terra do Fogo, paisagem com cepos, Argentina

Paisagem repleta de cepos deixados pelas incursões ferroviárias dos prisioneiros de Ushuaia em busca de lenha para o presídio

Em conjunto, aquele comboio e o seu trajecto de ida e volta, mais a cela e o degredo nos fundos da América do Sul constituíam o seu castigo. E de nada valia escapar, porque estão condenadas ao insucesso as evasões para lado nenhum.

A Origem Precária do Presídio do Fim do Mundo de Ushuaia

No fim do século XIX, a Argentina instalou em Ushuaia uma colónia penal e os primeiros clientes chegaram por volta de 1884. Era necessária lenha para os aquecer e madeira para erguer os edifícios que albergariam os que estavam a caminho.

As autoridades enveredaram, assim, por uma curiosa aventura ferroviária em que bois puxavam pequenos vagões sobre carris de madeira. Sete anos depois, a infra-estrutura continuava a parecer demasiado rudimentar ao governador e este ordenou a sua substituição por carris Decauville com uma bitola de 500 mm.

Comboio do Fim do Mundo, vapor locomotiva, Terra do Fogo, Argentina

Locomotiva solta vapor à saída de uma das estações em que se detém o Tren del Fin del Mundo.

Em breve, uma locomotiva não animal viria a rebocar carruagens e centenas de convictos ao longo da costa, em frente das casas da Ushuaia que então se desenvolvia.

Em pouco tempo, os moradores passaram a tratar a estranha composição como El Tren de Los Presos. Na altura, embora poucos soubessem, o papel daqueles passageiros era duplo. À imagem das suas ofensas.

Desterros com o Fim de uma Colonização à Força

A Terra do Fogo mantinha-se inexplorada, à mercê das pretensões territoriais das novas nações rivais argentina e chilena. Consciente da urgência, o Presidente Júlio Argentino Roca decidiu matar dois coelhos com uma cajadada. Inspirou-se no exemplo de Port Arthur, na Tasmânia e desterrou, para ali, prisioneiros políticos ou de delito grave reincidentes.

Ao mesmo tempo que se viu livre do incómodo, manteve aquelas longínquas paragens habitadas, consolidando a legitimidade da posse argentina.

Comboio do Fim do Mundo, Terra do Fogo, Argentina

Composição do Tren del Fin del Mundo surge do meio da floresta austral de faias.

Os carris foram-se alongando em busca de nova floresta para cortar. Nesse tempo, mais e mais criminosos tiveram em Ushuaia a sua última paragem. Muitos ali morreram, outros, raros, cumpriram as penas e regressaram às procedências. Dois, mais únicos ainda, escaparam por algumas semanas até serem recapturados.

Em 1947, a prisão foi desactivada e substituída por uma base naval. Dois anos depois, o forte sismo da Terra do Fogo destruiu grande parte do caminho de ferro.

Da Realidade Cruel aos Figurantes que Entretêm os Turistas

Pipo usa o nome do rio que, a espaços, corre ao longo dos carris. Foi contratado para recuperar a personagem do prisioneiro e representa o seu papel num uniforme prisional listado em azul e amarelo. Mantém uma postura cabisbaixa de ligeira humilhação que não detém os turistas ansiosos de fazerem o seu trabalho.

Figurante de prisioneiro, Comboio do Fim do Mundo, Terra do Fogo, Argentina

Pipo, um figurante que traz à memória os prisioneiros que foram os passageiros originais.

No trajecto, foram fotografando a paisagem fuegina incluindo o Valle del Pico e a cascata de Macarena. Depois, registaram com entusiasmo redobrado o cenário preservado dos milhares de cepos cortados pelos condenados.

Faltam só os presos e, na sua ausência, Pipo tem que servir.

À saída da estação terminal de El Parque, enquadram-no, assim, dezenas de pequenas câmaras reluzentes. E o figurante conforma-se com a sua punição que, desde o famoso “cacerolazo” de 2001, que os pesos argentinos custam ainda mais a ganhar. “Sabem uma coisa amigos, há dias em que me sinto como os verdadeiros prisioneiros. Não tenho fuga possível.” Lamenta-se-nos, em tom humorístico, após dez minutos de conversa.

Do Caminho de Ferro à Vastidão da Terra do Fogo

Nada tem a ver com estacionamento automóvel, o pouso final do caminho de ferro. Para deslumbramento e conveniência dos passageiros, fica a pouca distância a entrada do Parque Nacional Tierra del Fuego e o último estertor da Cordilheira dos Andes, com as suas montanhas longínquas sempre nevadas.

Atravessam-no exploradores exigentes que, entre o relevo, descobrem lagos profundos, margens alagadas reclamadas por comunidades de castores e litorais recortados e dramáticos como o da Baía Lapataia. Para diante, o longo Canal Beagle.

Comboio do Fim do Mundo, Terra do Fogo, pântano na Baía Lapataia, Argentina

Pântano nas imediações da baia Lapataia

Muitos, coordenam a volta destas deambulações austrais com os horários do comboio. Regressam a Ushuaia dias depois, cansados mas recompensados, a bordo do Tren del Fin del Mundo.

Ainda dispostos a se aventurarem ao extremo oposto da região para visitarem a estância de Harberton, a fazenda pioneira e solitária da Terra do Fogo.

Fianarantsoa-Manakara, Madagáscar

A Bordo do TGV Malgaxe

Partimos de Fianarantsoa às 7a.m. Só às 3 da madrugada seguinte completámos os 170km para Manakara. Os nativos chamam a este comboio quase secular Train Grandes Vibrations. Durante a longa viagem, sentimos, bem fortes, as do coração de Madagáscar.
Sobre Carris

Viagens de Comboio: O Melhor do Mundo Sobre Carris

Nenhuma forma de viajar é tão repetitiva e enriquecedora como seguir sobre carris. Suba a bordo destas carruagens e composições díspares e aprecie os melhores cenários do Mundo sobre Carris.
Ushuaia, Argentina

A Última das Cidades Austrais

A capital da Terra do Fogo marca o limiar austral da civilização. De Ushuaia partem inúmeras incursões ao continente gelado. Nenhuma destas aventuras de toca e foge se compara à da vida na cidade final.
Canal Beagle, Argentina

Darwin e o Canal Beagle: no Rumo da Evolução

Em 1833, Charles Darwin navegou a bordo do "Beagle" pelos canais da Terra do Fogo. A sua passagem por estes confins meridionais moldou a teoria revolucionária que formulou da Terra e das suas espécies
Cairns-Kuranda, Austrália

Comboio para o Meio da Selva

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No mapa mundo, para sul do famoso pantanal brasileiro, surge uma região alagada pouco conhecida mas quase tão vasta e rica em biodiversidade. A expressão guarani Y berá define-a como “águas brilhantes”. O adjectivo ajusta-se a mais que à sua forte luminância.
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Um périplo pelas províncias de Salta e Jujuy leva-nos a desvendar um país sem sinal de pampas. Sumidos na vastidão andina, estes confins do Noroeste da Argentina também se perderam no tempo.
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Mendoza, Argentina

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Terra do Fogo, Argentina

Uma Fazenda no Fim do Mundo

Em, 1886, Thomas Bridges, um órfão inglês levado pela família missionária adoptiva para os confins do hemisfério sul fundou a herdade anciã da Terra do Fogo. Bridges e os descendentes entregaram-se ao fim do mundo. Hoje, a sua Estancia Harberton é um deslumbrante monumento argentino à determinação e à resiliência humana.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Rinoceronte, PN Kaziranga, Assam, Índia
Safari
PN Kaziranga, Índia

O Baluarte dos Monocerontes Indianos

Situado no estado de Assam, a sul do grande rio Bramaputra, o PN Kaziranga ocupa uma vasta área de pântano aluvial. Lá se concentram dois terços dos rhinocerus unicornis do mundo, entre em redor de 100 tigres, 1200 elefantes e muitos outros animais. Pressionado pela proximidade humana e pela inevitável caça furtiva, este parque precioso só não se tem conseguido proteger das cheias hiperbólicas das monções e de algumas polémicas.
Fiel em frente à gompa A gompa Kag Chode Thupten Samphel Ling.
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 15º - Kagbeni, Nepal

Às Portas do ex-Reino do Alto Mustang

Antes do século XII, Kagbeni já era uma encruzilhada de rotas comerciais na confluência de dois rios e duas cordilheiras em que os reis medievais cobravam impostos. Hoje, integra o famoso Circuito dos Annapurnas. Quando lá chegam, os caminhantes sabem que, mais acima, se esconde um domínio que, até 1992, proibia a entrada de forasteiros.
Casario tradicional, Bergen, Noruega
Arquitectura & Design
Bergen, Noruega

O Grande Porto Hanseático da Noruega

Já povoada no início do século XI, Bergen chegou a capital, monopolizou o comércio do norte norueguês e, até 1830, manteve-se uma das maiores cidades da Escandinávia. Hoje, Oslo lidera a nação. Bergen continua a destacar-se pela sua exuberância arquitectónica, urbanística e histórica.
Totems, aldeia de Botko, Malekula,Vanuatu
Aventura
Malekula, Vanuatu

Canibalismo de Carne e Osso

Até ao início do século XX, os comedores de homens ainda se banqueteavam no arquipélago de Vanuatu. Na aldeia de Botko descobrimos porque os colonizadores europeus tanto receavam a ilha de Malekula.
Danca dragao, Moon Festival, Chinatown-Sao Francisco-Estados Unidos da America
Cerimónias e Festividades
São Francisco, E.U.A.

Com a Cabeça na Lua

Chega a Setembro e os chineses de todo o mundo celebram as colheitas, a abundância e a união. A enorme sino-comunidade de São Francisco entrega-se de corpo e alma ao maior Festival da Lua californiano.
Bridgetown, cidade da Ponte e capital de Barbados, praia
Cidades
Bridgetown, Barbados

A Cidade (da Ponte) de Barbados

Fundada, na origem, enquanto Indian Bridge, junto a um pântano nauseabundo, a capital de Barbados evoluiu até a capital das Ilhas Britânicas do Barlavento. Os barbadianos tratam-na por “The City”. É a cidade natal da bem mais famosa Rihanna.
Moradora obesa de Tupola Tapaau, uma pequena ilha de Samoa Ocidental.
Comida
Tonga, Samoa Ocidental, Polinésia

Pacífico XXL

Durante séculos, os nativos das ilhas polinésias subsistiram da terra e do mar. Até que a intrusão das potências coloniais e a posterior introdução de peças de carne gordas, da fast-food e das bebidas açucaradas geraram uma praga de diabetes e de obesidade. Hoje, enquanto boa parte do PIB nacional de Tonga, de Samoa Ocidental e vizinhas é desperdiçado nesses “venenos ocidentais”, os pescadores mal conseguem vender o seu peixe.
Festival MassKara, cidade de Bacolod, Filipinas
Cultura
Bacolod, Filipinas

Um Festival para Rir da Tragédia

Por volta de 1980, o valor do açúcar, uma importante fonte de riqueza da ilha filipina de Negros caia a pique e o ferry “Don Juan” que a servia afundou e tirou a vida a mais de 176 passageiros, grande parte negrenses. A comunidade local resolveu reagir à depressão gerada por estes dramas. Assim surgiu o MassKara, uma festa apostada em recuperar os sorrisos da população.
Natação, Austrália Ocidental, Estilo Aussie, Sol nascente nos olhos
Desporto
Busselton, Austrália

2000 metros em Estilo Aussie

Em 1853, Busselton foi dotada de um dos pontões então mais longos do Mundo. Quando a estrutura decaiu, os moradores decidiram dar a volta ao problema. Desde 1996 que o fazem, todos os anos. A nadar.
Natal na Austrália, Platipus = ornitorrincos
Em Viagem
Atherton Tableland, Austrália

A Milhas do Natal (parte II)

A 25 Dezembro, exploramos o interior elevado, bucólico mas tropical do norte de Queensland. Ignoramos o paradeiro da maioria dos habitantes e estranhamos a absoluta ausência da quadra natalícia.
Retorno na mesma moeda
Étnico
Dawki, Índia

Dawki, Dawki, Bangladesh à Vista

Descemos das terras altas e montanhosas de Meghalaya para as planas a sul e abaixo. Ali, o caudal translúcido e verde do Dawki faz de fronteira entre a Índia e o Bangladesh. Sob um calor húmido que há muito não sentíamos, o rio também atrai centenas de indianos e bangladeshianos entregues a uma pitoresca evasão.
Ocaso, Avenida dos Baobás, Madagascar
Portfólio Fotográfico Got2Globe

Dias Como Tantos Outros

Vittoriosa, Birgu, Malta, Waterfront, Marina
História
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À Conquista da Cidade Vittoriosa

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A Irmã Polinésia que Qualquer Ilha Gostaria de Ter

A meros 17km de Taiti, Moorea não conta com uma única cidade e abriga um décimo dos habitantes. Há muito que os taitianos veem o sol pôr-se e transformar a ilha ao lado numa silhueta enevoada para, horas depois, lhe devolver as cores e formas exuberantes. Para quem visita estas paragens longínquas do Pacífico, conhecer também Moorea é um privilégio a dobrar.
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Um Lobo Pouco Solitário

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Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
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Em viagem pela América Central, exploramos um litoral da Costa Rica tão afro quanto das Caraíbas. Em Cahuita, a Pura Vida inspira-se numa fé excêntrica em Jah e numa devoção alucinante pela cannabis.
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Religião
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Uma Caminhada entre a Aclimatização e a Peregrinação

Em pleno Circuito Annapurna, chegamos por fim a Manang (3519m). Ainda a precisarmos de aclimatizar para os trechos mais elevados que se seguiam, inauguramos uma jornada também espiritual a uma caverna nepalesa de Milarepa (4000m), o refúgio de um siddha (sábio) e santo budista.
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Sobre Carris
Nesbyen a Flam, Noruega

Flam Railway: Noruega Sublime da Primeira à Última Estação

Por estrada e a bordo do Flam Railway, num dos itinerários ferroviários mais íngremes do mundo, chegamos a Flam e à entrada do Sognefjord, o maior, mais profundo e reverenciado dos fiordes da Escandinávia. Do ponto de partida à derradeira estação, confirma-se monumental esta Noruega que desvendamos.
mercado peixe Tsukiji, toquio, japao
Sociedade
Tóquio, Japão

O Mercado de Peixe que Perdeu a Frescura

Num ano, cada japonês come mais que o seu peso em peixe e marisco. Desde 1935, que uma parte considerável era processada e vendida no maior mercado piscícola do mundo. Tsukiji foi encerrado em Outubro de 2018, e substituído pelo de Toyosu.
Vendedores de fruta, Enxame, Moçambique
Vida Quotidiana
Enxame, Moçambique

Área de Serviço à Moda Moçambicana

Repete-se em quase todas as paragens em povoações de Moçambique dignas de aparecer nos mapas. O machimbombo (autocarro) detém-se e é cercado por uma multidão de empresários ansiosos. Os produtos oferecidos podem ser universais como água ou bolachas ou típicos da zona. Nesta região a uns quilómetros de Nampula, as vendas de fruta eram sucediam-se, sempre bastante intensas.
Leões juvenis num braço arenoso do rio Chire
Vida Selvagem
PN Liwonde, Malawi

A Reanimação Prodigiosa do PN Liwonde

Durante largo tempo, a incúria generalizada e o alastrar da caça furtiva vitimaram esta reserva animal. Em 2015, a African Parks entrou em cena. Em pouco tempo, também beneficiário da água abundante do lago Malombe e do rio Chire, o Parque Nacional Liwonde tornou-se um dos mais vivos e exuberantes do Malawi.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.