New Orleans, Luisiana, Estados Unidos

Big Freedia: em Modo Bounce


New Orleans é o berço do jazz e o jazz soa e ressoa nas suas ruas. Como seria de esperar, numa cidade tão criativa, lá emergem novos estilos e actos irreverentes. De visita à Big Easy, aventuramo-nos à descoberta do Bounce hip hop.

Nas mais distintas dimensões, os espectáculos sucedem-se, renovam e reforçam a notoriedade mundial de New Orleans. Nos dias que passamos na cidade, realiza-se um de muitos.

Baptizado de Fried Chicken Festival, o evento impinge um imaginário mais gastronómico que musical. Na Crescent City, as duas componentes andam, há muito tempo, lado a lado. Tornaram-se uma receita incontornável.

A caminho do evento, percorremos a Franklin Avenue, dos arredores do centro histórico, para norte, na direcção do lago Pontchartrain, um dos vários a norte da cidade, separados do Golfo do México por meros canais sinuosos. Damos entrada com o sol a despedir-se e a conceder uma penumbra iluminada mais condizente.

Cruzamos uma comunidade de trailers e outros estabelecimentos descartáveis, sobretudo de comes e bebes. Reinavam a cerveja e, como era suposto, o frango frito. A gastarmos as últimas energias, optamos por, antes do que quer que fosse, jantarmos numa área também dedicada à imprensa.

Servem-nos jambalaias. Acompanhamo-las com margaritas. Na sequência, mudamo-nos para o mais frontal e próximo do palco que conseguimos.

The Red Sample. Uma Amostra Entusiasmante da Nova Música de Atlanta

Actuam os The Red Sample, banda da Atlanta que viu nascer os Outkast, Ludacris e Lil Baby mas, de tal maneira adornada e sonorizada por um duo de tubas, que a julgamos de New Orleans.

Vocalista da Banda The Red Sample, de Atlanta, Georgia, E.U.A.

Os Red Sample mantêm o público entusiasmado e, em boa parte, dançante.

Após um intervalo de reabastecimento de bebidas animado por um DJ, irrompe em palco Big Freedia, artista da casa, orgulho de uma multidão de orleanianos e norte-americanos que vivem algures na fronteira da sexualidade.

Big Freedia é o nome artístico de Freddie Ross Jr., nascido em 1978, em New Orleans.

Big Freedia. Queen do Bounce Hip-Hop

Como tantas outras estrelas dos E.U.A., Freddie teve o seu baptismo e formação musical inicial no coro de uma igreja local. A orientação liberal e abertura de mente de New Orleans, permitiu-lhe progredir no coro da universidade que frequentou.

De tal maneira apreciado e respeitado que se tornou seu director, uma nomeação improvável na maior parte do Luisiana e dos Estados Unidos conservadores que cercam The Big Easy.

A aventura musical de Freddie Ross, estava só a começar.

Em entrevistas, Freddie confessou que, de início, sentia pânico de actuar, que teve que se forçar repetidas vezes a fazê-lo, com desconforto, até se sentir à vontade.

Pois, já a uns poucos metros do palco, a espaços, quase sob os amplificadores, vemos o enorme Big Freedia, dono de uma voz trovejante com ligeiro polimento efeminado, afirmar-se e à sua música com a determinação e segurança com que se habituou a neutralizar as inevitáveis polémicas.

Big Freedia fez questão de esclarecer ao website The Root: “Se soubesse que a Queen (na sua autobiografia) “God Save the Queen Diva” iria gerar tanta confusão, tinha-me chamado de “king”. Ora, há muito que o mesmo se aplica a Freedia e à sua fluída sexualidade.

Em 2004, numa das ruas de New Orleans, em frente à casa de um amigo, um qualquer adolescente branco disparou sobre o seu carro.

O facto de ter levantado um braço a proteger a cabeça, salvou-o de morrer. Uma das balas, nesse mesmo braço subsiste e gera dor.

Bounce pela Noite Fora

Pouco depois de Big Freedia tomar conta do palco, ladeado das suas dançarinas e dançarinos incansáveis, confrontamo-nos com uma amostra ritmada do quanto havia mutado nos seus 45 anos de vida.

De como se tornou uma personagem idolatrada, sobretudo de uma comunidade aficionada do bounce, um abanar das ancas e do rabo que evoluiu de forma pós-tribal de dança para um quase modo de vida.

Nessa ocasião, Big Freedia actua do alto do seu 1.90m (ou quase), de microfone bem próximo da boca, segurado por mãos com unhas longas, pejadas de brilhantes.

Big Freedia com o Mic, Fried Chicken Festival, New Orleans

O seu canto vigoroso, quase agressivo, dita o ritmo a que gingam os dançarinos. Não só.

Já tínhamos reparado que uma comunidade de mulheres se havia agrupado de um lado do palco. A determinada altura, Big Freedia deixa-se por elas ladear e activa excertos de temas e ritmos de bounce. As suas dançarinas abrem as hostilidades.

Logo, Big Freedia convida as mulheres em pulgas a exibirem os seus próprios bounces, sem cerimónias ou timidez. Umas poucas, exibem corpos e elasticidade de atletas.

Como acontece entre os habitantes de New Orleans e dos E.U.A. em geral, outras – na verdade demasiadas – executam bounces e twerks com exagerado excesso de peso.

Nem por isso menos empenhados.

Big Freedia e bouncers em Palco, Fried Chicken Festival, New Orleans

Voltam a dar-nos acesso ao espaço dos fotógrafos. Vemo-nos quase debaixo dos rabos oscilantes e vibrantes do mulherio em êxtase, e do de Shantoni Xavier o dançarino masculino do trio que anima a actuação de Big Freedia, esguio, escultural, ágil, de movimentos efeminados exuberantes.

Em cada exibição individual, Big Freedia e o grupo em volta apontam, incentivam e celebram a participante em destaque.

Ao fazerem-no, glorificam o Bounce, outro dos estilos (ou melhor, sub-estilos) do hip hop sulista dos Estados Unidos que se diz ter nascido em New Orleans.

A Génese Orleaniana do Bounce Hip Hop

O Bounce hip hop surgiu há mais de duas décadas, estima-se que dois anos após o nascimento de Freddie Ross Jr., notado em desenvolvimento nos recém-construídos bairros de habitação social de New Orleans.

O que passou a distinguir o Bounce das restantes formas de hip-hop foi como gerava rituais festivos de chamada-resposta, com um cantor ou speaker a pautarem o ritmo, e as coreografias.

E um grupo ou multidão de participantes a responderem com determinados movimentos.

Big Freedia e bouncer, Fried Chicken Festival

Sem surpresa, os jovens de New Orleans, depressa adicionaram cânticos e chamamentos de dança indígenas tradicionais dos dias loucos do Mardi Gras, amiúde, com forte teor sexual.

Os sons e ritmos que serviram e servem de base ao desenrolar do Bounce Hip Hop vêm de temas como “Triggerman Beat”, “Drag Rap” dos Showboys e “Brown Beats” de Cameron Paul.

Sobre esta base e outras comparáveis, o Bounce Hip Hop agita-se e complica-se.

Em certos casos, os cantores e DJs recorrem ao assobio e a gritos que evocam bairros da grande New Orleans e até os seus tais projectos sociais.

O próprio Bounce tornou-se um multi-projecto, ao longo dos anos, lançado, promovido e comercializado por dezenas de editoras discográficas.

Fãs de Big Freedia, Fried Chicken Festival, New Orleans

De tempos a tempos, Big Freedia e outros dos protagonistas do Bounce: DJ Jimo, Hot Boy Ronald, Juvenile, DJ Jubilee, Partners-N-Crime e Magnolia Shorty, entre outros, gritam “Break!!”

Pontuam, assim, os temas e samples, repletos de repetições, reverberações e codificações vocais que, soando a martelos pneumáticos, ditam a velocidade do oscilar das ancas e rabos, o louvado bounce a que assistíamos, que fotografámos, entre o transe e a incredulidade.

Atrás de nós, cantava, dançava, twerkava e bounçava uma multidão em êxtase, sobretudo de mulheres. Em vez das habituais letras repletas de “bitches”, “hoes” e afins cantadas pelos hip-hoppers mais famosos, Big Freedia, canta, com óbvia hostilidade, sobre namorados e amantes decepcionantes.

Ora, essas, são letras e queixas em que as mulheres se reveem e que têm prazer em acompanhar.

Como comprovámos por toda a cidade, New Orleans preserva intacta a sua valorização dos artistas gay, travestis, drag e outros, por norma, desprezados pelos americanos conservadores.

Malgrado as quatro décadas decorridas, New Orleans mantem-se a Capital Mundial do Bounce, num âmbito dinâmico que se intersecta, com frequência, com o também prolífico hip hop LGBT da cidade.

Big Freedia e dançarinas, em palco

Big Freedia, em particular, tem aproveitado a admiração que New Orleans e os Estados Unidos liberais dele sentem. Em 2011, foi eleito “Best Emerging Artist” e Best Hip-Hop / Rap Artist dos Best of the Beat Awards da revista Off Beat.

Dois anos depois, um canal de cabo dos EUA dedicou-lhe todo um reality show que acompanhou a sua vida em digressão e em casa.

Em 2022, Beyonce voltou a incluir a voz de Big Freedia, bem destacada no seu êxito “Break My Soul”

Neon “Be a New Orleaner…”, New Orleans

COMO IR

Reserve o voo Lisboa – Miami (Flórida), Estados Unidos, com a TAP: flytap.com por a partir de 820€.

De Miami, poderá cumprir a ligação para New Orleans (1h30) por, a partir de 150€, ida-e-volta.

 

Onde Ficar:

The Mercantile Hotel:

themercantilehotelneworleans.com

Tel.: +1 504 558 1914-1914

Florida Keys, E.U.A.

A Alpondra Caribenha dos E.U.A.

Os Estados Unidos continentais parecem encerrar-se, a sul, na sua caprichosa península da Flórida. Não se ficam por aí. Mais de cem ilhas de coral, areia e mangal formam uma excêntrica extensão tropical que há muito seduz os veraneantes norte-americanos.
Miami, E.U.A.

Uma Obra-Prima da Reabilitação Urbana

Na viragem para o século XXI, o bairro Wynwood mantinha-se repleto de fábricas e armazéns abandonados e grafitados. Tony Goldman, um investidor imobiliário astuto, comprou mais de 25 propriedades e fundou um parque mural. Muito mais que ali homenagear o grafiti, Goldman fundou o grande bastião da criatividade de Miami.
Tombstone, E.U.A.

Tombstone: a Cidade Demasiado Dura para Morrer

Filões de prata descobertos no fim do século XIX fizeram de Tombstone um centro mineiro próspero e conflituoso na fronteira dos Estados Unidos com o México. Lawrence Kasdan, Kurt Russel, Kevin Costner e outros realizadores e actores hollywoodescos tornaram famosos os irmãos Earp e o duelo sanguinário de “O.K. Corral”. A Tombstone que, ao longo dos tempos tantas vidas reclamou, está para durar.
Miami Beach, E.U.A.

A Praia de Todas as Vaidades

Poucos litorais concentram, ao mesmo tempo, tanto calor e exibições de fama, de riqueza e de glória. Situada no extremo sudeste dos E.U.A., Miami Beach tem acesso por seis pontes que a ligam ao resto da Florida. É parco para o número de almas que a desejam.
Little Havana, E.U.A.

A Pequena Havana dos Inconformados

Ao longo das décadas e até aos dias de hoje, milhares de cubanos cruzaram o estreito da Florida em busca da terra da liberdade e da oportunidade. Com os E.U.A. ali a meros 145 km, muitos não foram mais longe. A sua Little Havana de Miami é, hoje, o bairro mais emblemático da diáspora cubana.
Grand Canyon, E.U.A.

Viagem pela América do Norte Abismal

O rio Colorado e tributários começaram a fluir no planalto homónimo há 17 milhões de anos e expuseram metade do passado geológico da Terra. Também esculpiram uma das suas mais deslumbrantes entranhas.
Monte Denali, Alasca

O Tecto Sagrado da América do Norte

Os indígenas Athabascan chamaram-no Denali, ou o Grande e reverenciam a sua altivez. Esta montanha deslumbrante suscitou a cobiça dos montanhistas e uma longa sucessão de ascensões recordistas.
Juneau, Alasca

A Pequena Capital do Grande Alasca

De Junho a Agosto, Juneau desaparece por detrás dos navios de cruzeiro que atracam na sua doca-marginal. Ainda assim, é nesta pequena capital que se decidem os destinos do 49º estado norte-americano.
Monument Valley, E.U.A.

Índios ou cowboys?

Realizadores de Westerns emblemáticos como John Ford imortalizaram aquele que é o maior território indígena dos Estados Unidos. Hoje, na Nação Navajo, os navajo também vivem na pele dos velhos inimigos.
Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
Las Vegas, E.U.A.

Onde o Pecado tem Sempre Perdão

Projectada do Deserto Mojave como uma miragem de néon, a capital norte-americana do jogo e do espectáculo é vivida como uma aposta no escuro. Exuberante e viciante, Vegas nem aprende nem se arrepende.
Navajo Nation, E.U.A.

Por Terras da Nação Navajo

De Kayenta a Page, com passagem pelo Marble Canyon, exploramos o sul do Planalto do Colorado. Dramáticos e desérticos, os cenários deste domínio indígena recortado no Arizona revelam-se esplendorosos.
Vale da Morte, E.U.A.

O Ressuscitar do Lugar Mais Quente

Desde 1921 que Al Aziziyah, na Líbia, era considerado o lugar mais quente do Planeta. Mas a polémica em redor dos 58º ali medidos fez com que, 99 anos depois, o título fosse devolvido ao Vale da Morte.
São Francisco, E.U.A.

Cable Cars de São Francisco: uma Vida aos Altos e Baixos

Um acidente macabro com uma carroça inspirou a saga dos cable cars de São Francisco. Hoje, estas relíquias funcionam como uma operação de charme da cidade do nevoeiro mas também têm os seus riscos.
Mauna Kea, Havai

Mauna Kea: um Vulcão de Olho no Espaço

O tecto do Havai era interdito aos nativos por abrigar divindades benevolentes. Mas, a partir de 1968 várias nações sacrificaram a paz dos deuses e ergueram a maior estação astronómica à face da Terra
Pearl Harbor, Havai

O Dia em que o Japão foi Longe Demais

Em 7 de Dezembro de 1941, o Japão atacou a base militar de Pearl Harbor. Hoje, partes do Havai parecem colónias nipónicas mas os EUA nunca esquecerão a afronta.
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Nos Passos do Grizzly Man

Timothy Treadwell conviveu Verões a fio com os ursos de Katmai. Em viagem pelo Alasca, seguimos alguns dos seus trilhos mas, ao contrário do protector tresloucado da espécie, nunca fomos longe demais.
Valdez, Alasca

Na Rota do Ouro Negro

Em 1989, o petroleiro Exxon Valdez provocou um enorme desastre ambientai. A embarcação deixou de sulcar os mares mas a cidade vitimada que lhe deu o nome continua no rumo do crude do oceano Árctico.
Skagway, Alasca

Uma Variante da Febre do Ouro do Klondike

A última grande febre do ouro norte-americana passou há muito. Hoje em dia, centenas de cruzeiros despejam, todos os Verões, milhares de visitantes endinheirados nas ruas repletas de lojas de Skagway.
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Órfãos do Verão do Amor

O inconformismo e a criatividade ainda estão presentes no antigo bairro Flower Power. Mas, quase 50 anos depois, a geração hippie deu lugar a uma juventude sem-abrigo, descontrolada e até agressiva.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
savuti, botswana, leões comedores de elefantes
Safari
Savuti, Botswana

Os Leões Comedores de Elefantes de Savuti

Um retalho do deserto do Kalahari seca ou é irrigado consoante caprichos tectónicos da região. No Savuti, os leões habituaram-se a depender deles próprios e predam os maiores animais da savana.
Fieis acendem velas, templo da Gruta de Milarepa, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 9º Manang a Milarepa Cave, Nepal

Uma Caminhada entre a Aclimatização e a Peregrinação

Em pleno Circuito Annapurna, chegamos por fim a Manang (3519m). Ainda a precisarmos de aclimatizar para os trechos mais elevados que se seguiam, inauguramos uma jornada também espiritual a uma caverna nepalesa de Milarepa (4000m), o refúgio de um siddha (sábio) e santo budista.
Jardin Escultórico, Edward James, Xilitla, Huasteca Potosina, San Luis Potosi, México, Cobra dos Pecados
Arquitectura & Design
Xilitla, San Luís Potosi, México

O Delírio Mexicano de Edward James

Na floresta tropical de Xilitla, a mente inquieta do poeta Edward James fez geminar um jardim-lar excêntrico. Hoje, Xilitla é louvada como um Éden do surreal.
Aventura
Viagens de Barco

Para Quem Só Enjoa de Navegar na Net

Embarque e deixe-se levar em viagens de barco imperdíveis como o arquipélago filipino de Bacuit e o mar gelado do Golfo finlandês de Bótnia.
Cerimónias e Festividades
Militares

Defensores das Suas Pátrias

Mesmo em tempos de paz, detectamos militares por todo o lado. A postos, nas cidades, cumprem missões rotineiras que requerem rigor e paciência.
Uma espécie de portal
Cidades
Little Havana, E.U.A.

A Pequena Havana dos Inconformados

Ao longo das décadas e até aos dias de hoje, milhares de cubanos cruzaram o estreito da Florida em busca da terra da liberdade e da oportunidade. Com os E.U.A. ali a meros 145 km, muitos não foram mais longe. A sua Little Havana de Miami é, hoje, o bairro mais emblemático da diáspora cubana.
Máquinas Bebidas, Japão
Comida
Japão

O Império das Máquinas de Bebidas

São mais de 5 milhões as caixas luminosas ultra-tecnológicas espalhadas pelo país e muitas mais latas e garrafas exuberantes de bebidas apelativas. Há muito que os japoneses deixaram de lhes resistir.
Tabatô, Guiné Bissau, Balafons
Cultura
Tabatô, Guiné Bissau

Tabatô: ao Ritmo do Balafom

Durante a nossa visita à tabanca, num ápice, os djidius (músicos poetas)  mandingas organizam-se. Dois dos balafonistas prodigiosos da aldeia assumem a frente, ladeados de crianças que os imitam. Cantoras de megafone em riste, cantam, dançam e tocam ferrinhos. Há um tocador de corá e vários de djambés e tambores. A sua exibição gera-nos sucessivos arrepios.
Corrida de Renas , Kings Cup, Inari, Finlândia
Desporto
Inari, Finlândia

A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
Enseada, Big Sur, Califórnia, Estados Unidos
Em Viagem
Big Sur, E.U.A.

A Costa de Todos os Refúgios

Ao longo de 150km, o litoral californiano submete-se a uma vastidão de montanha, oceano e nevoeiro. Neste cenário épico, centenas de almas atormentadas seguem os passos de Jack Kerouac e Henri Miller.
vale profundo, socalcos arroz, batad, filipinas
Étnico
Batad, Filipinas

Os Socalcos que Sustentam as Filipinas

Há mais de 2000 anos, inspirado pelo seu deus do arroz, o povo Ifugao esquartejou as encostas de Luzon. O cereal que os indígenas ali cultivam ainda nutre parte significativa do país.
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

A Vida Lá Fora

Torshavn, Ilhas Faroe, remo
História
Tórshavn, Ilhas Faroé

O Porto Faroês de Thor

É a principal povoação das ilhas Faroé desde, pelo menos, 850 d.C., ano em que os colonos viquingues lá estabeleceram um parlamento. Tórshavn mantém-se uma das capitais mais diminutas da Europa e o abrigo divinal de cerca de um terço da população faroense.
Igreja Ortodoxa de Bolshoi Zayatski, ilhas Solovetsky, Rússia
Ilhas
Bolshoi Zayatsky, Rússia

Misteriosas Babilónias Russas

Um conjunto de labirintos pré-históricos espirais feitos de pedras decoram a ilha Bolshoi Zayatsky, parte do arquipélago Solovetsky. Desprovidos de explicações sobre quando foram erguidos ou do seu significado, os habitantes destes confins setentrionais da Europa, tratam-nos por vavilons.
Quebra-Gelo Sampo, Kemi, Finlândia
Inverno Branco
Kemi, Finlândia

Não é Nenhum “Barco do Amor”. Quebra Gelo desde 1961

Construído para manter vias navegáveis sob o Inverno árctico mais extremo, o quebra-gelo Sampo” cumpriu a sua missão entre a Finlândia e a Suécia durante 30 anos. Em 1988, reformou-se e dedicou-se a viagens mais curtas que permitem aos passageiros flutuar num canal recém-aberto do Golfo de Bótnia, dentro de fatos que, mais que especiais, parecem espaciais.
Sombra vs Luz
Literatura
Quioto, Japão

O Templo de Quioto que Renasceu das Cinzas

O Pavilhão Dourado foi várias vezes poupado à destruição ao longo da história, incluindo a das bombas largadas pelos EUA mas não resistiu à perturbação mental de Hayashi Yoken. Quando o admirámos, luzia como nunca.
Efate, Vanuatu, transbordo para o "Congoola/Lady of the Seas"
Natureza
Efate, Vanuatu

A Ilha que Sobreviveu a “Survivor”

Grande parte de Vanuatu vive num abençoado estado pós-selvagem. Talvez por isso, reality shows em que competem aspirantes a Robinson Crusoes instalaram-se uns atrás dos outros na sua ilha mais acessível e notória. Já algo atordoada pelo fenómeno do turismo convencional, Efate também teve que lhes resistir.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Serengeti, Grande Migração Savana, Tanzania, gnus no rio
Parques Naturais
PN Serengeti, Tanzânia

A Grande Migração da Savana Sem Fim

Nestas pradarias que o povo Masai diz siringet (correrem para sempre), milhões de gnus e outros herbívoros perseguem as chuvas. Para os predadores, a sua chegada e a da monção são uma mesma salvação.
Maksim, povo Sami, Inari, Finlandia-2
Património Mundial UNESCO
Inari, Finlândia

Os Guardiães da Europa Boreal

Há muito discriminado pelos colonos escandinavos, finlandeses e russos, o povo Sami recupera a sua autonomia e orgulha-se da sua nacionalidade.
Ooty, Tamil Nadu, cenário de Bollywood, Olhar de galã
Personagens
Ooty, Índia

No Cenário Quase Ideal de Bollywood

O conflito com o Paquistão e a ameaça do terrorismo tornaram as filmagens em Caxemira e Uttar Pradesh um drama. Em Ooty, constatamos como esta antiga estação colonial britânica assumia o protagonismo.
Barco e timoneiro, Cayo Los Pájaros, Los Haitises, República Dominicana
Praias
Península de Samaná, PN Los Haitises, República Dominicana

Da Península de Samaná aos Haitises Dominicanos

No recanto nordeste da República Dominicana, onde a natureza caribenha ainda triunfa, enfrentamos um Atlântico bem mais vigoroso que o esperado nestas paragens. Lá cavalgamos em regime comunitário até à famosa cascata Limón, cruzamos a baía de Samaná e nos embrenhamos na “terra das montanhas” remota e exuberante que a encerra.
Cândia, Dente de Buda, Ceilão, lago
Religião
Cândia, Sri Lanka

Incursão à Raíz Dental do Budismo Cingalês

Situada no âmago montanhoso do Sri Lanka, no final do século XV, Cândia assumiu-se a capital do reino do velho Ceilão que resistiu às sucessivas tentativas coloniais de conquista. Tornou-se ainda o seu âmago budista, para o que continua a contribuir o facto de a cidade preservar e exibir um dente sagrado de Buda.
Comboio Kuranda train, Cairns, Queensland, Australia
Sobre Carris
Cairns-Kuranda, Austrália

Comboio para o Meio da Selva

Construído a partir de Cairns para salvar da fome mineiros isolados na floresta tropical por inundações, com o tempo, o Kuranda Railway tornou-se no ganha-pão de centenas de aussies alternativos.
Intervenção policial, judeus utraortodoxos, jaffa, Telavive, Israel
Sociedade
Jaffa, Israel

Protestos Pouco Ortodoxos

Uma construção em Jaffa, Telavive, ameaçava profanar o que os judeus ultra-ortodoxos pensavam ser vestígios dos seus antepassados. E nem a revelação de se tratarem de jazigos pagãos os demoveu da contestação.
Visitantes nas ruínas de Talisay, ilha de Negros, Filipinas
Vida Quotidiana
Talisay City, Filipinas

Monumento a um Amor Luso-Filipino

No final do século XIX, Mariano Lacson, um fazendeiro filipino e Maria Braga, uma portuguesa de Macau, apaixonaram-se e casaram. Durante a gravidez do que seria o seu 11º filho, Maria sucumbiu a uma queda. Destroçado, Mariano ergueu uma mansão em sua honra. Em plena 2ª Guerra Mundial, a mansão foi incendiada mas as ruínas elegantes que resistiram eternizam a sua trágica relação.
Vista aérea das quedas de água de Malolotja.
Vida Selvagem
Reserva Natural de Malolotja, eSwatini

Malolotja: o Rio, as quedas d’água e a Reserva Natural Grandiosa

Meros 32km a nordeste da capital Mbabane, sobre a fronteira com a África do Sul, ascendemos a terras altas, rugosas e vistosas de eSwatini. Por lá flui o rio Malolotja e se despenham as cascatas homónimas, as mais altas do Reino. Manadas de zebras e de antílopes percorrem os pastos e florestas em redor, numa das reservas com maior biodiversidade do sul de África.  
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.