New Orleans, Luisiana, Estados Unidos

Big Freedia: em Modo Bounce


New Orleans é o berço do jazz e o jazz soa e ressoa nas suas ruas. Como seria de esperar, numa cidade tão criativa, lá emergem novos estilos e actos irreverentes. De visita à Big Easy, aventuramo-nos à descoberta do Bounce hip hop.

Nas mais distintas dimensões, os espectáculos sucedem-se, renovam e reforçam a notoriedade mundial de New Orleans. Nos dias que passamos na cidade, realiza-se um de muitos.

Baptizado de Fried Chicken Festival, o evento impinge um imaginário mais gastronómico que musical. Na Crescent City, as duas componentes andam, há muito tempo, lado a lado. Tornaram-se uma receita incontornável.

A caminho do evento, percorremos a Franklin Avenue, dos arredores do centro histórico, para norte, na direcção do lago Pontchartrain, um dos vários a norte da cidade, separados do Golfo do México por meros canais sinuosos. Damos entrada com o sol a despedir-se e a conceder uma penumbra iluminada mais condizente.

Cruzamos uma comunidade de trailers e outros estabelecimentos descartáveis, sobretudo de comes e bebes. Reinavam a cerveja e, como era suposto, o frango frito. A gastarmos as últimas energias, optamos por, antes do que quer que fosse, jantarmos numa área também dedicada à imprensa.

Servem-nos jambalaias. Acompanhamo-las com margaritas. Na sequência, mudamo-nos para o mais frontal e próximo do palco que conseguimos.

The Red Sample. Uma Amostra Entusiasmante da Nova Música de Atlanta

Actuam os The Red Sample, banda da Atlanta que viu nascer os Outkast, Ludacris e Lil Baby mas, de tal maneira adornada e sonorizada por um duo de tubas, que a julgamos de New Orleans.

Vocalista da Banda The Red Sample, de Atlanta, Georgia, E.U.A.

Os Red Sample mantêm o público entusiasmado e, em boa parte, dançante.

Após um intervalo de reabastecimento de bebidas animado por um DJ, irrompe em palco Big Freedia, artista da casa, orgulho de uma multidão de orleanianos e norte-americanos que vivem algures na fronteira da sexualidade.

Big Freedia é o nome artístico de Freddie Ross Jr., nascido em 1978, em New Orleans.

Big Freedia. Queen do Bounce Hip-Hop

Como tantas outras estrelas dos E.U.A., Freddie teve o seu baptismo e formação musical inicial no coro de uma igreja local. A orientação liberal e abertura de mente de New Orleans, permitiu-lhe progredir no coro da universidade que frequentou.

De tal maneira apreciado e respeitado que se tornou seu director, uma nomeação improvável na maior parte do Luisiana e dos Estados Unidos conservadores que cercam The Big Easy.

A aventura musical de Freddie Ross, estava só a começar.

Em entrevistas, Freddie confessou que, de início, sentia pânico de actuar, que teve que se forçar repetidas vezes a fazê-lo, com desconforto, até se sentir à vontade.

Pois, já a uns poucos metros do palco, a espaços, quase sob os amplificadores, vemos o enorme Big Freedia, dono de uma voz trovejante com ligeiro polimento efeminado, afirmar-se e à sua música com a determinação e segurança com que se habituou a neutralizar as inevitáveis polémicas.

Big Freedia fez questão de esclarecer ao website The Root: “Se soubesse que a Queen (na sua autobiografia) “God Save the Queen Diva” iria gerar tanta confusão, tinha-me chamado de “king”. Ora, há muito que o mesmo se aplica a Freedia e à sua fluída sexualidade.

Em 2004, numa das ruas de New Orleans, em frente à casa de um amigo, um qualquer adolescente branco disparou sobre o seu carro.

O facto de ter levantado um braço a proteger a cabeça, salvou-o de morrer. Uma das balas, nesse mesmo braço subsiste e gera dor.

Bounce pela Noite Fora

Pouco depois de Big Freedia tomar conta do palco, ladeado das suas dançarinas e dançarinos incansáveis, confrontamo-nos com uma amostra ritmada do quanto havia mutado nos seus 45 anos de vida.

De como se tornou uma personagem idolatrada, sobretudo de uma comunidade aficionada do bounce, um abanar das ancas e do rabo que evoluiu de forma pós-tribal de dança para um quase modo de vida.

Nessa ocasião, Big Freedia actua do alto do seu 1.90m (ou quase), de microfone bem próximo da boca, segurado por mãos com unhas longas, pejadas de brilhantes.

Big Freedia com o Mic, Fried Chicken Festival, New Orleans

O seu canto vigoroso, quase agressivo, dita o ritmo a que gingam os dançarinos. Não só.

Já tínhamos reparado que uma comunidade de mulheres se havia agrupado de um lado do palco. A determinada altura, Big Freedia deixa-se por elas ladear e activa excertos de temas e ritmos de bounce. As suas dançarinas abrem as hostilidades.

Logo, Big Freedia convida as mulheres em pulgas a exibirem os seus próprios bounces, sem cerimónias ou timidez. Umas poucas, exibem corpos e elasticidade de atletas.

Como acontece entre os habitantes de New Orleans e dos E.U.A. em geral, outras – na verdade demasiadas – executam bounces e twerks com exagerado excesso de peso.

Nem por isso menos empenhados.

Big Freedia e bouncers em Palco, Fried Chicken Festival, New Orleans

Voltam a dar-nos acesso ao espaço dos fotógrafos. Vemo-nos quase debaixo dos rabos oscilantes e vibrantes do mulherio em êxtase, e do de Shantoni Xavier o dançarino masculino do trio que anima a actuação de Big Freedia, esguio, escultural, ágil, de movimentos efeminados exuberantes.

Em cada exibição individual, Big Freedia e o grupo em volta apontam, incentivam e celebram a participante em destaque.

Ao fazerem-no, glorificam o Bounce, outro dos estilos (ou melhor, sub-estilos) do hip hop sulista dos Estados Unidos que se diz ter nascido em New Orleans.

A Génese Orleaniana do Bounce Hip Hop

O Bounce hip hop surgiu há mais de duas décadas, estima-se que dois anos após o nascimento de Freddie Ross Jr., notado em desenvolvimento nos recém-construídos bairros de habitação social de New Orleans.

O que passou a distinguir o Bounce das restantes formas de hip-hop foi como gerava rituais festivos de chamada-resposta, com um cantor ou speaker a pautarem o ritmo, e as coreografias.

E um grupo ou multidão de participantes a responderem com determinados movimentos.

Big Freedia e bouncer, Fried Chicken Festival

Sem surpresa, os jovens de New Orleans, depressa adicionaram cânticos e chamamentos de dança indígenas tradicionais dos dias loucos do Mardi Gras, amiúde, com forte teor sexual.

Os sons e ritmos que serviram e servem de base ao desenrolar do Bounce Hip Hop vêm de temas como “Triggerman Beat”, “Drag Rap” dos Showboys e “Brown Beats” de Cameron Paul.

Sobre esta base e outras comparáveis, o Bounce Hip Hop agita-se e complica-se.

Em certos casos, os cantores e DJs recorrem ao assobio e a gritos que evocam bairros da grande New Orleans e até os seus tais projectos sociais.

O próprio Bounce tornou-se um multi-projecto, ao longo dos anos, lançado, promovido e comercializado por dezenas de editoras discográficas.

Fãs de Big Freedia, Fried Chicken Festival, New Orleans

De tempos a tempos, Big Freedia e outros dos protagonistas do Bounce: DJ Jimo, Hot Boy Ronald, Juvenile, DJ Jubilee, Partners-N-Crime e Magnolia Shorty, entre outros, gritam “Break!!”

Pontuam, assim, os temas e samples, repletos de repetições, reverberações e codificações vocais que, soando a martelos pneumáticos, ditam a velocidade do oscilar das ancas e rabos, o louvado bounce a que assistíamos, que fotografámos, entre o transe e a incredulidade.

Atrás de nós, cantava, dançava, twerkava e bounçava uma multidão em êxtase, sobretudo de mulheres. Em vez das habituais letras repletas de “bitches”, “hoes” e afins cantadas pelos hip-hoppers mais famosos, Big Freedia, canta, com óbvia hostilidade, sobre namorados e amantes decepcionantes.

Ora, essas, são letras e queixas em que as mulheres se reveem e que têm prazer em acompanhar.

Como comprovámos por toda a cidade, New Orleans preserva intacta a sua valorização dos artistas gay, travestis, drag e outros, por norma, desprezados pelos americanos conservadores.

Malgrado as quatro décadas decorridas, New Orleans mantem-se a Capital Mundial do Bounce, num âmbito dinâmico que se intersecta, com frequência, com o também prolífico hip hop LGBT da cidade.

Big Freedia e dançarinas, em palco

Big Freedia, em particular, tem aproveitado a admiração que New Orleans e os Estados Unidos liberais dele sentem. Em 2011, foi eleito “Best Emerging Artist” e Best Hip-Hop / Rap Artist dos Best of the Beat Awards da revista Off Beat.

Dois anos depois, um canal de cabo dos EUA dedicou-lhe todo um reality show que acompanhou a sua vida em digressão e em casa.

Em 2022, Beyonce voltou a incluir a voz de Big Freedia, bem destacada no seu êxito “Break My Soul”

Neon “Be a New Orleaner…”, New Orleans

COMO IR

Reserve o voo Lisboa – Miami (Flórida), Estados Unidos, com a TAP: flytap.com por a partir de 820€.

De Miami, poderá cumprir a ligação para New Orleans (1h30) por, a partir de 150€, ida-e-volta.

 

Onde Ficar:

The Mercantile Hotel:

themercantilehotelneworleans.com

Tel.: +1 504 558 1914-1914

Florida Keys, E.U.A.

A Alpondra Caribenha dos E.U.A.

Os Estados Unidos continentais parecem encerrar-se, a sul, na sua caprichosa península da Flórida. Não se ficam por aí. Mais de cem ilhas de coral, areia e mangal formam uma excêntrica extensão tropical que há muito seduz os veraneantes norte-americanos.
Miami, E.U.A.

Uma Obra-Prima da Reabilitação Urbana

Na viragem para o século XXI, o bairro Wynwood mantinha-se repleto de fábricas e armazéns abandonados e grafitados. Tony Goldman, um investidor imobiliário astuto, comprou mais de 25 propriedades e fundou um parque mural. Muito mais que ali homenagear o grafiti, Goldman fundou o grande bastião da criatividade de Miami.
Tombstone, E.U.A.

Tombstone: a Cidade Demasiado Dura para Morrer

Filões de prata descobertos no fim do século XIX fizeram de Tombstone um centro mineiro próspero e conflituoso na fronteira dos Estados Unidos com o México. Lawrence Kasdan, Kurt Russel, Kevin Costner e outros realizadores e actores hollywoodescos tornaram famosos os irmãos Earp e o duelo sanguinário de “O.K. Corral”. A Tombstone que, ao longo dos tempos tantas vidas reclamou, está para durar.
Miami Beach, E.U.A.

A Praia de Todas as Vaidades

Poucos litorais concentram, ao mesmo tempo, tanto calor e exibições de fama, de riqueza e de glória. Situada no extremo sudeste dos E.U.A., Miami Beach tem acesso por seis pontes que a ligam ao resto da Florida. É parco para o número de almas que a desejam.
Little Havana, E.U.A.

A Pequena Havana dos Inconformados

Ao longo das décadas e até aos dias de hoje, milhares de cubanos cruzaram o estreito da Florida em busca da terra da liberdade e da oportunidade. Com os E.U.A. ali a meros 145 km, muitos não foram mais longe. A sua Little Havana de Miami é, hoje, o bairro mais emblemático da diáspora cubana.
Grand Canyon, E.U.A.

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Os indígenas Athabascan chamaram-no Denali, ou o Grande e reverenciam a sua altivez. Esta montanha deslumbrante suscitou a cobiça dos montanhistas e uma longa sucessão de ascensões recordistas.
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Um acidente macabro com uma carroça inspirou a saga dos cable cars de São Francisco. Hoje, estas relíquias funcionam como uma operação de charme da cidade do nevoeiro mas também têm os seus riscos.
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O tecto do Havai era interdito aos nativos por abrigar divindades benevolentes. Mas, a partir de 1968 várias nações sacrificaram a paz dos deuses e ergueram a maior estação astronómica à face da Terra
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Em 7 de Dezembro de 1941, o Japão atacou a base militar de Pearl Harbor. Hoje, partes do Havai parecem colónias nipónicas mas os EUA nunca esquecerão a afronta.
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Em 1989, o petroleiro Exxon Valdez provocou um enorme desastre ambientai. A embarcação deixou de sulcar os mares mas a cidade vitimada que lhe deu o nome continua no rumo do crude do oceano Árctico.
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Um retalho do deserto do Kalahari seca ou é irrigado consoante caprichos tectónicos da região. No Savuti, os leões habituaram-se a depender deles próprios e predam os maiores animais da savana.
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Circuito Annapurna 11º: Yak Karkha a Thorong Phedi, Nepal

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Cerimónias e Festividades
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