Goa, Índia

Para Goa, Rapidamente e em Força


Promessa?
Mulher sobe a escadaria da Igreja da Srª da Imaculada Conceição, um dos monumentos religiosos mais impressionantes de Pangim.
Sapatos abençoados
Sapatos de participantes num casamento tradicional hindu a ter lugar, ao fim da tarde, nas imediações de Anjuna.
À cabeça
Rapariga transporta um alguidar carregado sobre o pôr-do-sol e numa das ruas centrais de Pangim, a capital goesa.
Rochas divinas
Escultura de Shiva acompanhado de uma tartaruga durante a maré vazia da praia de Vagator, nas imediações de Anjuna.
Brincadeiras Balneares
Crianças criam posições com estilo sobre o areal de uma praia de Goa, em grande diversão.
Outra Goa
Barco passa por um velho pontão num braço de mar nos arredores de Pangim, em Goa.
Uma Boda Hindu
Casal durante uma cerimónia matrimonial nas imediações de Anjuna, e segundo os preceitos sagrados e coloridos da religião hindu.
Vendedoras e Vacas balneares
Vendedoras de panos goeses contornam vacas em repouso sagrado sobre o areal de uma praia a norte de Anjuna.
Imponência colonial
A igreja de Nossa Srª da Conceição, destacada num branco imaculado contra o azulão forte sobre a capital de Goa.
“Little Business”
Raparigas tentam vender panos garridos a clientes de um restaurante de praia, equilibradas sobre uma laje de rocha muito irregular.
Num transe cerimonial
Participante num casamento a ter lugar em Anjuna entoa um cântico hindu absorto na espiritualidade da sua religião.
República Lodging
A fachada peculiar do velho hotel República, na capital goesa Pangim.
Debaixo dos panos
Vendedoras de lenços e panos fazem uma pausa no seu giro pelas praias e posam para a fotografia.
Uma súbita ânsia por herança tropical indo-portuguesa faz-nos viajar em vários transportes mas quase sem paragens, de Lisboa à famosa praia de Anjuna. Só ali, a muito custo, conseguimos descansar.

O Inverno permanece rigoroso na pátria tuga e gera um súbito desejo de evasão para outro lado mais aconchegante do Mundo.

Dezassete horas após a descolagem de uma Portela frígida, aterramos na abafada Mumbai. Abençoados pelo trânsito fluído da cidade àquela hora tardia, depressa prosseguimos para a Central Station.

O Longo Trecho Ferroviário entre Bombaim e Goa

Faltam várias horas para a partida do Mandovi Express mas não há uma única sala ou negócio aberto na gare. Sem alternativa, instalamo-nos contra a parede de uma plataforma limítrofe, o mais abstraídos possível das incursões das ratazanas à depressão lúgubre e oleosa em que repousavam  os carris.

A composição parte pouco depois do nascer do sol. Celebramos o facto de os assentos rebaterem como se de uma bênção de Shiva se tratasse. Acomodada a bagagem, aterramos na diagonal.

Só acordamos centenas de quilómetros depois, no limiar do estado de Maharashtra e com o de Goa a anunciar-se.

“Old Goa, Anjuna, Panjim?” interrogam-nos outros passageiros determinados em que saíssemos na estação certa. Deixamos a composição entregue à estação da Velha Goa e, com a penumbra a insinuar-se, transferimo-nos num Ambassador branco para uma pousada de nome Punan, plantada na beira-mar de Anjuna.

A Beira-Mar Tropical e Mochileira de Anjuna

Nessa noite, ainda espreitamos um ensaio de rave party nas imediações. Havia lua cheia mas faltava transe ao evento e as abordagens incessantes de vendedores de tudo um pouco acabaram por nos convencer a regressar aos novos aposentos.

O primeiro despertar em Goa tem a recompensa de um pequeno-almoço revigorante numa esplanada elevada. Saboreamos a refeição com prazer e tranquilidade. Não tanto como desejávamos.

Little Business

Raparigas tentam vender panos garridos a clientes de um restaurante de praia, equilibradas sobre uma laje de rocha muito irregular.

É com surpresa que escutamos vozes femininas vindas de baixo: “Little business, sir, madam!” Just a little business.” Intrigados, espreitamos sobre o varandim e descobrimos duas jovens vendedoras na laje negra e porosa. Carregam panos abertos acima das cabeças.

As adolescentes intensificam o apelo. “Very good cloth, madam. Please, tell me a good price!”. Por essa hora, dávamos absoluta prioridade ao mergulho inaugural no Mar da Arábia. O desejo não tardaria a realizar-se.

Rochas divinas

Escultura de Shiva acompanhado de uma tartaruga durante a maré vazia da praia de Vagator, nas imediações de Anjuna.

O Areal Agitado de Goa e do Mar da Arábia

Após o longo banho e um convívio deitado sobre o areal de Anjuna, assalta-nos de novo o apetite. Compramos espetadas de abacaxi e adoçamos ainda mais a manhã. É, de novo, sol de pouca dura.

Vacas indianas, sagradas como todas, rainhas soberbas da praia sentem, no ar, o aroma açucarado da fruta.

Num ápice, temo-las com os focinhos junto às faces, a fazerem-se ao que restava do petisco. A sua persistência torna-se tal que nos força a levantar dos páreos.

Instigado pela batalha ganha, aquele gado balnear persegue-nos enquanto corremos, às voltas, de espetadas na ponta dos dedos.

Afastamo-nos o suficiente para as desencorajarmos e aproveitamos o balanço para caminharmos pelo litoral a norte. Também para aqueles lados, mais vendedoras e mais vacas protagonizariam reproduções das cenas anteriores.

Vendedoras e Vacas balneares

Vendedoras de panos goeses contornam vacas em repouso sagrado sobre o areal de uma praia a norte de Anjuna.

A vingança não é intencional mas, com a devida autorização, juntamo-nos a um casamento hindu para que, sem verdadeiro aviso ou convite que fosse, nos convoca.

De uma forma fotográfica, perturbamo-lo o mais que podemos.

Uma Boda Hindu

Casal durante uma cerimónia matrimonial nas imediações de Anjuna, e segundo os preceitos sagrados e coloridos da religião hindu.

Ficheiros Secretos. Mulder & Scully numa Inesperado Cinema de Goa

Foi preciso esperarmos pela noite escura e pelo retiro do terraço da Punan guest-house para sentirmos uma paz indisputada. Dessa vez, para variar, somos nós a pôr-lhe cobro.

Um clarão intrigante cintila nos ares. Não nos parece ter o padrão de festa rave nem são horas para tal. Resolvemos investigar. Achamos um anfiteatro modular quase repleto. Mesmo sem sermos grandes fãs, damos connosco a acompanhar um velho episódio da série X-Files, projectado num lençol branco gigante.

No coração de Anjuna, sob um firmamento hiperestrelado, suados devido ao calor do Verão goês, entre coqueiros altivos e outros atributos do tropicalismo indiano, acompanhamos a dupla Mulder & Scully em “Ice”, uma aventura esotérica passada num cenário árctico grandioso do Alasca.

Mas estávamos em falta para com a portugalidade de Goa. A meio da manhã seguinte, alugamos uma motoreta e mudamo-nos para Pangim.

Promessa?Na capital, deambulamos por entre ruelas com nomes tão familiares como alguns dos nossos, subimos ao Altinho e à igreja de Nª Srª da Imaculada Conceição.

Ao Deus Dará, pelas Ruas da Capital Pangim

Nos bairros das Fontainhas e de São Tomé, falamos com vários habitantes com tez mais clara, olhos verde-azeitona e outros tons, antes pouco comuns naquelas partes da Índia que só a presença histórica portuguesa pode justificar.

À cabeça

Rapariga transporta um alguidar carregado sobre o pôr-do-sol e numa das ruas centrais de Pangim, a capital goesa.

Um ou outro nativos mais idosos atrevem-se a exemplificar o seu domínio enferrujado da nossa língua e até a exprimir algum saudosismo do já distante passado colonial. “O que vos posso dizer é que tínhamos uma boa vida todos juntos, afiança-nos um Sr. Lourenço”.

O governo indiano discorda, cumpre o seu papel e continua a resgatar o território dos antigos senhorios. Recentemente, anunciou a promulgação de uma lei que confisca propriedades de portugueses em Goa. A decisão ainda dá que falar.

Já as almas empreendedoras da cidade, preferem lucrar com o legado cultural. Apuramo-lo num dos barcos de cruzeiros no rio Mandovi. Além da tripulação, seguem também a bordo um batalhão de homens indianos e umas dezenas de senhoras de saris.

“Malhão, Malhão” e Outros Êxitos Portugueses, Rio Mandovi Acima

Mal nos tínhamos ainda ambientado, quando os anfitriões dão início a um espectáculo que contempla interpretações de canções populares anglófonas, indianas. E também portuguesas.

Todos os passageiros – nós muito mais que os restantes – se surpreendem com uma imitação de rancho folclórico de visual indo-minhoto. O espanto passa a apreensão e, logo, a pavor quando nos convocam para um deturpado “Malhão, Malhão”.

Já os homens indianos rejubilam quando chega a sua vez. Terminadas as exibições ao vivo, os animadores passam a altos berros um qualquer êxito bollywoodesco. Mal o reconhece, a turba projecta-se das mesas para a pista.

Como se todos tivessem nascido Shahrukh Khans ou outros ídolos de Mumbay, contorcem-se, abanam os braços e as mãos para um lado e para o outro, para cima e para baixo de forma tresloucada. E emulam, num delicioso êxtase embarcado as coreografias que passaram a vida a admirar.

As mulheres do grupo, essas, limitam-se a assistir.

Numa outra tarde, passamos pela Velha Goa e examinamos o património eclesiástico majestoso ali deixado pela nossa nação de aventureiros, descobridores e missionários, em particular, pela Basílica do Bom Jesus onde jaz o corpo de São Francisco de Xavier, o Apóstolo do Oriente.

Imponência colonialPartida em Aflição Para Cochim

Quando percebemos que o comboio que tínhamos que apanhar para sul, passava pela estação local dentro de três horas, entramos em modo de aflição.

Saímos disparados para entregar a motoreta e arranjámos um táxi que nos espera na pousada enquanto metemos tudo à pressa nas mochilas. Pagamos a estadia e avisamos o motorista deste novo Ambassador que tem que seguir prego a fundo.

O homem faz questão de nos provar a qualidade daqueles clássicos. Quase voa para o interior de Goa. Pelo caminho, ainda gabamos a música que passa no seu auto-rádio de museu. Acabamos por lhe comprar a cassete. ­

À chegada, vemos o Netravati Express já a ganhar balanço. Ainda o apanhamos. Quinze horas depois, dávamos entrada em Cochim.

Goa, Índia

O Último Estertor da Portugalidade Goesa

A proeminente cidade de Goa já justificava o título de “Roma do Oriente” quando, a meio do século XVI, epidemias de malária e de cólera a votaram ao abandono. A Nova Goa (Pangim) por que foi trocada chegou a sede administrativa da Índia Portuguesa mas viu-se anexada pela União Indiana do pós-independência. Em ambas, o tempo e a negligência são maleitas que agora fazem definhar o legado colonial luso.
Ilha Ibo, Moçambique

Ilha de um Moçambique Ido

Foi fortificada, em 1791, pelos portugueses que expulsaram os árabes das Quirimbas e se apoderaram das suas rotas comerciais. Tornou-se o 2º entreposto português da costa oriental de África e, mais tarde, a capital da província de Cabo Delgado, Moçambique. Com o fim do tráfico de escravos na viragem para o século XX e a passagem da capital para Porto Amélia, a ilha Ibo viu-se no fascinante remanso em que se encontra.
Guwahati, India

A Cidade que Venera Kamakhya e a Fertilidade

Guwahati é a maior cidade do estado de Assam e do Nordeste indiano. Também é uma das que mais se desenvolve do mundo. Para os hindus e crentes devotos do Tantra, não será coincidência lá ser venerada Kamakhya, a deusa-mãe da criação.
Dooars, Índia

Às Portas dos Himalaias

Chegamos ao limiar norte de Bengala Ocidental. O subcontinente entrega-se a uma vasta planície aluvial preenchida por plantações de chá, selva, rios que a monção faz transbordar sobre arrozais sem fim e povoações a rebentar pelas costuras. Na iminência da maior das cordilheiras e do reino montanhoso do Butão, por óbvia influência colonial britânica, a Índia trata esta região deslumbrante por Dooars.
Gangtok, Índia

Uma Vida a Meia-Encosta

Gangtok é a capital de Sikkim, um antigo reino da secção dos Himalaias da Rota da Seda tornado província indiana em 1975. A cidade surge equilibrada numa vertente, de frente para a Kanchenjunga, a terceira maior elevação do mundo que muitos nativos crêem abrigar um Vale paradisíaco da Imortalidade. A sua íngreme e esforçada existência budista visa, ali, ou noutra parte, o alcançarem.
Meghalaya, Índia

Pontes de Povos que Criam Raízes

A imprevisibilidade dos rios na região mais chuvosa à face da Terra nunca demoveu os Khasi e os Jaintia. Confrontadas com a abundância de árvores ficus elastica nos seus vales, estas etnias habituaram-se a moldar-lhes os ramos e estirpes. Da sua tradição perdida no tempo, legaram centenas de pontes de raízes deslumbrantes às futuras gerações.
Príncipe, São Tomé e Príncipe

Viagem ao Retiro Nobre da Ilha do Príncipe

A 150 km de solidão para norte da matriarca São Tomé, a ilha do Príncipe eleva-se do Atlântico profundo num cenário abrupto e vulcânico de montanha coberta de selva. Há muito encerrada na sua natureza tropical arrebatadora e num passado luso-colonial contido mas comovente, esta pequena ilha africana ainda abriga mais estórias para contar que visitantes para as escutar.
Ilha de Moçambique, Moçambique  

A Ilha de Ali Musa Bin Bique. Perdão, de Moçambique

Com a chegada de Vasco da Gama ao extremo sudeste de África, os portugueses tomaram uma ilha antes governada por um emir árabe a quem acabaram por adulterar o nome. O emir perdeu o território e o cargo. Moçambique - o nome moldado - perdura na ilha resplandecente em que tudo começou e também baptizou a nação que a colonização lusa acabou por formar.
Ooty, Índia

No Cenário Quase Ideal de Bollywood

O conflito com o Paquistão e a ameaça do terrorismo tornaram as filmagens em Caxemira e Uttar Pradesh um drama. Em Ooty, constatamos como esta antiga estação colonial britânica assumia o protagonismo.

Hampi, India

À Descoberta do Antigo Reino de Bisnaga

Em 1565, o império hindu de Vijayanagar sucumbiu a ataques inimigos. 45 anos antes, já tinha sido vítima da aportuguesação do seu nome por dois aventureiros portugueses que o revelaram ao Ocidente.

Jaisalmer, Índia

Há Festa no Deserto do Thar

Mal o curto Inverno parte, Jaisalmer entrega-se a desfiles, a corridas de camelos e a competições de turbantes e de bigodes. As suas muralhas, ruelas e as dunas em redor ganham mais cor que nunca. Durante os três dias do evento, nativos e forasteiros assistem, deslumbrados, a como o vasto e inóspito Thar resplandece afinal de vida.
Tawang, Índia

O Vale Místico da Profunda Discórdia

No limiar norte da província indiana de Arunachal Pradesh, Tawang abriga cenários dramáticos de montanha, aldeias de etnia Mompa e mosteiros budistas majestosos. Mesmo se desde 1962 os rivais chineses não o trespassam, Pequim olha para este domínio como parte do seu Tibete. De acordo, há muito que a religiosidade e o espiritualismo ali comungam com um forte militarismo.
Dawki, Índia

Dawki, Dawki, Bangladesh à Vista

Descemos das terras altas e montanhosas de Meghalaya para as planas a sul e abaixo. Ali, o caudal translúcido e verde do Dawki faz de fronteira entre a Índia e o Bangladesh. Sob um calor húmido que há muito não sentíamos, o rio também atrai centenas de indianos e bangladeshianos entregues a uma pitoresca evasão.
Shillong, India

Selfiestão de Natal num Baluarte Cristão da Índia

Chega Dezembro. Com uma população em larga medida cristã, o estado de Meghalaya sincroniza a sua Natividade com a do Ocidente e destoa do sobrelotado subcontinente hindu e muçulmano. Shillong, a capital, resplandece de fé, felicidade, jingle bells e iluminações garridas. Para deslumbre dos veraneantes indianos de outras partes e credos.
Siliguri a Darjeeling, Índia

Ainda Circula a Sério o Comboio Himalaia de Brincar

Nem o forte declive de alguns tramos nem a modernidade o detêm. De Siliguri, no sopé tropical da grande cordilheira asiática, a Darjeeling, já com os seus picos cimeiros à vista, o mais famoso dos Toy Trains indianos assegura há 117 anos, dia após dia, um árduo percurso de sonho. De viagem pela zona, subimos a bordo e deixamo-nos encantar.
Maguri Bill, Índia

Um Pantanal nos Confins do Nordeste Indiano

O Maguri Bill ocupa uma área anfíbia nas imediações assamesas do rio Bramaputra. É louvado como um habitat incrível sobretudo de aves. Quando o navegamos em modo de gôndola, deparamo-nos com muito (mas muito) mais vida que apenas a asada.
Jaisalmer, Índia

A Vida que Resiste no Forte Dourado de Jaisalmer

A fortaleza de Jaisalmer foi erguida a partir de 1156 por ordem de Rawal Jaisal, governante de um clã poderoso dos confins hoje indianos do Deserto do Thar. Mais de oito séculos volvidos, apesar da contínua pressão do turismo, partilham o interior vasto e intrincado do último dos fortes habitados da Índia quase quatro mil descendentes dos habitantes originais.
Guwahati a Sela Pass, Índia

Viagem Mundana ao Desfiladeiro Sagrado de Sela

Durante 25 horas, percorremos a NH13, uma das mais elevadas e perigosas estradas indianas. Viajamos da bacia do rio Bramaputra aos Himalaias disputados da província de Arunachal Pradesh. Neste artigo, descrevemos-lhe o trecho até aos 4170 m de altitude do Sela Pass que nos apontou à cidade budista-tibetana de Tawang.
PN Kaziranga, Índia

O Baluarte dos Monocerontes Indianos

Situado no estado de Assam, a sul do grande rio Bramaputra, o PN Kaziranga ocupa uma vasta área de pântano aluvial. Lá se concentram dois terços dos rhinocerus unicornis do mundo, entre em redor de 100 tigres, 1200 elefantes e muitos outros animais. Pressionado pela proximidade humana e pela inevitável caça furtiva, este parque precioso só não se tem conseguido proteger das cheias hiperbólicas das monções e de algumas polémicas.
Majuli, Índia

Uma Ilha em Contagem Decrescente

Majuli é a maior ilha fluvial da Índia e seria ainda uma das maiores à face da Terra não fosse a erosão do rio Bramaputra que há séculos a faz diminuir. Se, como se teme, ficar submersa dentro de vinte anos, mais que uma ilha, desaparecerá um reduto cultural e paisagístico realmente místico do Subcontinente.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
O rio Zambeze, PN Mana Poools
Safari
Kanga Pan, Mana Pools NP, Zimbabwe

Um Manancial Perene de Vida Selvagem

Uma depressão situada a 15km para sudeste do rio Zambeze retém água e minerais durante toda a época seca do Zimbabué. A Kanga Pan, como é conhecida, nutre um dos ecossistemas mais prolíficos do imenso e deslumbrante Parque Nacional Mana Pools.
Jovens percorrem a rua principal de Chame, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 1º - Pokhara a ChameNepal

Por Fim, a Caminho

Depois de vários dias de preparação em Pokhara, partimos em direcção aos Himalaias. O percurso pedestre só o começamos em Chame, a 2670 metros de altitude, com os picos nevados da cordilheira Annapurna já à vista. Até lá, completamos um doloroso mas necessário preâmbulo rodoviário pela sua base subtropical.
Cabana de Bay Watch, Miami beach, praia, Florida, Estados Unidos,
Arquitectura & Design
Miami Beach, E.U.A.

A Praia de Todas as Vaidades

Poucos litorais concentram, ao mesmo tempo, tanto calor e exibições de fama, de riqueza e de glória. Situada no extremo sudeste dos E.U.A., Miami Beach tem acesso por seis pontes que a ligam ao resto da Florida. É parco para o número de almas que a desejam.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Aventura
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
Cerimónias e Festividades
Pueblos del Sur, Venezuela

Os Pauliteiros de Mérida, Suas Danças e Cia

A partir do início do século XVII, com os colonos hispânicos e, mais recentemente, com os emigrantes portugueses consolidaram-se nos Pueblos del Sur, costumes e tradições bem conhecidas na Península Ibérica e, em particular, no norte de Portugal.
Teleférico que liga Puerto Plata ao cimo do PN Isabel de Torres
Cidades
Puerto Plata, República Dominicana

Prata da Casa Dominicana

Puerto Plata resultou do abandono de La Isabela, a segunda tentativa de colónia hispânica das Américas. Quase meio milénio depois do desembarque de Colombo, inaugurou o fenómeno turístico inexorável da nação. Numa passagem-relâmpago pela província, constatamos como o mar, a montanha, as gentes e o sol do Caribe a mantêm a reluzir.
Comida
Mercados

Uma Economia de Mercado

A lei da oferta e da procura dita a sua proliferação. Genéricos ou específicos, cobertos ou a céu aberto, estes espaços dedicados à compra, à venda e à troca são expressões de vida e saúde financeira.
Cultura
Cemitérios

A Última Morada

Dos sepulcros grandiosos de Novodevichy, em Moscovo, às ossadas maias encaixotadas de Pomuch, na província mexicana de Campeche, cada povo ostenta a sua forma de vida. Até na morte.
Fogo artifício de 4 de Julho-Seward, Alasca, Estados Unidos
Desporto
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
Bark Europa, Canal Beagle, Evolucao, Darwin, Ushuaia na Terra do fogo
Em Viagem
Canal Beagle, Argentina

Darwin e o Canal Beagle: no Rumo da Evolução

Em 1833, Charles Darwin navegou a bordo do "Beagle" pelos canais da Terra do Fogo. A sua passagem por estes confins meridionais moldou a teoria revolucionária que formulou da Terra e das suas espécies
Skyway cruza o Vale de Jamison
Étnico
Katoomba, Austrália

As Três Irmãs das Montanhas Azuis

Situadas a oeste de Sydney, as Blue Mountains formam um dos domínios mais procurados pelos ozzies e estrangeiros em busca de evasão. Atrai-os a beleza natural vista de Katoomba, os penhascos afiados das Three Sisters e as cascatas que se despenham sobre o vale de Jamison. À sombra deste frenesim turístico, perdura a habitual marginalização das origens e da cultura aborígene local.
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Portfólio Fotográfico Got2Globe
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Espargos, ilha do Sal, Cabo Verde
História
Ilha do Sal, Cabo Verde

O Sal da Ilha do Sal

Na iminência do século XIX, Sal mantinha-se carente de água potável e praticamente inabitada. Até que a extracção e exportação do sal lá abundante incentivou uma progressiva povoação. Hoje, o sal e as salinas dão outro sabor à ilha mais visitada de Cabo Verde.
Bubaque, Bijagós, Guiné Bissau, atracagem
Ilhas
Bubaque, Bijagós, Guiné Bissau

O Portal das Bijagós

No plano político, Bolama subsiste capital. No âmago do arquipélago e no dia-a-dia, Bubaque ocupa esse lugar. Esta cidade da ilha homónima acolhe a maior parte dos forasteiros. Em Bubaque se encantam. A partir de Bubaque, muitos se aventuram rumo a outras Bijagós.
Quebra-Gelo Sampo, Kemi, Finlândia
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Kemi, Finlândia

Não é Nenhum “Barco do Amor”. Quebra Gelo desde 1961

Construído para manter vias navegáveis sob o Inverno árctico mais extremo, o quebra-gelo Sampo” cumpriu a sua missão entre a Finlândia e a Suécia durante 30 anos. Em 1988, reformou-se e dedicou-se a viagens mais curtas que permitem aos passageiros flutuar num canal recém-aberto do Golfo de Bótnia, dentro de fatos que, mais que especiais, parecem espaciais.
Sombra vs Luz
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Quioto, Japão

O Templo de Quioto que Renasceu das Cinzas

O Pavilhão Dourado foi várias vezes poupado à destruição ao longo da história, incluindo a das bombas largadas pelos EUA mas não resistiu à perturbação mental de Hayashi Yoken. Quando o admirámos, luzia como nunca.
Parque Terra Nostra, Furnas, São Miguel, Açores, Portugal
Natureza
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O Calor Açoriano do Vale das Furnas

Surpreendemo-nos, na maior ilha dos Açores, com uma caldeira retalhada por minifúndios agrícolas, massiva e profunda ao ponto de abrigar dois vulcões, uma enorme lagoa e quase dois mil micaelenses. Poucos lugares do arquipélago são, ao mesmo tempo, tão grandiosos e acolhedores como o verdejante e fumegante Vale das Furnas.
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Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
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Parques Naturais
Saba, Holanda

A Misteriosa Rainha Holandesa de Saba

Com meros 13km2, Saba passa despercebida até aos mais viajados. Aos poucos, acima e abaixo das suas incontáveis encostas, desvendamos esta Pequena Antilha luxuriante, confim tropical, tecto montanhoso e vulcânico da mais rasa nação europeia.
A Toy Train story
Património Mundial UNESCO
Siliguri a Darjeeling, Índia

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Casal de visita a Mikhaylovskoe, povoação em que o escritor Alexander Pushkin tinha casa
Personagens
São Petersburgo e Mikhaylovskoe, Rússia

O Escritor que Sucumbiu ao Próprio Enredo

Alexander Pushkin é louvado por muitos como o maior poeta russo e o fundador da literatura russa moderna. Mas Pushkin também ditou um epílogo quase tragicómico da sua prolífica vida.
Balo Praia Creta, Grécia, a Ilha de Balos
Praias
Balos a Seitan Limani, Creta, Grécia

O Olimpo Balnear de Chania

Não é só Chania, a pólis secular, repleta de história mediterrânica, no extremo nordeste de Creta que deslumbra. Refrescam-na e aos seus moradores e visitantes, Balos, Stavros e Seitan, três dos mais exuberantes litorais da Grécia.

Camboja, Angkor, Ta Phrom
Religião
Ho Chi-Minh a Angkor, Camboja

O Tortuoso Caminho para Angkor

Do Vietname em diante, as estradas cambojanas desfeitas e os campos de minas remetem-nos para os anos do terror Khmer Vermelho. Sobrevivemos e somos recompensados com a visão do maior templo religioso
Trem do Serra do Mar, Paraná, vista arejada
Sobre Carris
Curitiba a Morretes, Paraná, Brasil

Paraná Abaixo, a Bordo do Trem Serra do Mar

Durante mais de dois séculos, só uma estrada sinuosa e estreita ligava Curitiba ao litoral. Até que, em 1885, uma empresa francesa inaugurou um caminho-de-ferro com 110 km. Percorremo-lo, até Morretes, a estação, hoje, final para passageiros. A 40km do término original e costeiro de Paranaguá.
Creel, Chihuahua, Carlos Venzor, coleccionador, museu
Sociedade
Chihuahua a Creel, Chihuahua, México

A Caminho de Creel

Com Chihuahua para trás, apontamos a sudoeste e a terras ainda mais elevadas do norte mexicano. Junto a Ciudad Cuauhtémoc, visitamos um ancião menonita. Em redor de Creel, convivemos, pela primeira vez, com a comunidade indígena Rarámuri da Serra de Tarahumara.
Cruzamento movimentado de Tóquio, Japão
Vida Quotidiana
Tóquio, Japão

A Noite Sem Fim da Capital do Sol Nascente

Dizer que Tóquio não dorme é eufemismo. Numa das maiores e mais sofisticadas urbes à face da Terra, o crepúsculo marca apenas o renovar do quotidiano frenético. E são milhões as suas almas que, ou não encontram lugar ao sol, ou fazem mais sentido nos turnos “escuros” e obscuros que se seguem.
Curieuse Island, Seychelles, tartarugas de Aldabra
Vida Selvagem
Île Felicité e Île Curieuse, Seychelles

De Leprosaria a Lar de Tartarugas Gigantes

A meio do século XVIII, continuava inabitada e ignorada pelos europeus. A expedição francesa do navio “La Curieuse” revelou-a e inspirou-lhe o baptismo. Os britânicos mantiveram-na uma colónia de leprosos até 1968. Hoje, a Île Curieuse acolhe centenas de tartarugas de Aldabra, o mais longevo animal terrestre.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.