Ushuaia, Argentina

A Última das Cidades Austrais


Velho Farol
Farol antigo de Ushuaia, situado na proximidade do presídio da cidade.
Porto à pinha
Cruzeiros e outros navios ancorados ao largo de Ushuaia
El Bodegon Fueguino
Um dos restaurantes acolhedores do fim do mundo, instalado numa casa das muitas casas de madeira de Ushuaia.
De regresso do glaciar Martial
Passageiros do sistema de transporte que conduz às imediações do glaciar Martial.
Casario de Ushuaia
Vista de Ushuaia, com o seu casario disperso ao longo do Canal Beagle.
Dali para o Mundo
Placa com direcções nos arredores de Ushuaia.
Glaciar Martial
O pequeno - e a diminuir de ano para ano - glaciar El Martial, no topo das montanhas homónimas.
Husky puxador
Husky da matilha de El Mono um criador de cães de dogsledge de Ushuaia.
Marinheiro Bark Europa
Marinheiro prepara velas do navio Bark Europa, prestes a zarpar para a Antárctida.
Marinheiro no Fim do Mundo
Marinheiro francês faz-se fotografar junto do painel que assinala Ushuaia como o fim do mundo.
Georges Leygues
Um marinheiro francês de visita ao fim do mundo.
Moradora de Ushuaia
Moradora de Ushuaia com traços indígenas.
Embarque para a Antárctida
Passageiros atrasados por uma greve no aeroporto de Buenos Aires sobem a bordo do barco em que viajarão até à Antárctida.
Cela do Presídio
Visitantes examinam uma cela do velho presídio de Ushuaia, para onde foram enviados os prisioneiros mais perigosos ou problemáticos da Argentina
Bar Ideal
Moradores de Ushuaia no interior acolhedor do Bar Ideal.
Ushuaia e o Canal Beagle
Panorama de Ushuaia vista do cimo do Glaciar Martial.
A capital da Terra do Fogo marca o limiar austral da civilização. De Ushuaia partem inúmeras incursões ao continente gelado. Nenhuma destas aventuras de toca e foge se compara à da vida na cidade final.

À medida que o avião baixa tornam-se mais nítidos os recortes irregulares da Terra do Fogo e as suas cores dominantes: o azul-escuro do mar gélido, os verdes, amarelos e vermelhos da vegetação e o branco e negro das montanhas finais dos Andes e o casario de Ushuaia.

A aterragem requer uma inversão de sentido. Sobrevoamos, em círculo, o Canal Beagle e confrontamo-nos com o casario brilhante de Ushuaia, espraiado ao longo do sopé da Cordilheira Darwin, aqui com cerca de 1500 metros de altitude. Quando o deixamos de ver, o avião pousa, como mandam as regras, contra o vento e suavemente.

A Recepção Calorosa de Ushuaia

Por pura diversão, rogamos pragas à panóplia de roupa invernal que nos atafulha as mochilas. Sabemos que aos 54,48 graus sul, momentos quase estivais como o que encontramos são tão raros como coqueiros e que de um momento para o outro, as massas de ar frio provenientes do continente gelado reconquistam o seu território.

Não foram os dias solarengos destes confins que ficaram para a história. Nem são o deleite e o conforto as sensações que mais se retiram das peripécias dos aventureiros que o desbravaram.

Mesmo assim, muito mudou desde então. Como no tempo de Magalhães e Fitz Roy, Ushuaia e Buenos Aires continuam a 3500 km de distância mas a Terra do Fogo deixou de ser apenas uma região de provações e privações. A sua capital usufrui do título de urbe mais austral do mundo.

Em 1975, Bruce Chatwin narrou-a “Na Patagónia” como “uma cidade sem crianças com residentes com faces que azularam devido ao frio e que lançam olhares hostis aos forasteiros”.  Ainda assim, Ushuaia encanta, todos os anos, milhares de visitantes bem menos destemidos que os seus pioneiros.

Com 64.000 habitantes, Ushuaia é apenas a 97a urbe da Argentina. Desde há algumas décadas, o estatuto de cidade mais meridional à face da Terra tem-lhe concedido privilégios que compensam a sua pequenez.

Direcções para o Mundo, Ushuaia, ultima das cidades, Terra do Fogo, Argentina

Placa com direcções nos arredores de Ushuaia.

A Disputa pelo Título de Cidade Mais Austral

Esse estatuto é invejado pelos suspeitos do costume, sempre que se debatem questões fronteiriças ou geográficas destas paragens: os rivais chilenos.

Do outro lado do Canal Beagle, mais a sul, longínqua mas real, fica Puerto Williams, a povoação congénere chilena que os Fueginos querem que continue sem fornecimento de gás natural e privada do estatuto de cidade para que o epíteto de Ushuaia não pule para lá da fronteira.

Com o objectivo de conquistar o embalo civilizacional que beneficiou a vizinha argentina, Puerto Williams reclama com frequência o título. Franco, o dono de um veleiro em que navegamos pelo litoral próximo, explica-nos a seriedade da questão, enquanto arruma o convés: “amigos, vocês passam cá uns dias.

É-vos difícil perceber o que está envolvido. Só para terem uma ideia… apesar de com isso ter prejuízo financeiro, o governo argentino barra o fornecimento de gás natural a Puerto Williams para evitar que se desenvolva. Impressionante não é? Na minha opinião fazem muito bem. Nem quero imaginar o rombo que a nossa economia ia sofrer se eles passassem a cidade.”

Os intentos de Puerto Williams são tão ambiciosos como difíceis de concretizar. A população local é constituída por apenas dois mil habitantes, na maioria famílias de militares aquartelados nas bases dos arredores.

De cada vez que os chilenos voltam a reclamar o título, Ushuaia derrota-os citando a legislação que define oficialmente como cidade uma entidade urbana com mais de 5000 habitantes. Incomparavelmente menos que os de Ushuaia.

A Origem Missionária de Ushuaia, a Última das Cidades

Ushuaia começou a formar-se, em 1870, por acção da Sociedade Missionária da América do Sul, uma instituição religiosa britânica que ali ergueu a sua filial na Terra do Fogo, para abordar e converter os indígenas, principalmente os de etnia Yahgan.

Moradora de Ushuaia, ultima das cidades, Terra do Fogo, Argentina

Moradora de Ushuaia com traços indígenas.

Pouco depois, os governantes argentinos construíram um presídio.

De 1884 até cerca de 1947, juntaram-se à pequena povoação milhares de vizinhos problemáticos: os criminosos e presos políticos mais temidos do país.

Presídio, Ushuaia, ultima das cidades, Terra do Fogo, Argentina

Visitantes examinam uma cela do velho presídio de Ushuaia, para onde foram enviados os prisioneiros mais perigosos ou problemáticos da Argentina

Por essa altura – a segunda metade do século XX -, fruto da sua posição privilegiada, Ushuaia assumiu-se como uma base naval de grande importância militar para a Argentina e aliados.

Pelo mesmo motivo – acrescido de significantes regalias financeiras concedidas pelo governo argentino – instalaram-se, mais recentemente, diversas empresas, principalmente de montagem de componentes electrónicos.

Os salários elevados e baixa tributação provocaram um afluxo de novos habitantes, recém-chegados argentinos e estrangeiros. Com o advento suplementar do turismo, a cidade desenvolveu-se até à sua dimensão e aspecto actual.

Ascensão ao Glaciar Martial e a Vista para a Última das Cidades

Na mesma manhã em que chegamos, saímos em direcção às montanhas e ao glaciar Martial que nos dizem ter vistas ideais para apreciar e compreender a localização dramática de Ushuaia.

Glaciar Martial, Ushuaia, ultima das cidades, Terra do Fogo, Argentina

O pequeno – e a diminuir de ano para ano – glaciar El Martial, no topo das montanhas homónimas.

Após uma longa subida que combina caminhada e teleférico, pelo meio de uma densa floresta ainda a amarelar, chegamos ao primeiro ponto panorâmico.

Bem acima da floresta verdejante de lengas e de nires, a meia-encosta da cordillera Martial – onde o glaciar homónimo se rende ao aquecimento global – revela a vastidão azul do Canal Beagle, a península sinuosa em que se espraia Ushuaia e o casario colorido, denso e numeroso que, em parte, a preenche.

Percebemos, então, melhor que nunca, como a derradeira cidade negociou a sua existência com a cordilheira e com o mar.

Ushuaia, ultima das cidades, Terra do Fogo, Argentina

Panorama de Ushuaia vista do cimo do Glaciar Martial.

Só a componente natural deste panorama existia, em 1520, quando Fernão de Magalhães liderou a sua expedição através do estreito mais a norte, e descobriu uma inesperada passagem do oceano Atlântico para o Pacífico.

À data, Magalhães deparou-se, ali, com tribos indígenas Alakaluf, Mane’kenk, Selk’nam e Yamaná, os nativos que partilhavam a área. Surpreendeu-o a solução a que chegaram para sobreviverem ao frio austral, sempre munidos de pequenos fogos, incluindo, em deslocação, sobre as suas canoas.

Inspirado pela estranha abundância de fogueiras, Magalhães baptizou a região de Terra dos Fumos. O nome viria a ser alterado para o que perdura e define a última das províncias argentinas: Terra do Fogo.

De cada vez que o sol vence as nuvens, é reflectido pelos telhados metálicos das casas, feitos de zinco e alumínio.

Bodegon Fueguino, Ushuaia, ultima das cidades, Terra do Fogo, Argentina

Um dos restaurantes acolhedores do fim do mundo, instalado numa casa das muitas casas de madeira de Ushuaia.

Muitos são pintados. Isso dá ao casario um visual multicolor que se projecta no azul vivo do canal Beagle, para lá dos limites urbanos.

E nos tons variados das folhas das faias que cobrem a montanha até às imediações do glaciar.

Teleférico para glaciar Martial, Ushuaia, ultima das cidades, Terra do Fogo, Argentina

Passageiros do sistema de transporte que conduz às imediações do glaciar Martial.

Calle contra Calle, na Última das Cidades Austrais

Regressamos ao sopé da cordilheira e retomamos a deambulação por Ushuaia.

Depressa percebemos que o centro urbano da cidade se resume a umas quantas ruas que se repetem de forma linear, inclinadas e delimitadas por edifícios baixos.  Abrange duas calles principais, a Maipu e a Deloqui.

À primeira vista, as verdadeiras atracções escasseiam. Destacam-se sobretudo os edifícios históricos da Legislatura Provincial, a Iglésia de la Merced, a Casa Beban e o Presídio.

Não vemos sinal de vendedores de rua ou angariadores de clientes a pressionar quem passa mas, apesar de tranquilo, este cientro depressa se prova uma armadilha comercial, repleto de lojas de recordações, roupa e equipamento para os desportos de Inverno, de pequenas agências de tours, bares, restaurantes e geladarias.

Bar Ideal, Ushuaia, ultima das cidades, Terra do Fogo, Argentina

Moradores de Ushuaia no interior acolhedor do Bar Ideal.

Mas não foi o turismo que esteve na origem da fundação de Ushuaia. E a capital fuegina continua pouco disposta a depender apenas dos forasteiros.

A abundância de peixe e de gás natural facilita a tarefa e os governos argentino e da Terra do Fogo têm cumprido a sua parte concedendo incentivos fiscais que atraíram várias multinacionais tecnológicas, como a Grundig.

Chegamos ao fim da encosta. Lá desvendamos a Baía de Ushuaia e as paisagens firmes da Cordilheira Darwin, retocadas pela luz suave que sempre incide neste recanto meridional do mundo.

Casario de Ushuaia, ultima das cidades, Terra do Fogo, Argentina

Vista de Ushuaia, com o seu casario disperso ao longo do Canal Beagle.

A Inesperada Invasão Francesa de Ushuaia

Seguimos ao longo da baía até chegarmos ao pontão que acolhe os navios militares, de carga e de passageiros atracados na cidade. Ficamos a observá-los do Molhe do Turista até que, subitamente, de e uma enorme fragata de guerra francesa na extremidade da doca, zarpam vários zodiacs carregados de marinheiros.

Avançam, a grande velocidade, na nossa direcção. Desembarcam exactamente no passadiço em que nos encontramos que passa de refúgio tranquilo a “território gaulês”. Forma-se um frenesim justificado, se vindo de uma tripulação que há muitos dias não põe pé em terra.

Quando nada o fazia prever, damos por nós a fotografar grupos de marujos francius que fazem questão de se eternizar em frente à placa que assinala “Ushuaia: fin del mundo”. “La derniére, monsieur, s’il vous plait! 

Marinheiro de Ushuaia, ultima das cidades, Terra do Fogo, Argentina

Marinheiro francês faz-se fotografar junto do painel que assinala Ushuaia como o fim do mundo.

Antárctida: rumo à Última Fronteira

A partir do Molhe do Turista, avistam-se os navios acabados de chegar ou prestes a zarpar para o continente gelado. São antigas embarcações científicas ou militares russas, argentinas e americanas: o “Orlova“, o “M/V Discovery“, o “Antartica AA“, o “M/V Grigoriy Mikheev“, entre outros, e até uma antiga barca holandesa – o “Bark Europa” – que o recém-descoberto potencial turístico da Antárctida fez com que fossem transformadas em ferries, se bem que artilhados contra ondas gigantescas e mares brancos e semi-sólidos.

À espera do início da viagem das suas vidas estão passageiros com contas bancárias recheadas. O continente gelado está ali a apenas 1000km mas aventura não é para todos. Os programas mais acessíveis rondam os 3000 dólares para percursos de 9 a 15 dias.

Parece-nos dinheiro bem gasto. Ao observarmos os itinerários, detectamos lugares míticos: as Falkland (Malvinas), o Cabo Horn, a Geórgia do Sul e as Shetland do Sul ainda antes de ancorar na Península Antárctica.

Percorremos o pontão de cima abaixo e partilhamos um pouco da agitação e da expectativa que paira no ar.

Passageiros de cruzeiro Antárctida, Ushuaia, ultima das cidades, Terra do Fogo, Argentina

Passageiros atrasados por uma greve no aeroporto de Buenos Aires sobem a bordo do barco em que viajarão até à Antárctida.

Há uma greve no aeroporto de Ezeiza, de Buenos Aires. Atrasados, os passageiros chegam a conta gotas . Enquanto estes são recebidos pela tripulação e a sua bagagem é içada por grua, os que conseguiram cumprir o horário convivem a bordo.

A pressa é relativa. O embarque oficial devia fazer-se nessa tarde mas os barcos só zarpam na madrugada seguinte.

O Anacrónico Bark Europa

Damos atenção especial ao Bark Europa, uma embarcação de três mastros, movida por um máximo de 30 velas mas, quando necessário, apoiada por motores. Foi construída em 1911 e restaurada em 1994 para conduzir as mais diversas expedições.

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Marinheiro contempla as montanhas nos arredores de Ushuaia sobre o navio Bark Europa

Recentemente foi-lhe atribuído um itinerário anual com início em Amsterdão, que passa por Lisboa e Tenerife, continua até Salvador e Ushuaia onde se mantém de fins de Novembro a fins de Fevereiro operando sucessivas expedições à Antárctida.

A tripulação do “Bark Europa” é composta por catorze marinheiros profissionais mas integra dezenas de voluntários que assim podem realizar o sonho de navegar à moda antiga, naquelas paragens desafiantes do Planeta

Do cais, observamos um dos tripulantes residentes cumprir diversas tarefas a toda a latitude dos mastros e do labirinto de cordas que sustém as velas.

Husky, Marinheiro Bark Europa, Ushuaia, ultima das cidades, Terra do Fogo, Argentina

Marinheiro prepara velas do navio Bark Europa, prestes a zarpar para a Antárctida.

Trajado de jardineira de ganga, à moda arrojada dos marinheiros dos nossos tempos, move-se com a ligeireza ganha em intermináveis dias de treino mas também com a segurança da experiência adquirida.

No convés, os passageiros admiram as manobras, conversam e saboreiam vinho. Entretanto escurece. Vamos investigar outro barco, ancorado em terra.

Após uma noite revigorante de sono, na madrugada seguinte, os navios e passageiros na longa doca vão deixar Ushuaia, para lá do fim do mundo.

Porto, Ushuaia, ultima das cidades, Terra do Fogo, Argentina

Cruzeiros e outros navios ancorados ao largo de Ushuaia

Valletta, Malta

As Capitais Não se Medem aos Palmos

Por altura da sua fundação, a Ordem dos Cavaleiros Hospitalários apodou-a de "a mais humilde". Com o passar dos séculos, o título deixou de lhe servir. Em 2018, Valletta foi a Capital Europeia da Cultura mais exígua de sempre e uma das mais recheadas de história e deslumbrantes de que há memória.
Cabo da Boa Esperança - Cape of Good Hope NP, África do Sul

À Beira do Velho Fim do Mundo

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Ushuaia, Argentina

Ultima Estação: Fim do Mundo

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Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Leão, elefantes, PN Hwange, Zimbabwe
Parques Naturais
PN Hwange, Zimbabwé

O Legado do Saudoso Leão Cecil

No dia 1 de Julho de 2015, Walter Palmer, um dentista e caçador de trofeus do Minnesota matou Cecil, o leão mais famoso do Zimbabué. O abate gerou uma onda viral de indignação. Como constatamos no PN Hwange, quase dois anos volvidos, os descendentes de Cecil prosperam.
Noite ilumina a margem do Mar Cáspio e as Flame Towers de Baku
Património Mundial UNESCO
Baku, Azerbaijão

A Metrópole que Despontou com o Petróleo do Cáspio

Em 1941, Hitler ditou o Azerbaijão um dos objectivos da Operação Barbarossa. O motivo foi a mesma abundância de ouro negro e gás natural que propulsionou a opulência da capital azeri sobre o Mar Cáspio. Baku tornou-se a grande metrópole do Cáucaso. Numa longa fusão entre Comunismo e Capitalismo. Entre o Leste e o Ocidente.
Era Susi rebocado por cão, Oulanka, Finlandia
Personagens
PN Oulanka, Finlândia

Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
Cabo Ledo Angola, moxixeiros
Praias
Cabo Ledo, Angola

O Cabo Ledo e a Baía do Regozijo

A apenas a 120km a sul de Luanda, vagas do Atlântico caprichosas e falésias coroadas de moxixeiros disputam a terra de musseque. Partilham a grande enseada forasteiros rendidos ao cenário e os angolanos residentes que o mar generoso há muito sustenta.
Santo Sepulcro, Jerusalém, igrejas cristãs, sacerdote com insensário
Religião
Basílica Santo Sepúlcro, Jerusalém, Israel

O Templo Supremo das Velhas Igrejas Cristãs

Foi mandada construir pelo imperador Constantino, no lugar da Crucificação e Ressurreição de Jesus e de um antigo templo de Vénus. Na génese, uma obra Bizantina, a Basílica do Santo Sepúlcro é, hoje, partilhada e disputada por várias denominações cristãs como o grande edifício unificador do Cristianismo.
Train Fianarantsoa a Manakara, TGV Malgaxe, locomotiva
Sobre Carris
Fianarantsoa-Manakara, Madagáscar

A Bordo do TGV Malgaxe

Partimos de Fianarantsoa às 7a.m. Só às 3 da madrugada seguinte completámos os 170km para Manakara. Os nativos chamam a este comboio quase secular Train Grandes Vibrations. Durante a longa viagem, sentimos, bem fortes, as do coração de Madagáscar.
Vegetais, Little India, Singapura de Sari, Singapura
Sociedade
Little India, Singapura

Little Índia. A Singapura de Sari

São uns milhares de habitantes em vez dos 1.3 mil milhões da pátria-mãe mas não falta alma à Little India, um bairro da ínfima Singapura. Nem alma, nem cheiro a caril e música de Bollywood.
saksun, Ilhas Faroé, Streymoy, aviso
Vida Quotidiana
Saksun, StreymoyIlhas Faroé

A Aldeia Faroesa que Não Quer ser a Disneylandia

Saksun é uma de várias pequenas povoações deslumbrantes das Ilhas Faroé, que cada vez mais forasteiros visitam. Diferencia-a a aversão aos turistas do seu principal proprietário rural, autor de repetidas antipatias e atentados contra os invasores da sua terra.
Ovelhas e caminhantes em Mykines, ilhas Faroé
Vida Selvagem
Mykines, Ilhas Faroé

No Faroeste das Faroé

Mykines estabelece o limiar ocidental do arquipélago Faroé. Chegou a albergar 179 pessoas mas a dureza do retiro levou a melhor. Hoje, só lá resistem nove almas. Quando a visitamos, encontramos a ilha entregue aos seus mil ovinos e às colónias irrequietas de papagaios-do-mar.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.