Goiás Velho, Brasil

Vida e Obra de uma Escritora à Margem


A rua de Cora
Rua Dom Cândido, a via histórica de Goiás que conduz a casa em que viveu Cora Coralina.
Silhueta e poema
Morador de Goiás Velho repousa num banco em frente à casa-museu de Cora Coralina.
A Cozinha dos Doces
Os grandes tachos e panelas usados por Cora Coralina para a confecção de doces que a sustentou durante algum tempo em Goiás Velho.
Memórias de Goiás
Parede decorada da casa de Goiás Velho de Cora Coralina.
Capoeira Iluminada
Crianças praticam capoeira à luz de um dos lampiões antigos de Goiás Velho.
Cora e Jorge Amado
Fotografia de Cora Coralina visitada pelo escritor baiano Jorge Amado.
A Secretária de Cora
Cora Coralina aprendeu a dactilografar aos 70 anos.
Percurso nos Séculos
Rua colonial de Goiás Velho, com as casas que os mineiros foram construindo à medida que ganhavam dinheiro com mineração do ouro.
Notas da Vida
Manuscrito de Cora Coralina exibido na casa-museu de Goiás Velho.
Quarto de Cora
Quarto de Cora Coralina com vários dos seus vestidos e artefactos religiosos.
Imagem da juventude
Fotografia antiga de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas.
Uma Caminhada de Fachada
Transeunte desde uma das várias rua de todas as cores que atravessam Goiás Velho.
Fotografia & Muleta
Uma fotografia de Cora Coralina já idosa, sentada na sua cadeira da casa de Goiás Velho.
Quimera do Ouro
Palmeiras buriti criam silhuetas contra o sol que se põe a oeste da velha Goiás.
Nascida em Goiás, Ana Lins Bretas passou a maior parte da vida longe da família castradora e da cidade. Regressada às origens, continuou a retratar a mentalidade preconceituosa do interior brasileiro

Deixamos para trás um ensaio de dança regional goiana, em busca do lar-museu da escritora Cora Coralina.

Descemos o calçadão irregular em direcção à Praça do Rosário. Um varredor empoeirado, algo fantasmagórico, caminha com uma vassoura de palha ao ombro indeciso sobre onde mais varrer e acossado pela passagem demasiado frequente dos fuscas coloridos que parecem patrulhar a velha cidade colonial.

Damos com montras improvisadas em janelas do casario. Entramos num dos estabelecimentos para espreitar a mercadoria. A empregada rechonchuda abandona a moldura em que apreciava a acção na rua.

Dá-nos umas boas-vindas efusivas. Logo, guia-nos ao longo da profusão de fruta cristalizada, adocicada e em bagaço, entre empadões dourados e outras especialidades do cerrado circundante, confeccionadas com dedicação nos fogões decanos dela e de amigas dela.

Durante muitos anos, Aninha da Ponte da Lapa, assim era conhecida Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas – destacou-se do lote destas confeiteiras virtuosas.

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Os grandes tachos e panelas usados por Cora Coralina para a confecção de doces que a sustentou durante algum tempo em Goiás Velho.

Goiás Velho. O Lar Doce Lar de Cora Coralina

Aos 67 anos, viúva e com quatro filhos do casal, retornou à casa da sua família de solteira, uma das mais antigas de Goiás, assente na margem do rio Vermelho desde o século XVIII.

Voltou a suscitar intrigas e cochichos mas passou a ser apreciada pelas mentes mais abertas da cidade também pela excelência dos doces que confeccionava e vendia.

Damos com o seu domicílio verde-branco encantador no fim da rua Dom Cândido, na iminência da ponte de madeira que cruza o caudal abaixo. Examinamos a inscrição sobre uma placa de acrílico que cita a antiga moradora “… Gente que passa indiferente, olha de longe, na dobra das esquinas, as traves que despencam. Que vale para eles o sobrado? …

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Morador de Goiás Velho repousa num banco em frente à casa-museu de Cora Coralina.

Sentimos a observação bater ao lado mas, intrigados, entramos na agora casa-museu com o propósito de melhor conhecermos a sua eterna dona.

Passado o espaço da recepção, o interior parece ter-se mantido tal qual o deixou Ana da Ponte. Um retrato em postura de leitura surge colocado atrás de uma cadeira. A cadeira suporta uma muleta sugere inclusive a sua presença na sala simples, a tender para o espartano.

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Uma fotografia de Cora Coralina já idosa, sentada na sua cadeira da casa de Goiás Velho.

Na cozinha, enormes panelas de cobre dispostos de forma organizada comprovam o tempo dedicado por Ana da Ponte à culinária.

Já no quarto exíguo decorado apenas com vestidos leves e simples, uma máquina de escrever (Ana, aprendeu a dactilografar aos 70 anos) e vários manuscritos comprovam a sua paixão quase religiosa pela leitura, pela criação de prosa e poesia.

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Cora Coralina aprendeu a dactilografar aos 70 anos.

O Passado Pouco Académico mas Muito Literário de Cora Coralina

Apesar da sua curta escolaridade – frequentou apenas quatro anos, todos com a Mestra-escola Silvina Xavier de Brito – Ana Lins começou a escrever os primeiros textos com 14 anos.

Pouco depois assumiu o pseudónimo que manteve até ao fim da vida: Cora Coralina.

Publicava os seus escritos nos jornais e revistas da Villa Boa de Goyaz e de outras cidades deste estado e também do Rio de Janeiro. Em 1907, ela e três amigas dirigiam já “A Rosa” um jornal literário que contava regularmente com trabalhos seus.

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Manuscrito de Cora Coralina exibido na casa-museu de Goiás Velho.

Por essa altura, Ana Lins passou a frequentar as tertúlias do “Clube Literário Goiano” com sede num dos salões do sobrado de Dona Virgínia da Luz Vieira. O lugar haveria de lhe inspirar o poema “Velho Sobrado”.

Descendente de uma família com tradição, a jovem escritora empregava a sua expressão fácil e impulsiva para defender as classes desfavorecidas da sociedade em que crescera.

Tanto com a sua prosa como em poesia, defendeu o valor das lavadeiras, mulheres da rua entre outros.

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Fotografia antiga de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas.

Em “Becos de Goiás” denuncia a atitude repressiva da polícia e dos homens da cidade face às prostitutas e chegou a acusar directamente responsáveis da cidade pelo abuso desmedido do seu poder.

Em “Coisas de Goiás” considera e promove Maria Grampinho a símbolo das mulheres classificadas entre as “pessoas de bem” como doidas.

Ana Lins – ou, podemos usar também o seu pseudónimo – Cora Coralina – preocupava-se e, de certa maneira, identificava-se com a marginalidade daquelas personagens.

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Fotografia de Cora Coralina visitada pelo escritor baiano Jorge Amado.

Cora Coralina: à Margem da Sua Família. À Margem da Sociedade de Goiás Velho

À frente do tempo em que vivia, sempre se sentiu mal-amada pela mãe e pelas irmãs. Não tardaria a ser ostracizada por parte da sociedade vilaboense e a a sentir na pele o desconforto da sua opressão.

Tudo se precipitou quando tinha 20 anos e se envolveu com o advogado Cantídio Tolentino de Figueiredo Bretas, um homem previamente casado, com filhos em São Paulo, o novo Chefe de Polícia de Goiás.

Após vários encontros nas tertúlias literárias e outros, mais íntimos, Ana Lins engravidou. A sua mãe tentou impedir o romance. Proibiu-a de se encontrar com Cantídio.

Inconformada como sempre, Ana Lins pediu a ajuda de Maria Grampinho que facilitou a fuga do casal para o estado de São Paulo.

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Parede decorada da casa de Goiás Velho de Cora Coralina.

Viveram nos municípios de Avaré; e Jabotical durante 45 anos. Nesse período, tiveram seis filhos. Dois deles morreram pouco depois do nascimento.

Pouco depois de se mudar para São Paulo o casal foi apanhado pela revolução paulista. Viu-se obrigado a passar algumas semanas fechado num hotel.

A determinação de participar nos destinos políticos estavam nos genes de Ana Lins.

Oito anos mais tarde, alistou-se como enfermeira, a forma mais honesta e prática que encontrou de participar na Revolução Constitucionalista de 1932, despoletada durante a primeira presidência de Getúlio Vargas.

A Difícil Viuvez de Cora Coralina e o Regresso à Goiás Velho

Dois anos depois, o seu marido Cantídio Vargas faleceu. Ana Lins teve que recorrer a uma série de iniciativas comerciais para sobreviver: vendeu livros de porta em porta, abriu uma pensão e uma casa de retalhos.

Como conta a neta Ana Maria Tahan “Já em Andradina, inaugurou a Casa Borboleta que vendia um pouco de tudo para mulheres. “ Por essa altura, subia em palanques para apelar ao foto na UDN (União Democrática Nacional), um movimento político com origem e alma académica.

Em 1956, com os filhos criados, decidiu regressar a Goiás, também porque precisava de recuperar a posse legal da casa da ponte, de que um sobrinho estaria prestes a apoderar-se por usucapião.

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Quarto de Cora Coralina com vários dos seus vestidos e artefactos religiosos.

Quando o conseguiu, Ana Lins habitou-a com a companhia de “Seu Vicente” um nordestino analfabeto mas dócil, dedicado e faz-tudo que, assim narra também a neta, “se embebedava até com guaraná”.

Foi só quando se aproximava dos noventa anos que o Brasil a descobriu como a escritora desafiadora dos preconceitos da vida do interior que encantou Carlos Drummond de Andrade e Jorge Amado.

No interior da casa da ponte encontramos a imagem do escritor baiano de visita a Cora Coralina. E a citação de uma das cartas que Drummond de Andrade lhe havia enviado: “(…) Admiro e amo você como alguém que vive em estado de graça com a poesia. Seu livro [Poemas dos Becos de Goiás e outras histórias mais] um encanto, seu lirismo tem a força e a delicadeza das coisas naturais (..).

Cora Coralina faleceu em 1985. Em pouco tempo, a autora e a sua casa tornaram-se fortes referências culturais goianas e brasileiras.

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Rua Dom Cândido, a via histórica de Goiás que conduz a casa em que viveu Cora Coralina.

Para a visitar, cruzam a ponte da Lapa incontáveis excursões de estudantes irrequietos e visitantes individuais.

Alguns viajam de tão longe como São Paulo, o Rio de Janeiro.

Ou, como nós, do outro lado do Atlântico.

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Crianças praticam capoeira à luz de um dos lampiões antigos de Goiás Velho.

Key West, Estados Unidos

O Recreio Caribenho de Hemingway

Efusivo como sempre, Ernest Hemingway qualificou Key West como “o melhor lugar em que tinha estado...”. Nos fundos tropicais dos E.U.A. contíguos, encontrou evasão e diversão tresloucada e alcoolizada. E a inspiração para escrever com intensidade a condizer.
Passo do Lontra, Miranda, Brasil

O Brasil Alagado a um Passo da Lontra

Estamos no limiar oeste do Mato Grosso do Sul mas mato, por estes lados, é outra coisa. Numa extensão de quase 200.000 km2, o Brasil surge parcialmente submerso, por rios, riachos, lagoas e outras águas dispersas em vastas planícies de aluvião. Nem o calor ofegante da estação seca drena a vida e a biodiversidade de lugares e fazendas pantaneiras como a que nos acolheu às margens do rio Miranda.
PN Lago Manyara, Tanzânia

África Favorita de Hemingway

Situado no limiar ocidental do vale do Rift, o parque nacional lago Manyara é um dos mais diminutos mas encantadores e ricos em vida selvagem da Tanzânia. Em 1933, entre caça e discussões literárias, Ernest Hemingway dedicou-lhe um mês da sua vida atribulada. Narrou esses dias aventureiros de safari em “As Verdes Colinas de África”.
Manaus, Brasil

Os Saltos e Sobressaltos da ex-Capital Mundial da Borracha

De 1879 a 1912, só a bacia do rio Amazonas gerava o latex de que, de um momento para o outro, o mundo precisou e, do nada, Manaus tornou-se uma das cidades mais avançadas à face da Terra. Mas um explorador inglês levou a árvore para o sudeste asiático e arruinou a produção pioneira. Manaus voltou a provar a sua elasticidade. É a maior cidade da Amazónia e a sétima do Brasil.
São Petersburgo e Mikhaylovskoe, Rússia

O Escritor que Sucumbiu ao Próprio Enredo

Alexander Pushkin é louvado por muitos como o maior poeta russo e o fundador da literatura russa moderna. Mas Pushkin também ditou um epílogo quase tragicómico da sua prolífica vida.
Goiás Velho, Brasil

Um Legado da Febre do Ouro

Dois séculos após o apogeu da prospecção, perdida no tempo e na vastidão do Planalto Central, Goiás estima a sua admirável arquitectura colonial, a riqueza supreendente que ali continua por descobrir.
Lençois da Bahia, Brasil

Lençois da Bahia: nem os Diamantes São Eternos

No século XIX, Lençóis tornou-se na maior fornecedora mundial de diamantes. Mas o comércio das gemas não durou o que se esperava. Hoje, a arquitectura colonial que herdou é o seu bem mais precioso.
São Petersburgo, Rússia

Na Pista de "Crime e Castigo"

Em São Petersburgo, não resistimos a investigar a inspiração para as personagens vis do romance mais famoso de Fiódor Dostoiévski: as suas próprias lástimas e as misérias de certos concidadãos.
Upolu, Samoa

A Ilha do Tesouro de Stevenson

Aos 30 anos, o escritor escocês começou a procurar um lugar que o salvasse do seu corpo amaldiçoado. Em Upolu e nos samoanos, encontrou um refúgio acolhedor a que entregou a sua vida de alma e coração.
Miranda, Brasil

Maria dos Jacarés: o Pantanal abriga criaturas assim

Eurides Fátima de Barros nasceu no interior da região de Miranda. Há 38 anos, instalou-se e a um pequeno negócio à beira da BR262 que atravessa o Pantanal e ganhou afinidade com os jacarés que viviam à sua porta. Desgostosa por, em tempos, as criaturas ali serem abatidas, passou a tomar conta delas. Hoje conhecida por Maria dos Jacarés, deu nome de jogador ou treinador de futebol a cada um dos bichos. Também garante que reconhecem os seus chamamentos.
Curitiba, Brasil

A Vida Elevada de Curitiba

Não é só a altitude de quase 1000 metros a que a cidade se situa. Cosmopolita e multicultural, a capital paranaense tem uma qualidade de vida e rating de desenvolvimento humano que a tornam um caso à parte no Brasil.

Florianópolis, Brasil

O Legado Açoriano do Atlântico Sul

Durante o século XVIII, milhares de ilhéus portugueses perseguiram vidas melhores nos confins meridionais do Brasil. Nas povoações que fundaram, abundam os vestígios de afinidade com as origens.

Morro de São Paulo, Brasil

Um Litoral Divinal da Bahia

Há três décadas, não passava de uma vila piscatória remota e humilde. Até que algumas comunidades pós-hippies revelaram o retiro do Morro ao mundo e o promoveram a uma espécie de santuário balnear.
Lençois da Bahia, Brasil

A Liberdade Pantanosa do Quilombo do Remanso

Escravos foragidos subsistiram séculos em redor de um pantanal da Chapada Diamantina. Hoje, o quilombo do Remanso é um símbolo da sua união e resistência mas também da exclusão a que foram votados.
Ilhabela, Brasil

Ilhabela: Depois do Horror, a Beleza Atlântica

Nocenta por cento de Mata Atlântica preservada, cachoeiras idílicas e praias gentis e selvagens fazem-lhe jus ao nome. Mas, se recuarmos no tempo, também desvendamos a faceta histórica horrífica de Ilhabela.
Ilhabela, Brasil

Em Ilhabela, a Caminho de Bonete

Uma comunidade de caiçaras descendentes de piratas fundou uma povoação num recanto da Ilhabela. Apesar do acesso difícil, Bonete foi descoberta e considerada uma das dez melhores praias do Brasil.
Brasília, Brasil

Brasília: da Utopia à Capital e Arena Política do Brasil

Desde os tempos do Marquês de Pombal que se falava da transferência da capital para o interior. Hoje, a cidade quimera continua a parecer surreal mas dita as regras do desenvolvimento brasileiro.
Hidroeléctrica Binacional de Itaipu, Brasil

HidroElétrica Binacional do Itaipu: a Febre do Watt

Em 1974, milhares de brasileiros e paraguaios confluíram para a zona de construção da então maior barragem do Mundo. 30 anos após a conclusão, Itaipu gera 90% da energia paraguaia e 20% da do Brasil.
Ilha do Marajó, Brasil

A Ilha dos Búfalos

Uma embarcação que transportava búfalos da Índia terá naufragado na foz do rio Amazonas. Hoje, a ilha de Marajó que os acolheu tem uma das maiores manadas do mundo e o Brasil já não passa sem estes bovídeos.
Cataratas Iguaçu/Iguazu, Brasil/Argentina

O Troar da Grande Água

Após um longo percurso tropical, o rio Iguaçu dá o mergulho dos mergulhos. Ali, na fronteira entre o Brasil e a Argentina, formam-se as cataratas maiores e mais impressionantes à face da Terra.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Delta do Okavango, Nem todos os rios Chegam ao Mar, Mokoros
Safari
Delta do Okavango, Botswana

Nem Todos os Rios Chegam ao Mar

Terceiro rio mais longo do sul de África, o Okavango nasce no planalto angolano do Bié e percorre 1600km para sudeste. Perde-se no deserto do Kalahari onde irriga um pantanal deslumbrante repleto de vida selvagem.
Jovens percorrem a rua principal de Chame, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 1º - Pokhara a ChameNepal

Por Fim, a Caminho

Depois de vários dias de preparação em Pokhara, partimos em direcção aos Himalaias. O percurso pedestre só o começamos em Chame, a 2670 metros de altitude, com os picos nevados da cordilheira Annapurna já à vista. Até lá, completamos um doloroso mas necessário preâmbulo rodoviário pela sua base subtropical.
Arquitectura & Design
Napier, Nova Zelândia

De volta aos Anos 30 – Calhambeque Tour

Numa cidade reerguida em Art Deco e com atmosfera dos "anos loucos" e seguintes, o meio de locomoção adequado são os elegantes automóveis clássicos dessa era. Em Napier, estão por toda a parte.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Aventura
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.
Cerimónias e Festividades
Apia, Samoa Ocidental

Fia Fia – Folclore Polinésio de Alta Rotação

Da Nova Zelândia à Ilha da Páscoa e daqui ao Havai, contam-se muitas variações de danças polinésias. As noites samoanas de Fia Fia, em particular, são animadas por um dos estilos mais acelerados.
Competição do Alaskan Lumberjack Show, Ketchikan, Alasca, EUA
Cidades
Ketchikan, Alasca

Aqui Começa o Alasca

A realidade passa despercebida a boa parte do mundo, mas existem dois Alascas. Em termos urbanos, o estado é inaugurado no sul do seu oculto cabo de frigideira, uma faixa de terra separada dos restantes E.U.A. pelo litoral oeste do Canadá. Ketchikan, é a mais meridional das cidades alasquenses, a sua Capital da Chuva e a Capital Mundial do Salmão.
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Comida
Tóquio, Japão

O Mercado de Peixe que Perdeu a Frescura

Num ano, cada japonês come mais que o seu peso em peixe e marisco. Desde 1935, que uma parte considerável era processada e vendida no maior mercado piscícola do mundo. Tsukiji foi encerrado em Outubro de 2018, e substituído pelo de Toyosu.
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Cultura
Seydisfjordur, Islândia

Da Arte da Pesca à Pesca da Arte

Quando armadores de Reiquejavique compraram a frota pesqueira de Seydisfjordur, a povoação teve que se adaptar. Hoje, captura discípulos da arte de Dieter Roth e outras almas boémias e criativas.
Fogo artifício de 4 de Julho-Seward, Alasca, Estados Unidos
Desporto
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O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
Monte Lamjung Kailas Himal, Nepal, mal de altitude, montanha prevenir tratar, viagem
Em Viagem
Circuito Annapurna: 2º - Chame a Upper PisangNepal

(I)Eminentes Annapurnas

Despertamos em Chame, ainda abaixo dos 3000m. Lá  avistamos, pela primeira vez, os picos nevados e mais elevados dos Himalaias. De lá partimos para nova caminhada do Circuito Annapurna pelos sopés e encostas da grande cordilheira. Rumo a Upper Pisang.
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Étnico
Inari, Finlândia

A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
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A Vida Lá Fora

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Chania: pelo Poente da História de Creta

Chania foi minóica, romana, bizantina, árabe, veneziana e otomana. Chegou à actual nação helénica como a cidade mais sedutora de Creta.
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Ida à Praia à Moda de Creta

À descoberta do ocidente cretense, deixamos Chania, percorremos a garganta de Topolia e desfiladeiros menos marcados. Alguns quilómetros depois, chegamos a um recanto mediterrânico de aguarela e de sonho, o da ilha de Elafonisi e sua lagoa.
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Inverno Branco
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Não é Nenhum “Barco do Amor”. Quebra Gelo desde 1961

Construído para manter vias navegáveis sob o Inverno árctico mais extremo, o quebra-gelo Sampo” cumpriu a sua missão entre a Finlândia e a Suécia durante 30 anos. Em 1988, reformou-se e dedicou-se a viagens mais curtas que permitem aos passageiros flutuar num canal recém-aberto do Golfo de Bótnia, dentro de fatos que, mais que especiais, parecem espaciais.
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Viagem No Tempo ao Mundo Perdido do Monte Roraima

Perduram no cimo do Monte Roraima cenários extraterrestres que resistiram a milhões de anos de erosão. Conan Doyle criou, em "O Mundo Perdido", uma ficção inspirada no lugar mas nunca o chegou a pisar.
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O Apelo de Granito da Patagónia

Duas montanhas de pedra geraram uma disputa fronteiriça entre a Argentina e o Chile.Mas estes países não são os únicos pretendentes.Há muito que os cerros Fitz Roy e Torre atraem alpinistas obstinados
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
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Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
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Parques Naturais
Circuito Annapurna: 4º – Upper Pisang a Ngawal, Nepal

Do Pesadelo ao Deslumbre

Sem que estivéssemos avisados, confrontamo-nos com uma subida que nos leva ao desespero. Puxamos ao máximo pelas forças e alcançamos Ghyaru onde nos sentimos mais próximos que nunca dos Annapurnas. O resto do caminho para Ngawal soube como uma espécie de extensão da recompensa.
Caiaquer no lago Sinclair, Cradle Mountain - Lake Sinclair National Park, Tasmania, Austrália
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À Descoberta de Tassie, Parte 4 -  Devonport a Strahan, Austrália

Pelo Oeste Selvagem da Tasmânia

Se a quase antípoda Tazzie já é um mundo australiano à parte, o que dizer então da sua inóspita região ocidental. Entre Devonport e Strahan, florestas densas, rios esquivos e um litoral rude batido por um oceano Índico quase Antárctico geram enigma e respeito.
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Personagens
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O Berço de Zorro

El Fuerte é uma cidade colonial do estado mexicano de Sinaloa. Na sua história, estará registado o nascimento de Don Diego de La Vega, diz-se que numa mansão da povoação. Na sua luta contra as injustiças do jugo espanhol, Don Diego transformava-se num mascarado esquivo. Em El Fuerte, o lendário “El Zorro” terá sempre lugar.
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Praias
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Uma Costa Rica de Rastas

Em viagem pela América Central, exploramos um litoral da Costa Rica tão afro quanto das Caraíbas. Em Cahuita, a Pura Vida inspira-se numa fé excêntrica em Jah e numa devoção alucinante pela cannabis.
Barco no rio Amarelo, Gansu, China
Religião
Bingling Si, China

O Desfiladeiro dos Mil Budas

Durante mais de um milénio e, pelo menos sete dinastias, devotos chineses exaltaram a sua crença religiosa com o legado de esculturas num estreito remoto do rio Amarelo. Quem desembarca no Desfiladeiro dos Mil Budas, pode não achar todas as esculturas mas encontra um santuário budista deslumbrante.
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Sobre Carris
Tóquio, Japão

Os Hipno-Passageiros de Tóquio

O Japão é servido por milhões de executivos massacrados com ritmos de trabalho infernais e escassas férias. Cada minuto de tréguas a caminho do emprego ou de casa lhes serve para o seu inemuri, dormitar em público.
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Sociedade
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Mil e Uma Noites Perdidas

Em 1984, Murray Head cantou a magia e bipolaridade nocturna da capital tailandesa em "One Night in Bangkok". Vários anos, golpes de estado, e manifestações depois, Banguecoque continua sem sono.
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Saksun, StreymoyIlhas Faroé

A Aldeia Faroesa que Não Quer ser a Disneylandia

Saksun é uma de várias pequenas povoações deslumbrantes das Ilhas Faroé, que cada vez mais forasteiros visitam. Diferencia-a a aversão aos turistas do seu principal proprietário rural, autor de repetidas antipatias e atentados contra os invasores da sua terra.
Parque Nacional Amboseli, Monte Kilimanjaro, colina Normatior
Vida Selvagem
PN Amboseli, Quénia

Uma Dádiva do Kilimanjaro

O primeiro europeu a aventurar-se nestas paragens masai ficou estupefacto com o que encontrou. E ainda hoje grandes manadas de elefantes e de outros herbívoros vagueiam ao sabor do pasto irrigado pela neve da maior montanha africana.
Pleno Dog Mushing
Voos Panorâmicos
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.