Valência a Xàtiva, Espanha

Do outro Lado da Ibéria


Verão Escarlate
Papoilas proliferam num prado da "comunidad" de Valência, entre Xátiva e Dénia.
Luzes da Ribalta, Luzes de Dénia
Iluminação da marginal de Dénia dá mais fulgor a um lusco-fusco já de si bastante colorido.
Pesca à rede, muita rede.
Pescador prepara-se para zarpar para as águas da Albufera del Palmar, alguns km a sul de Valência.
Mediterrâneo áspero
Litoral rochoso e forrado a lajes nas imediações do Cap de La Nau.
Doca El Palmar
Barcos de pesca ancorados num pequeno pontão flutuante da albufeira El Palmar.
Casario de Xàtiva
Casario uniforme de Xàtiva, invariavelmente branco e com telhas a que o tempo deu tons de pastel.
Fim da Linha
Ciclista aproveita uma pausa para admirar a paisagem lacustre da albufeira El Palmar.
Muralhas Valencianas I
Sol amarela os paredões imponentes do castelo de Dénia, outra cidade em tempos defendida a partir de uma colina.
Mediterrâneo áspero II
Litoral rochoso e forrado a lajes nas imediações do Cap de La Nau.
Muralhas Valencianas II
Parte da estrutura medieval do castelo de Xàtiva, no sul da província de Valência.
Igreja de San Felix
Torres e cúpulas da igreja de San Félix, uma de várias nas imediações de Xàtiva.
O peso do melhor amigo
Morador da região de Xàtiva vê-se aflito para pegar na sua pesada mascote.
Cap de la Nau
Embarcação contorna o promontório do Cabo de la Nao, um dos mais destacados da costa mediterrânea espanhola.
Casario de Xàtiva II
Palmeira sobressai do casario uniforme de Xàtiva, no sopé da colina íngreme em que se instalou o castelo da cidade.

Deixada de lado a modernidade de Valência, exploramos os cenários naturais e históricos que a "comunidad" partilha com o Mediterrâneo. Quanto mais viajamos mais nos seduz a sua vida garrida.

Valência permanecia coberta por um manto de nuvens cinzentas que prometiam aguaceiros a qualquer momento. A promessa não tardou a cumprir-se. Banida pelo sol e batida pela chuva, a cidade acinzentou-se ainda mais.

A Puente del Mar, uma das várias sobre o rio Turia, que dão acesso ao casco antigo, surge-nos perdida na névoa, atravessada, de quando em quando, por moradores e forasteiros que as figuras da Virgem e de San Pascual abençoam em permanência. Passado o rio para oeste, alcançamos a Plaza Porta del Mar. Daí para diante, Valência revela-nos o seu pólo histórico majestoso e os seus mais impressionantes testemunhos seculares: o Palácio de Cervelló, a Iglésia de Santo Tomás y San Felipe Neri e a Plaza de la Reina, assinalada, à distância, pelas torres altivas da catedral Miguelete  e da Iglésia y Torre de Santa Catalina.

Apesar das bátegas e do vento que entretanto concederiam tréguas, aglomeram-se, ali, centenas de visitantes deliciados pela combinação improvável da atmosfera medieval e religiosa dos monumentos com o reduto pagão dos bares e pubs das redondezas. Enquanto, no interior sombrio do denominado Conjunto Catedralício, alguns forasteiros se esforçam por respeitar os usuais avisos de silêncio, nas esplanadas ainda encharcadas em torno, outros entregam-se a uma galhofa cosmopolita alimentada por sucessivas rodadas de cañas e de tapas.

Abandonamos a Plaza de la Reina, percorremos a Calle San Vicente Martir e evitamos voltar a meter-nos no quase labirinto constituído pelas ruelas e becos circundantes, de onde, já antes tínhamos demorado demasiado tempo a sair.

A noite não tarda a instalar-se. Investigamos a animação de um ou outro bar mas não tardamos a recolher ao alojamento. Na manhã seguinte, íamos partir bem cedo para sul, em direcção a Dénia. Quanto a Valência, por termos o tempo contado, limitámo-nos a passar os olhos pela histórica. A futurista ou do Tercer Milénio – como gostam de lhe chamar os valencianos – deixámo-la para uma próxima visita.

O novo dia raiou com um sol intenso que parecia querer compensar os danos plúvios de até então. Entusiasmados pelo inesperado estímulo meteorológico, despachamos o pequeno-almoço e fazemo-nos à estrada. 

Deixamos para trás os arredores modernos e algo caóticos da cidade. Segundo indicavam os roteiros, os próximos locais dignos de atenção, situavam-se 20 km para sul, todos eles no Parque Natural de La Albufera,  um grande lago formado pelo assoreamento de uma entrada do Mediterrâneo e pelas praias a norte e a sul. 

Mas, como portugueses, e habituados – como estamos todos – a praias mais a sério, cedo nos pareceu que aquele litoral algo descaracterizado e quase sem ondas dificilmente nos impressionaria. De acordo, dedicámo-nos a explorar apenas a lagoa, subsumida por detrás de um capim alto e denso que escondia incontáveis aves lacustres e também pescadores atarefados. Chegamos ao extremo de um pequeno pontão de madeira quando um deles aparece detrás do canavial elevado em jeito de gondoleiro improvisado, em equilíbrio sobre uma embarcação de madeira de que transbordam redes enroladas. Não vemos sinais de peixe a bordo e quando o homem atraca junto ao pontão perguntamos-lhe em castelhano, mais na brincadeira que outra coisa, como andava a lagoa de pescarias.

“Espanhóis não são de certeza e, se fossem, só podiam ser galegos.” responde-nos com humor e atrevimento. “Bom, com portugueses conversamos sempre um pouco em castelhano, não há problema, mesmo se não é a nossa língua que isto de Espanha já fez mais sentido, como andam certamente a reparar. É o mesmo que se passa com a lagoa. Com a saída para o mar fechada como está, há dias em que andamos para aqui quase só a fazer figura. Como hoje, por exemplo.” Percebemos que o desembarque das redes ia ser um bico de obra e deixamo-lo entregue à faina e à sua indignação político-pesqueira.

Pouco depois, avançámos para Dénia e descemos até ao Cabo de la Nau que marca o ponto mais oriental da comunidade valenciana, aponta para Formentera e para o restante arquipélago das Baleares, ao largo.

Percorremos a zona setentrional da província de Alicante quando damos com o castelo originalmente mouro amarelado de Dénia, de frente para uma baía repleta de embarcações, umas piscatórias, outras nem por isso ou não fosse a cidade um importante entreposto portuário dos ferries de e para as Baleares.

Exploramos o casario baixo em redor das muralhas e subimos ao interior da fortificação de arenito. Dali, já sobre o fim da tarde, apreciámos as redondezas a 360 graus. Já com o crepúsculo a impor o seu azul etéreo, regressámos ao sopé litoral da encosta e juntamo-nos à turba boémia da marginal, com bastante mais disponibilidade que a que tivemos, à partida, em Valência. À imagem de Dénia, também grande parte do encanto do próximo destino no mapa, Xàtiva, se devia ao seu castelo.

A viagem entre os dois lugares voltou a provar-se curta. Fizemo-la por um trajecto sinuoso e bucólico, ao longo de uma sequência de florestas, campos, vinhas e pomares apenas quebrada por vilas ou aldeias pitorescas.

À chegada, Xàtiva ludibria-nos. A estrada contorna uma grande colina, íngreme que baste para impedir que, de cá debaixo, se vislumbre o cenário medieval do topo. Acontece-nos inevitavelmente o que afecta quem desconhece aquelas paragens: seguimos para o centro urbano mais agitado da povoação e falhamos por completo o monumento que dela mais se destaca.

Só mais tarde, alcançamos o casco histórico por um caminho vertiginoso que se interna nas ruas estreitas e sombrias formadas pelo casario antigo até que o ultrapassa em altitude e nos proporciona uma magnífica panorâmica da baixa-Xàtiva.

Continuamos a subir. Chegamos aos limites das longas muralhas e o cenário tem parecenças com o do cimo do castelo dos Mouros de Sintra.

A presença e os períodos de conquistas e reconquistas entre cristãos e infiéis, bem como outros confrontos “internos” posteriores, também ali deixaram vestígios imponentes. Xàtiva chegou a rivalizar em importância política e eclesiástica com a própria cidade de Valência. Esteve na origem e na vida da sempre poderosa e polémica família da Casa de Borja e dos dois papas Bórgias, Calixto III e Alexandre VI. Durante o reinado deste último, na sua ânsia por mais e mais poder, a família já italianizada fez inimigos de morte nos rivais portentosos Medici e Sforza, também reconhecidamente no frade dominicano Savonarola, entre outros. Foram de tal maneira conflituosos, que se popularizou com o passar dos séculos o desabafo de Toffana, um dos seus vários servos arrependidos: “Devia era ter ficado nos estábulos. Que família tem este Papa!”

Os Bórgias foram acusados de tudo um pouco. De incesto, adultério, roubo e subornos sistemáticos. Ao mesmo tempo, foram patronos dinâmicos do movimento renascentista. Continuam, aliás, a dar que fazer às artes.

Inspiraram recentemente uma série profícua de TV da sempre criativa produtora Showtime. E fascinam e viciam a maior parte dos jogadores de  Assassins Creed, uma longa sequela de jogos de vídeo multiplataforma em que as suas venturas e desventuras têm grande destaque. Só por si, a génese da família, confere importância e significado suplementar a Xàtiva. Implica a visita guiada a uma série de igrejas, capelas e palácios senhoriais e uma descoberta mais exaustiva da vida atribulada dos Bórgias. É o que continuamos a fazer. 

Matarraña a Alcanar, Espanha

Uma Espanha Medieval

De viagem por terras de Aragão e Valência, damos com torres e ameias destacadas de casarios que preenchem as encostas. Km após km, estas visões vão-se provando tão anacrónicas como fascinantes.

La Palma, CanáriasEspanha

O Mais Mediático dos Cataclismos por Acontecer

A BBC divulgou que o colapso de uma vertente vulcânica da ilha de La Palma podia gerar um mega-tsunami. Sempre que a actividade vulcânica da zona aumenta, os media aproveitam para apavorar o Mundo.
Fuerteventura, Ilhas Canárias, Espanha

A (a) Ventura Atlântica de Fuerteventura

Os romanos conheciam as Canárias como as ilhas afortunadas. Fuerteventura, preserva vários dos atributos de então. As suas praias perfeitas para o windsurf e o kite-surf ou só para banhos justificam sucessivas “invasões” dos povos do norte ávidos de sol. No interior vulcânico e rugoso resiste o bastião das culturas indígenas e coloniais da ilha. Começamos a desvendá-la pelo seu longilíneo sul.
Lanzarote, Ilhas Canárias

A César Manrique o que é de César Manrique

Só por si, Lanzarote seria sempre uma Canária à parte mas é quase impossível explorá-la sem descobrir o génio irrequieto e activista de um dos seus filhos pródigos. César Manrique faleceu há quase trinta anos. A obra prolífica que legou resplandece sobre a lava da ilha vulcânica que o viu nascer.
El Hierro, Canárias

A Orla Vulcânica das Canárias e do Velho Mundo

Até Colombo ter chegado às Américas, El Hierro era vista como o limiar do mundo conhecido e, durante algum tempo, o Meridiano que o delimitava. Meio milénio depois, a derradeira ilha ocidental das Canárias fervilha de um vulcanismo exuberante.
La Graciosa, Ilhas Canárias

A Mais Graciosa das Ilhas Canárias

Até 2018, a menor das Canárias habitadas não contava para o arquipélago. Desembarcados em La Graciosa, desvendamos o encanto insular da agora oitava ilha.
PN Timanfaya, Lanzarote, Canárias

PN Timanfaya e as Montanhas de Fogo de Lanzarote

Entre 1730 e 1736, do nada, dezenas de vulcões de Lanzarote entraram em sucessivas erupções. A quantidade massiva de lava que libertaram soterrou várias povoações e forçou quase metade dos habitantes a emigrar. O legado deste cataclismo é o cenário marciano actual do exuberante PN Timanfaya.
Tenerife, Canárias

O Vulcão que Assombra o Atlântico

Com 3718m, El Teide é o tecto das Canárias e de Espanha. Não só. Se medido a partir do fundo do oceano (7500 m), só duas montanhas são mais pronunciadas. Os nativos guanches consideravam-no a morada de Guayota, o seu diabo. Quem viaja a Tenerife, sabe que o velho Teide está em todo o lado.
La Palma, Canárias

A Isla Bonita das Canárias

Em 1986, Madonna Louise Ciccone lançou um êxito que popularizou a atracção exercida por uma isla imaginária. Ambergris Caye, no Belize, colheu proveitos. Do lado de cá do Atlântico, há muito que os palmeros assim veem a sua real e deslumbrante Canária.
Vegueta, Gran Canária, Canárias

Às Voltas pelo Âmago das Canárias Reais

O velho e majestoso bairro Vegueta de Las Palmas destaca-se na longa e complexa hispanização das Canárias. Findo um longo período de expedições senhoriais, lá teve início a derradeira conquista da Gran Canária e das restantes ilhas do arquipélago, sob comando dos monarcas de Castela e Aragão.
Tenerife, Canárias

Pelo Leste da Ilha da Montanha Branca

A quase triangular Tenerife tem o centro dominado pelo majestoso vulcão Teide. Na sua extremidade oriental, há um outro domínio rugoso, mesmo assim, lugar da capital da ilha e de outras povoações incontornáveis, de bosques misteriosos e de incríveis litorais abruptos.
Gran Canária, Canárias

Gran (diosas) Canária (s)

É apenas a terceira maior ilha do arquipélago. Impressionou tanto os navegadores e colonos europeus que estes se habituaram a tratá-la como a suprema.
Lanzarote, Canárias, Espanha

A Jangada de Basalto de José Saramago

Em 1993, frustrado pela desconsideração do governo português da sua obra “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”, Saramago mudou-se com a esposa Pilar del Río para Lanzarote. De regresso a esta ilha canária algo extraterrestre, reencontramos o seu lar. E o refúgio da censura a que o escritor se viu votado.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Parque Nacional Amboseli, Monte Kilimanjaro, colina Normatior
Safari
PN Amboseli, Quénia

Uma Dádiva do Kilimanjaro

O primeiro europeu a aventurar-se nestas paragens masai ficou estupefacto com o que encontrou. E ainda hoje grandes manadas de elefantes e de outros herbívoros vagueiam ao sabor do pasto irrigado pela neve da maior montanha africana.
Bandeiras de oração em Ghyaru, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 4º – Upper Pisang a Ngawal, Nepal

Do Pesadelo ao Deslumbre

Sem que estivéssemos avisados, confrontamo-nos com uma subida que nos leva ao desespero. Puxamos ao máximo pelas forças e alcançamos Ghyaru onde nos sentimos mais próximos que nunca dos Annapurnas. O resto do caminho para Ngawal soube como uma espécie de extensão da recompensa.
Treasures, Las Vegas, Nevada, Cidade do Pecado e Perdao
Arquitectura & Design
Las Vegas, E.U.A.

Onde o Pecado tem Sempre Perdão

Projectada do Deserto Mojave como uma miragem de néon, a capital norte-americana do jogo e do espectáculo é vivida como uma aposta no escuro. Exuberante e viciante, Vegas nem aprende nem se arrepende.
Totems, aldeia de Botko, Malekula,Vanuatu
Aventura
Malekula, Vanuatu

Canibalismo de Carne e Osso

Até ao início do século XX, os comedores de homens ainda se banqueteavam no arquipélago de Vanuatu. Na aldeia de Botko descobrimos porque os colonizadores europeus tanto receavam a ilha de Malekula.
Hinduismo Balinês, Lombok, Indonésia, templo Batu Bolong, vulcão Agung em fundo
Cerimónias e Festividades
Lombok, Indonésia

Lombok: Hinduísmo Balinês Numa Ilha do Islão

A fundação da Indonésia assentou na crença num Deus único. Este princípio ambíguo sempre gerou polémica entre nacionalistas e islamistas mas, em Lombok, os balineses levam a liberdade de culto a peito
Cidades
Napier, Nova Zelândia

De volta aos Anos 30 – Calhambeque Tour

Numa cidade reerguida em Art Deco e com atmosfera dos "anos loucos" e seguintes, o meio de locomoção adequado são os elegantes automóveis clássicos dessa era. Em Napier, estão por toda a parte.
Moradora obesa de Tupola Tapaau, uma pequena ilha de Samoa Ocidental.
Comida
Tonga, Samoa Ocidental, Polinésia

Pacífico XXL

Durante séculos, os nativos das ilhas polinésias subsistiram da terra e do mar. Até que a intrusão das potências coloniais e a posterior introdução de peças de carne gordas, da fast-food e das bebidas açucaradas geraram uma praga de diabetes e de obesidade. Hoje, enquanto boa parte do PIB nacional de Tonga, de Samoa Ocidental e vizinhas é desperdiçado nesses “venenos ocidentais”, os pescadores mal conseguem vender o seu peixe.
Tequila, cidade de Jalisco, México, jima
Cultura
Tequila, JaliscoMéxico

Tequila: a Destilação do Oeste Mexicano que Anima o Mundo

Desiludidos com a falta de vinho e de aguardente, os Conquistadores do México aprimoraram a aptidão indígena milenar de produzir álcool. No século XVII, os espanhóis estavam satisfeitos com a sua pinga e começaram a exportá-la. A partir de Tequila, o pueblo, hoje, centro de região demarcada. E nome por que se tornou famosa.
Fogo artifício de 4 de Julho-Seward, Alasca, Estados Unidos
Desporto
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
Namibe, Angola, Gruta, Parque Iona
Em Viagem
Namibe, Angola

Incursão ao Namibe Angolano

À descoberta do sul de Angola, deixamos Moçâmedes para o interior da província desértica. Ao longo de milhares de quilómetros sobre terra e areia, a rudeza dos cenários só reforça o assombro da sua vastidão.
Skyway cruza o Vale de Jamison
Étnico
Katoomba, Austrália

As Três Irmãs das Montanhas Azuis

Situadas a oeste de Sydney, as Blue Mountains formam um dos domínios mais procurados pelos ozzies e estrangeiros em busca de evasão. Atrai-os a beleza natural vista de Katoomba, os penhascos afiados das Three Sisters e as cascatas que se despenham sobre o vale de Jamison. À sombra deste frenesim turístico, perdura a habitual marginalização das origens e da cultura aborígene local.
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O Terreno e o Celestial

Uma Cidade Perdida e Achada
História
Machu Picchu, Peru

A Cidade Perdida em Mistério dos Incas

Ao deambularmos por Machu Picchu, encontramos sentido nas explicações mais aceites para a sua fundação e abandono. Mas, sempre que o complexo é encerrado, as ruínas ficam entregues aos seus enigmas.
De frente para a Ponta do Passo.
Ilhas
Ilhéu de Cima, Porto Santo, Portugal

A Primeira Luz de Quem Navega de Cima

Integra o grupo dos seis ilhéus em redor da Ilha de Porto Santo mas está longe de ser apenas mais um. Mesmo sendo o ponto limiar oriental do arquipélago da Madeira, é o ilhéu mais próximo dos portosantenses. À noite, também faz do fanal que confirma às embarcações vindas da Europa o bom rumo.
lago ala juumajarvi, parque nacional oulanka, finlandia
Inverno Branco
Kuusamo ao PN Oulanka, Finlândia

Sob o Encanto Gélido do Árctico

Estamos a 66º Norte e às portas da Lapónia. Por estes lados, a paisagem branca é de todos e de ninguém como as árvores cobertas de neve, o frio atroz e a noite sem fim.
Almada Negreiros, Roça Saudade, São Tomé
Literatura
Saudade, São Tomé, São Tomé e Príncipe

Almada Negreiros: da Saudade à Eternidade

Almada Negreiros nasceu, em Abril de 1893, numa roça do interior de São Tomé. À descoberta das suas origens, estimamos que a exuberância luxuriante em que começou a crescer lhe tenha oxigenado a profícua criatividade.
Geisers El Tatio, Atacama, Chile, Entre o gelo e o calor
Natureza
El Tatio, Chile

Géiseres El Tatio – Entre o Gelo e o Calor do Atacama

Envolto de vulcões supremos, o campo geotermal de El Tatio, no Deserto de Atacama surge como uma miragem dantesca de enxofre e vapor a uns gélidos 4200 m de altitude. Os seus géiseres e fumarolas atraem hordas de viajantes.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Monte Lamjung Kailas Himal, Nepal, mal de altitude, montanha prevenir tratar, viagem
Parques Naturais
Circuito Annapurna: 2º - Chame a Upper PisangNepal

(I)Eminentes Annapurnas

Despertamos em Chame, ainda abaixo dos 3000m. Lá  avistamos, pela primeira vez, os picos nevados e mais elevados dos Himalaias. De lá partimos para nova caminhada do Circuito Annapurna pelos sopés e encostas da grande cordilheira. Rumo a Upper Pisang.
Delta do Okavango, Nem todos os rios Chegam ao Mar, Mokoros
Património Mundial UNESCO
Delta do Okavango, Botswana

Nem Todos os Rios Chegam ao Mar

Terceiro rio mais longo do sul de África, o Okavango nasce no planalto angolano do Bié e percorre 1600km para sudeste. Perde-se no deserto do Kalahari onde irriga um pantanal deslumbrante repleto de vida selvagem.
ora de cima escadote, feiticeiro da nova zelandia, Christchurch, Nova Zelandia
Personagens
Christchurch, Nova Zelândia

O Feiticeiro Amaldiçoado da Nova Zelândia

Apesar da sua notoriedade nos antípodas, Ian Channell, o feiticeiro da Nova Zelândia não conseguiu prever ou evitar vários sismos que assolaram Christchurch. Com 88 anos de idade, após 23 anos de contrato com a cidade, fez afirmações demasiado polémicas e acabou despedido.
Teleférico que liga Puerto Plata ao cimo do PN Isabel de Torres
Praias
Puerto Plata, República Dominicana

Prata da Casa Dominicana

Puerto Plata resultou do abandono de La Isabela, a segunda tentativa de colónia hispânica das Américas. Quase meio milénio depois do desembarque de Colombo, inaugurou o fenómeno turístico inexorável da nação. Numa passagem-relâmpago pela província, constatamos como o mar, a montanha, as gentes e o sol do Caribe a mantêm a reluzir.
Jovens percorrem a rua principal de Chame, Nepal
Religião
Circuito Annapurna: 1º - Pokhara a ChameNepal

Por Fim, a Caminho

Depois de vários dias de preparação em Pokhara, partimos em direcção aos Himalaias. O percurso pedestre só o começamos em Chame, a 2670 metros de altitude, com os picos nevados da cordilheira Annapurna já à vista. Até lá, completamos um doloroso mas necessário preâmbulo rodoviário pela sua base subtropical.
Composição Flam Railway abaixo de uma queda d'água, Noruega
Sobre Carris
Nesbyen a Flam, Noruega

Flam Railway: Noruega Sublime da Primeira à Última Estação

Por estrada e a bordo do Flam Railway, num dos itinerários ferroviários mais íngremes do mundo, chegamos a Flam e à entrada do Sognefjord, o maior, mais profundo e reverenciado dos fiordes da Escandinávia. Do ponto de partida à derradeira estação, confirma-se monumental esta Noruega que desvendamos.
Kente Festival Agotime, Gana, ouro
Sociedade
Kumasi a Kpetoe, Gana

Uma Viagem-Celebração da Moda Tradicional Ganesa

Após algum tempo na grande capital ganesa ashanti cruzamos o país até junto à fronteira com o Togo. Os motivos para esta longa travessia foram os do kente, um tecido de tal maneira reverenciado no Gana que diversos chefes tribais lhe dedicam todos os anos um faustoso festival.
Cruzamento movimentado de Tóquio, Japão
Vida Quotidiana
Tóquio, Japão

A Noite Sem Fim da Capital do Sol Nascente

Dizer que Tóquio não dorme é eufemismo. Numa das maiores e mais sofisticadas urbes à face da Terra, o crepúsculo marca apenas o renovar do quotidiano frenético. E são milhões as suas almas que, ou não encontram lugar ao sol, ou fazem mais sentido nos turnos “escuros” e obscuros que se seguem.
Barco e timoneiro, Cayo Los Pájaros, Los Haitises, República Dominicana
Vida Selvagem
Península de Samaná, PN Los Haitises, República Dominicana

Da Península de Samaná aos Haitises Dominicanos

No recanto nordeste da República Dominicana, onde a natureza caribenha ainda triunfa, enfrentamos um Atlântico bem mais vigoroso que o esperado nestas paragens. Lá cavalgamos em regime comunitário até à famosa cascata Limón, cruzamos a baía de Samaná e nos embrenhamos na “terra das montanhas” remota e exuberante que a encerra.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.