Walvis Bay, Namíbia

O Litoral Descomunal de Walvis Bay


Velho Farol, agora Lodge
Navío Pouso
Bando em Terra
Mola Mola Jipe
O Pouso
Intrusos na Colónia
Pura Curiosidade
Pela Crista das Areias
Contra o Vento
Passageiro Esquecido
A Marginal
Chacal em Busca
The Raft
A Doca
Gémeos Asados
Descolagem Apressada
Formação em Quase V
Pela Beira-Mar
Lagoa dos (muitos) Flamingos
O Pelican Point
Da maior cidade costeira da Namíbia ao limiar do deserto do Namibe de Sandwich Harbour, vai um domínio de oceano, dunas, nevoeiro e vida selvagem sem igual. Desde 1790, que a profícua Walvis Bay lhe serve de portal.

Deixamos a vizinha urbe de Swakopmund à conta.

E a contar com o caminho tal como o fim de dia anterior o tinha revelado, uma estrada B2, recta sem fim, quase sem trânsito. Depressa percebemos o quanto nos enganávamos.

Mal cruzamos o leito seco do rio Swakop que dá o nome à cidade, metemo-nos numa névoa matinal densa e flutuante. Cobria a maior parte da beira-mar entre o oceano e as dunas que antecediam a entrega do deserto do Namibe ao Atlântico.

A névoa pairava em sucessivas bolsas. Envolvia o asfalto. A espaços, concedia-nos visões de cenários namibianos surreais. A leste da estrada, montanhas de areia que a quase contraluz convertia em mistérios voláteis, lares de órix, de gazelas, de hienas-castanhas que ansiávamos vislumbrar. Do lado oposto, do mar, areais intermináveis.

Percorridos quase 20km, chegamos à entrada de Langstrand, um refúgio balnear que surge do nada, um agrupamento de casas pré-fabricadas, umas brancas, várias coloridas, que nos pareciam recém-montadas a partir dos respectivos kits.

O satélite habitacional de Langstrand é administrado por Walvis Bay. Cumpridos outros 19km, damos com o desvio para esta que era a cidade destino.

Na sua 5ª rua, cortamos para o porto, o maior da Namíbia. Juntamo-nos a um grupo de passageiros que, como nós, sabiam o quanto prometia aquela incursão à Baía de Walvis, assim baptizada pelos colonos africâner devido a quantidade de baleias (walvis) que lá encontravam.

Walvis Bay: Navegação Rumo ao Pelican Point

Num ápice, zarpamos a bordo de uma embarcação Mola Mola.

Para um retalho de Atlântico azul-escuro e frígido, aberto apenas a norte, a direção de que, à falta de marinhas, continuavam a provir vagas de neblina que o sol tropical fazia dissipar.

Aos poucos, concluímos que quase tudo na baía de Walvis aparecia em quantidade.

Enormes bandos de corvos-marinhos surgiam das profundezas da névoa em voos rápidos, tão rasantes como a neblina.

Do convés superior, víamos como a embarcação os forçava a desvios por pouco falhados.

Navegávamos ainda contra uma maré de milhares de alforrecas rosadas.

Quando nos acercamos da ponta de Pelican Point, juntam-se a essa fauna crescente bandos de aves que inspiraram o baptismo do lugar.

E colónias de leões-marinhos irrequietos.

Oli, o guia, convida seus representantes para bordo.

Sobe, primeiro, um leão-marinho felizardo que a tripulação alimenta de peixes.

Segue-se um pelicano-branco volumoso que haveria de nos acompanhar durante quase toda a expedição.

Atingimos o extremo daquela península arenosa.

Ondas vigorosas embatem no areal elevado e salpicam as centenas de leões-marinhos que o partilham.

Ali próximas, duas estruturas quebram o predomínio natural da paisagem.

Uma delas é uma plataforma petrolífera, numa área em que a própria portuguesa Galp tem tentado a sua sorte.

A outra, um grande navio-diamantífero que buscava pedras preciosas no leito marinho.

Formavam um duo de miragens modernas que nos intrigavam, mas que nunca atormentaram os descobridores europeus destas paragens.

Liderados por um comandante português, claro está.

O Pioneirismo e Desinteresse Português na Colonização destas Paragens

Em 1485, Diogo Cão atingiu o que denominaria de Cabo Cruz, 160km a norte de Walvis Bay, hoje, famoso pelo padrão dos descobrimentos que celebra a sua façanha.

Ainda mais, pela sua colónia populosa de lobos-marinhos-do-cabo, uma das maiores à face da Terra.

Decorridos dois anos, Bartolomeu Dias seguiu-lhe o rasto, em busca de uma passagem para o oceano Índico e para as terras das especiarias.

No encalço do Cabo das Tormentas, fez o navio Almirante São Cristóvão ancorar na mesma baía de que estávamos prestes a sair.

Baptizou o abrigo de Golfo de Santa Maria da Conceição.

Por essa altura, a prioridade da Coroa Portuguesa era atingir as Índias, diz-se que, em simultâneo, encontrar o mítico Prestes João.

Desérticas e inóspitas como se revelavam, estas terras não suscitaram que o rei D. João II as reclamasse.

Aliás, o deserto do Namibe desencorajou de tal maneira as potências coloniais europeias que, só passados mais de três séculos (em 1793), os Países Baixos reivindicaram a região.

Seguiram-se os ingleses. E, em 1910, dela se apoderaram os sul-africanos.

Até à independência namibiana de 1990.

A contradizer o secular desprezo inicial da Europa, nós, como qualquer passageiro da agência Mola Mola, continuávamos num sério deslumbre.

De Volta ao Interior da Baía, sempre na Companhia de Leões-Marinhos

O timoneiro abandona a proteção da Walvis Bay. Ilude as vagas, por ali, poderosas, em busca dos cetáceos que lhe deram o nome. Nessa manhã, em vão.

De acordo, regressamos para a protecção da baía.

Navegamos o mais próximo possível das colónias de leões-marinhos, com respeito para as normas que protegiam os animais.

Essas regras não se aplicavam, da mesma maneira, a vários caiaquers.

Estes, pagaiavam entre centenas de espécimes que nadavam e executavam acrobacias e tropelias em redor, a uns poucos metros da multidão ruidosa, cheirosa e conflituosa que disputava o areal e os raios de sol.

Por altura do antigo farol de Pelican Point, hoje, convertido em lodge requintado, um chacal que tinha percorrido toda a península em busca de alimento, cirandava entre a colónia.

De olho nas crias desprotegidas ou de eventuais placentas libertadas pelas fêmeas.

Desembarcamos a pouca distância do velho farol.

Num acampamento braai já preparado, servem-nos ostras e espumante de entrada. Segue-se um repasto revigorante.

De Barco para Jipe, Península de Pelican Point Abaixo

Terminado o almoço, passamos do barco para um jipe, conduzido por Conrad, um morador de Walvis Bay que conhecia de cor e salteado aquelas paragens, e o que nelas podia ou não fazer.

Conrad passa por uns poucos surfistas que surfavam as longas e famosas ondas da Skeleton (Donkey) Bay.

Desse inusitado spot atlântico, prosseguimos para base da península.

De onde, por sua vez, cruzamos a planície lamacenta de Sandwich Harbour para o domínio homónimo em que as dunas hiperbólicas do Namibe contêm o Atlântico.

Na transição, num trecho excepcionalmente vegetado, Conrad pede-nos atenção à paisagem, de forma a encontrarmos espécimes de hienas ou herbívoros.

Detectamos impalas-de-cara-negra, gazelas e, o ponto alto, uma pequena manada de órix desconfiados.

O Inverno do Hemisfério Sul causava ventos e vagas exageradas.

As vagas, em particular, esticavam o oceano mesmo até à base das dunas. Inviabilizavam que então percorrêssemos a “zona da morte”, assim denominada por os veículos terem um tempo definido pelas marés para a percorrerem e por, demasiadas vezes, se verem encurralados pelo galgar do mar.

Conrad era demasiado experiente para cometer esse erro.

À Descoberta das Dunas Hiperbólicas do Namibe

De acordo, embrenhamo-nos para o interior do Namibe, por um labirinto de dunas que navegamos em modo de montanha-russa, com subidas graduais e descidas que o condutor escolhia o mais vertiginosas possível, por forma a irrigar a expedição de adrenalina.

No processo, atingimos a parte detrás de uma derradeira duna, cuja enorme ravina de areia, terminava 100 metros abaixo, quase directa no oceano.

“Ok, já cá estamos!” anuncia-nos o guia com tom de missão cumprida. “Se caminharem pela crista da duna acima, vão dar com a melhor vista destas paragens”.

Dito e feito.

Com o sol quase a sumir-se no Atlântico e a névoa matinal há muito dissipada, um vendaval sul-norte fazia levantar areia das arestas expostas, dificultava-nos a visão e a marcha.

Subimos o suficiente para contemplarmos aquele panorama limiar, o da duna a estender-se, a perder de vista, com o Atlântico, submisso, a seus pés.

De Regresso à Cidade de Walvis Bay, com Passagem na Lagoa dos Flamingos

Meia-hora depois, voltamos a atravessar a imensidão arenosa do Parque Nacional Namib-Naukluft.

Logo, o reduto rosado das salinas de Walvis Bay.

Já na marginal da cidade, Conrad detém-se para apreciarmos a lagoa dos flamingos e as centenas de aves pernaltas que, a essa hora, por lá se agrupavam.

Pouco depois, Walvis Bay assumiu o seu tranquilo turno da noite.

Regressamos a Swakopmund, pela mesma B2 em recta sem fim e sem trânsito, com que voltámos a poder contar.

COMO IR

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Kolmanskop, Namíbia

Gerada pelos Diamantes do Namibe, Abandonada às suas Areias

Foi a descoberta de um campo diamantífero farto, em 1908, que originou a fundação e a opulência surreal de Kolmanskop. Menos de 50 anos depois, as pedras preciosas esgotaram-se. Os habitantes deixaram a povoação ao deserto.
Lüderitz, Namibia

Wilkommen in Afrika

O chanceler Bismarck sempre desdenhou as possessões ultramarinas. Contra a sua vontade e todas as probabilidades, em plena Corrida a África, o mercador Adolf Lüderitz forçou a Alemanha assumir um recanto inóspito do continente. A cidade homónima prosperou e preserva uma das heranças mais excêntricas do império germânico.
Cape Cross, Namíbia

A Mais Tumultuosa das Colónias Africanas

Diogo Cão desembarcou neste cabo de África em 1486, instalou um padrão e fez meia-volta. O litoral imediato a norte e a sul, foi alemão, sul-africano e, por fim, namibiano. Indiferente às sucessivas transferências de nacionalidade, uma das maiores colónias de focas do mundo manteve ali o seu domínio e anima-o com latidos marinhos ensurdecedores e intermináveis embirrações.
Damaraland, Namíbia

Namíbia On the Rocks

Centenas de quilómetros para norte de Swakopmund, muitos mais das dunas emblemáticas de Sossuvlei, Damaraland acolhe desertos entrecortados por colinas de rochas avermelhadas, a maior montanha e a arte rupestre decana da jovem nação. Os colonos sul-africanos baptizaram esta região em função dos Damara, uma das etnias da Namíbia. Só estes e outros habitantes comprovam que fica na Terra.
Fish River Canyon, Namíbia

As Entranhas Namibianas de África

Quando nada o faz prever, uma vasta ravina fluvial esventra o extremo meridional da Namíbia. Com 160km de comprimento, 27km de largura e, a espaços, 550 metros de profundidade, o Fish River Canyon é o Grand Canyon de África. E um dos maiores desfiladeiros à face da Terra.
Sossusvlei, Namíbia

O Namibe Sem Saída de Sossusvlei

Quando flui, o rio efémero Tsauchab serpenteia 150km, desde as montanhas de Naukluft. Chegado a Sossusvlei, perde-se num mar de montanhas de areia que disputam o céu. Os nativos e os colonos chamaram-lhe pântano sem retorno. Quem descobre estas paragens inverosímeis da Namíbia, pensa sempre em voltar.
Twyfelfontein - Ui Aes, Namíbia

À Descoberta da Namíbia Rupestre

Durante a Idade da Pedra, o vale hoje coberto de feno do rio Aba-Huab, concentrava uma fauna diversificada que ali atraía caçadores. Em tempos mais recentes, peripécias da era colonial coloriram esta zona da Namíbia. Não tanto como os mais de 5000 petróglifos que subsistem em Ui Aes / Twyfelfontein.
Cidade do Cabo, África do Sul

Ao Fim e ao Cabo

A dobragem do Cabo das Tormentas, liderada por Bartolomeu Dias, transformou esse quase extremo sul de África numa escala incontornável. E, com o tempo, na Cidade do Cabo, um dos pontos de encontro civilizacionais e urbes monumentais à face da Terra.
Cabo da Boa Esperança - Cape of Good Hope NP, África do Sul

À Beira do Velho Fim do Mundo

Chegamos onde a grande África cedia aos domínios do “Mostrengo” Adamastor e os navegadores portugueses tremiam como varas. Ali, onde a Terra estava, afinal, longe de acabar, a esperança dos marinheiros em dobrar o tenebroso Cabo era desafiada pelas mesmas tormentas que lá continuam a grassar.
Robben Island, África do Sul

A Ilha ao Largo do Apartheid

Bartolomeu Dias foi o primeiro europeu a vislumbrar a Robben Island, aquando da sua travessia do Cabo das Tormentas. Com os séculos, os colonos transformaram-na em asilo e prisão. Nelson Mandela deixou-a em 1982, após dezoito anos de pena. Decorridos outros doze, tornou-se o primeiro presidente negro da África do Sul.
Table Mountain, África do Sul

À Mesa do Adamastor

Dos tempos primordiais das Descobertas à actualidade, a Montanha da Mesa sempre se destacou acima da imensidão sul-africana e dos oceanos em redor. Os séculos passaram e a Cidade do Cabo expandiu-se a seus pés. Tanto os capetonians como os forasteiros de visita se habituaram a contemplar, a ascender e a venerar esta meseta imponente e mítica.
Graaf-Reinet, África do Sul

Uma Lança Bóer na África do Sul

Nos primeiros tempos coloniais, os exploradores e colonos holandeses tinham pavor do Karoo, uma região de grande calor, grande frio, grandes inundações e grandes secas. Até que a Companhia Holandesa das Índias Orientais lá fundou Graaf-Reinet. De então para cá, a quarta cidade mais antiga da nação arco-íris prosperou numa encruzilhada fascinante da sua história.
PN Bwabwata, Namíbia

Um Parque Namibiano que Vale por Três

Consolidada a independência da Namíbia, em 1990, para simplificarem a sua gestão, as autoridades agruparam um trio de parques e reservas da faixa de Caprivi. O PN Bwabwata resultante acolhe uma imensidão deslumbrante de ecossistemas e vida selvagem, às margens dos rios Cubango (Okavango) e Cuando.
Spitzkoppe, Damaraland, Namíbia

A Montanha Afiada da Namíbia

Com 1728 metros, o “Matterhorn Namibiano” ergue-se abaixo das dez maiores elevações da Namíbia. Nenhuma delas se compara com a escultura granítica, dramática e emblemática de Spitzkoppe.
PN Etosha, Namíbia

A Vida Exuberante da Namíbia Branca

Um salar vasto rasga o norte namibiano. O Parque Nacional Etosha que o envolve revela-se um habitat árido, mas providencial, de incontáveis espécies selvagens africanas.
Palmwag, Namíbia

Em Busca de Rinocerontes

Partimos do âmago do oásis gerado pelo rio Uniab, habitat do maior número de rinocerontes negros do sudoeste africano. Nos passos de um pisteiro bosquímano, seguimos um espécime furtivo, deslumbrados por um cenário com o seu quê de marciano.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
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Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
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O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
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Safari
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Nem Todos os Rios Chegam ao Mar

Terceiro rio mais longo do sul de África, o Okavango nasce no planalto angolano do Bié e percorre 1600km para sudeste. Perde-se no deserto do Kalahari onde irriga um pantanal deslumbrante repleto de vida selvagem.
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Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 11º: Yak Karkha a Thorong Phedi, Nepal

A Chegada ao Sopé do Desfiladeiro

Num pouco mais de 6km, subimos dos 4018m aos 4450m, na base do desfiladeiro de Thorong La. Pelo caminho, questionamos se o que sentíamos seriam os primeiros problemas de Mal de Altitude. Nunca passou de falso alarme.
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Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
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O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.
Cerimónias e Festividades
Sósias, actores e figurantes

Estrelas do Faz de Conta

Protagonizam eventos ou são empresários de rua. Encarnam personagens incontornáveis, representam classes sociais ou épocas. Mesmo a milhas de Hollywood, sem eles, o Mundo seria mais aborrecido.
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A Cidade da Emancipação das Índias Ocidentais Dinamarquesas

Se Christiansted se afirmou como a capital e principal polo comercial da ilha de Saint Croix, a “irmã” do sotavento, Frederiksted teve o seu apogeu civilizacional quando lá se deu a revolta e posterior libertação dos escravos que garantiam a prosperidade da colónia.
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Comida
Vale de Fergana, Usbequistão

Uzbequistão, a Nação a Que Não Falta o Pão

Poucos países empregam os cereais como o Usbequistão. Nesta república da Ásia Central, o pão tem um papel vital e social. Os Uzbeques produzem-no e consomem-no com devoção e em abundância.
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Cultura
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O Berço Colossal do Budismo Nipónico

Nara deixou, há muito, de ser capital e o seu templo Todai-ji foi despromovido. Mas o Grande Salão mantém-se o maior edifício antigo de madeira do Mundo. E alberga o maior buda vairocana de bronze.
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Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
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Uma das evasões preferidas dos habitantes do estado australiano de Victoria, a via B100 desvenda um litoral sublime que o oceano moldou. Bastaram-nos uns quilómetros para percebermos porque foi baptizada de The Great Ocean Road.
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As Três Irmãs das Montanhas Azuis

Situadas a oeste de Sydney, as Blue Mountains formam um dos domínios mais procurados pelos ozzies e estrangeiros em busca de evasão. Atrai-os a beleza natural vista de Katoomba, os penhascos afiados das Three Sisters e as cascatas que se despenham sobre o vale de Jamison. À sombra deste frenesim turístico, perdura a habitual marginalização das origens e da cultura aborígene local.
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Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 2)

Um Sol, tantas Luzes

A maior parte das fotografias em viagem são tiradas com luz solar. A luz solar e a meteorologia formam uma interacção caprichosa. Saiba como a prever, detectar e usar no seu melhor.
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De Minos a Menos

Chegamos a Iraklio e, no que diz respeito a grandes cidades, a Grécia fica-se por ali. Já quanto à história e à mitologia, a capital de Creta ramifica sem fim. Minos, filho de Europa, lá teve tanto o seu palácio como o labirinto em que encerrou o minotauro. Passaram por Iraklio os árabes, os bizantinos, os venezianos e os otomanos. Os gregos que a habitam falham em lhe dar o devido valor.
Aldeia da Cuada, Ilha das Flores, Açores, quarto de arco-íris
Ilhas
Aldeia da Cuada, Ilha das Flores, Açores

O Éden Açoriano Traído pelo outro Lado do Mar

A Cuada foi fundada, estima-se que em 1676, junto ao limiar oeste das Flores. Já em pleno século XX, os seus moradores juntaram-se à grande debandada açoriana para as Américas. Deixaram para trás uma aldeia tão deslumbrante como a ilha e os Açores.
Igreja Sta Trindade, Kazbegi, Geórgia, Cáucaso
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Deus nas Alturas do Cáucaso

No século XIV, religiosos ortodoxos inspiraram-se numa ermida que um monge havia erguido a 4000 m de altitude e empoleiraram uma igreja entre o cume do Monte Kazbek (5047m) e a povoação no sopé. Cada vez mais visitantes acorrem a estas paragens místicas na iminência da Rússia. Como eles, para lá chegarmos, submetemo-nos aos caprichos da temerária Estrada Militar da Geórgia.
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A Costa de Todos os Refúgios

Ao longo de 150km, o litoral californiano submete-se a uma vastidão de montanha, oceano e nevoeiro. Neste cenário épico, centenas de almas atormentadas seguem os passos de Jack Kerouac e Henri Miller.
Luzes VIP
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Moyo: Uma Ilha Indonésia Só Para Alguns

Poucas pessoas conhecem ou tiveram o privilégio de explorar a reserva natural de Moyo. Uma delas foi a princesa Diana que, em 1993, nela se refugiou da opressão mediática que a viria a vitimar.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Camiguin, Filipinas, manguezal de Katungan.
Parques Naturais
Camiguin, Filipinas

Uma Ilha de Fogo Rendida à Água

Com mais de vinte cones acima dos 100 metros, a abrupta e luxuriante, Camiguin tem a maior concentração de vulcões que qualquer outra das 7641 ilhas filipinas ou do planeta. Mas, nos últimos tempos, nem o facto de um destes vulcões estar activo tem perturbado a paz da sua vida rural, piscatória e, para gáudio dos forasteiros, fortemente balnear.
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Património Mundial UNESCO
À Descoberta de Tassie, Parte 3, Tasmânia, Austrália

Tasmânia de Alto a Baixo

Há muito a vítima predilecta das anedotas australianas, a Tasmânia nunca perdeu o orgulho no jeito aussie mais rude ser. Tassie mantém-se envolta em mistério e misticismo numa espécie de traseiras dos antípodas. Neste artigo, narramos o percurso peculiar de Hobart, a capital instalada no sul improvável da ilha até à costa norte, a virada ao continente australiano.
Mascarado de Zorro em exibição num jantar da Pousada Hacienda del Hidalgo, El Fuerte, Sinaloa, México
Personagens
El Fuerte, Sinaloa, México

O Berço de Zorro

El Fuerte é uma cidade colonial do estado mexicano de Sinaloa. Na sua história, estará registado o nascimento de Don Diego de La Vega, diz-se que numa mansão da povoação. Na sua luta contra as injustiças do jugo espanhol, Don Diego transformava-se num mascarado esquivo. Em El Fuerte, o lendário “El Zorro” terá sempre lugar.
Tambores e tatoos
Praias
Taiti, Polinésia Francesa

Taiti Para lá do Clichê

As vizinhas Bora Bora e Maupiti têm cenários superiores mas o Taiti é há muito conotado com paraíso e há mais vida na maior e mais populosa ilha da Polinésia Francesa, o seu milenar coração cultural.
Braga ou Braka ou Brakra, no Nepal
Religião
Circuito Annapurna: 6º – Braga, Nepal

Num Nepal Mais Velho que o Mosteiro de Braga

Quatro dias de caminhada depois, dormimos aos 3.519 metros de Braga (Braka). À chegada, apenas o nome nos é familiar. Confrontados com o encanto místico da povoação, disposta em redor de um dos mosteiros budistas mais antigos e reverenciados do circuito Annapurna, lá prolongamos a aclimatização com subida ao Ice Lake (4620m).
Executivos dormem assento metro, sono, dormir, metro, comboio, Toquio, Japao
Sobre Carris
Tóquio, Japão

Os Hipno-Passageiros de Tóquio

O Japão é servido por milhões de executivos massacrados com ritmos de trabalho infernais e escassas férias. Cada minuto de tréguas a caminho do emprego ou de casa lhes serve para o seu inemuri, dormitar em público.
Mahu, Terceiro Sexo da Polinesia, Papeete, Taiti
Sociedade
Papeete, Polinésia Francesa

O Terceiro Sexo do Taiti

Herdeiros da cultura ancestral da Polinésia, os mahu preservam um papel incomum na sociedade. Perdidos algures entre os dois géneros, estes homens-mulher continuam a lutar pelo sentido das suas vidas.
Visitantes nas ruínas de Talisay, ilha de Negros, Filipinas
Vida Quotidiana
Talisay City, Filipinas

Monumento a um Amor Luso-Filipino

No final do século XIX, Mariano Lacson, um fazendeiro filipino e Maria Braga, uma portuguesa de Macau, apaixonaram-se e casaram. Durante a gravidez do que seria o seu 11º filho, Maria sucumbiu a uma queda. Destroçado, Mariano ergueu uma mansão em sua honra. Em plena 2ª Guerra Mundial, a mansão foi incendiada mas as ruínas elegantes que resistiram eternizam a sua trágica relação.
Rinoceronte, PN Kaziranga, Assam, Índia
Vida Selvagem
PN Kaziranga, Índia

O Baluarte dos Monocerontes Indianos

Situado no estado de Assam, a sul do grande rio Bramaputra, o PN Kaziranga ocupa uma vasta área de pântano aluvial. Lá se concentram dois terços dos rhinocerus unicornis do mundo, entre em redor de 100 tigres, 1200 elefantes e muitos outros animais. Pressionado pela proximidade humana e pela inevitável caça furtiva, este parque precioso só não se tem conseguido proteger das cheias hiperbólicas das monções e de algumas polémicas.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.