Tanna, Vanuatu

Daqui se Fez Vanuatu ao Ocidente


Passagem
Nativa de Tanna desce uma escadaria em direcção a uma das praias nas imediações de Port Resolution.
À espera da lava
Habitantes e visitantes de Tanna aguardam nova erupção sobre a cratera do vulcão Yasur.
Explosão de lava
Pequena erupção estromboliana ilumina as profundezas escuras da cratera do Monte Yasur.
Desolação vulcânica
Areia e cinza impedem o proliferar da vegetação tropical em redor do vulcão Yasur, um pequeno vulcão activo de Tanna.
Pesca pouco submarina
Duas crianças tentam capturar peixes retidos na maré vazia, numa praia selvagem de Tanna.
À Moda de Nasiroro
Nativos à entrada de uma das palhotas da aldeia de Nasiroro.
Pura melanésia
Habitantes de Tanna durante o regresso a casa do mercado de Bethel.
Corridas vulcânicas
Crianças de Tanna divertem-se a descer a encosta mais suave do monte Yasur em tobogãs feitos de folhas de coqueiros.
Tronco-ponte
Dena Charlie atravessa uma ponte improvisada sobre um riacho, em Yakel.
Trio da Vida Airada
Jovens ni-vanuatu (habitantes de Vanuatu) divertem-se numa praia de Tanna.
Conversa no Nakamal
Jovens de Yakel conversam no Nakamal (largo cerimonial) da aldeia.
À porta de casa
Mulher e porcos à porta de uma das cabanas de Yakel.
Carga pesada, sorriso fácil
Ancião de Yakel carrega uma pilha de canas de bambu.
O programa de TV “Meet the Natives” levou representantes tribais de Tanna a conhecer a Grã-Bretanha e os E.U.A. De visita à sua ilha, percebemos porque nada os entusiasmou mais que o regresso a casa.

As infra-estruturas são inexistentes mas as árvores em redor ostentam enormes copas que se encarregam de obstruir o sol tropical. À sua sombra, o pequeno mercado de Bethel resplandece de cor.

O Inverno do Pacífico do Sul anunciou-se faz apenas uns dias. Um pouco por toda a ilha, as tangerinas estão prontas a colher e surgem expostas como parte de longos cachos artificiais que as nativas arranjam em redor de estacas.

Quase não passam homens neste entreposto comercial improvisado. E os longos vestidos garridos e florais das matronas melanésias destacam-se do cenário verdejante e atraem vizinhas que acabam por se abastecer também de taros, de mandioca, de abacaxis e de enormes toranjas.

mercado Bethel, Tanna, Vanuatu ao Ocidente, Meet the Natives

Mulheres vendem fruta e vegetais no mercado de Bethel, no litoral de Tanna.

Jimmy Nasse não tem compras a fazer. Está ansioso por mostrar os seus lugares preferidos da ilha e aparece do outro lado da rua para nos resgatar do feitiço étnico que nos retém muito para lá da hora marcada. “Vamos lá amigos, há imenso para descobrir em Tanna.

Se se prendem tanto no primeiro lugar em que paramos vai ser difícil levar-vos a todo o lado. E olhem que as estradas não ajudam”.

Aterrámos vindos de Port Vila, ilha de Efate, há duas horas e o fascínio pelo que encontramos é tal que continuamos a adiar a entrada no pequeno Tanna Lodge. De novo a caminho, passamos junto à foz de um rio e à enseada de areia negra que o acolhe.

Crianças, Tanna, Vanuatu ao Ocidente, Meet the Natives

Jovens ni-vanuatu (habitantes de Vanuatu) divertem-se numa praia de Tanna.

Algumas mulheres banham-se e lavam roupa nos últimos metros de água doce do caudal e o contraste dos tecidos berrantes contra o fundo cinza do solo e o azulão do oceano exigem-nos mais um ligeiro desvio.

Jimmy reforça os seus níveis de paciência. Começa a habituar-se ao que o espera.

Em breve, há-de nos confessar a sua fé Bahai. Conhecemos o templo maior desta religião, situado em Haifa, Israel, e os seus princípios de união das diferentes crenças, da busca da justiça e da paz na Terra. Depressa percebemos que estamos entregues a uma espécie de anjo ni-vanuatu (nativos de Vanuatu).

Instalamo-nos e regressamos à pick up nuns poucos minutos. Jimmy conduz-nos encosta acima em direcção à cascata de Yakel, por uma estrada enlameada que nos reclama toda a tracção do veículo.

Passamos por Nasiroro, uma aldeia formada por centenas de palhotas e com centro espiritual numa grande clareira abrigada por três figueiras-da-India majestosas.

Nakamal, Tanna, Vanuatu ao Ocidente, Meet the Natives

Jovens de Yakel conversam no Nakamal (largo cerimonial) da aldeia.

À Descoberta da Incrível Tanna, Guiados por Dena Charlie

É neste nakamal, que somos recebidos por Dena Charlie, o jovem anfitrião encarregue de nos apresentar à aldeia e revelar o caminho para o riacho.

Tronco-ponte

Dena Charlie atravessa uma ponte improvisada sobre um riacho, em Yakel.

Porcos e cães da tribo cruzam o trilho que serpenteia entre as palhotas e as árvores mas acaba por descer para um vale amplo e verdejante que mais parece saído de um livro antigo de ficção científica. O inglês de Dena está ao nível do bislama nativo.

E o rapaz semi-nu desempenha o seu papel com um à vontade irrepreensível. Entretanto, o sol põe-se. Dena abraça-se e queixa-se do frio que começa a incomodá-lo.

Dena Charlie, Tanna, Vanuatu ao Ocidente, Meet the Natives

Dena Charlie agarra uma árvore nas imediações da aldeia de Yakel.

Nós vestimos t-shirts e continuamos com calor. Dá-nos a sensação que a temperatura nunca baixou dos vinte graus mas outros habitantes da aldeia andam já com capotes de palhinha.

Quando questionamos Dena sobre a vulnerabilidade dos nativos àquelas temperaturas, este justifica-se com elegância e boa-disposição. “Pois é, somos diferentes em tanta coisa.

Já devem ter reparado na forma dos nossos pés, certo? Os vossos são bem mais estreitos e achatados e muitos ocidentais acham piada aos nossos. Outra distinção está na resistência ao frio. Aqui, com esta temperatura, ficamos todos a tremer.”

À Moda de Nasiroro

Nativos à entrada de uma das palhotas da aldeia de Nasiroro.

Em seguida, e como parte do protocolo tribal leva-nos à cabana do chefe da aldeia Yakel.

Kauia tem 111 anos e combateu a invasão japonesa na 2ª Guerra Mundial. Como a idade justifica, encontramo-lo bastante enfraquecido, deitado sobre uma cama de bambu, subsumido na escuridão fumarenta do interior da palhota.

Trocamos algumas palavras mas o chefe mostra-se demasiado débil e surpreso. Dena relembra-nos que a sua vida é das mais longas que há em Vanuatu, em toda a Melanésia e, segundo lhe dizem, no mundo.

Conta-nos ainda que Kauia foi um dos chefes que protagonizaram a formação do mito do Príncipe Filipe.

A Enigmática Fé do Povo de Tanna na Realeza Britânica

Por alguma razão, a tribo Yahohnanen começou a acreditar que o Príncipe Filipe, Duque de Edimburgo e consorte da rainha Isabel II era um ser divino, filho de Keraperamun, o deus da montanha mais elevada de Tanna.

Desolação vulcânica

Areia e cinza impedem o proliferar da vegetação tropical em redor do Yasur, um pequeno vulcão activo de Tanna.

E também que tinha, em tempos, viajado a uma terra distante, casado com uma mulher poderosa e que regressaria. Esta ideia foi reforçada quando os nativos observaram a reverência com que os oficiais coloniais britânicos tratavam a rainha Isabel II.

Mais tarde, em 1974, o casal real visitou as Novas Hébridas e os nativos puderam observar o príncipe Filipe que os impressionou ainda mais do que nas imagens que antes haviam visto.

O príncipe não conhecia o culto mas foi dele informado pelo comissário residente que sugeriu que enviasse uma fotografia sua após o regresso à Grã-Bretanha. Filipe seguiu o conselho.

Quando a fotografia chegou, os aldeões retribuíram oferecendo-lhe um bastão tradicional nal-nal. E o príncipe enviou uma nova fotografia sua empunhando aquele bastão.

Meet the Natives e o Alívio dos Nativos pelo Regresso à Pátria Vanuatu

Essas fotografias foram guardadas pelo chefe Jack Naiva e ajudaram a prolongar o culto. De tal forma que, em 2007, o Channel 4 da BBC criou Meet the Natives uma espécie de reality show protagonizado por um grupo de nativos pertencentes ao Prince Philip Movement de visita à Grã Bretanha.

O seu périplo culminou num encontro com o príncipe em que foram trocadas prendas incluindo mais uma fotografia de Filipe. Acabou a revelar a felicidade indisfarçável dos nativos por voltarem à sua amada Tanna que os recebia em festa, mesmo depois de terem revisto o seu messias e descoberto as maravilhas civilizacionais do Ocidente.

Enquanto descemos de Yakel para a beira-mar, Dena Charlie e  Jimmy Nasse acrescentam pormenores sórdidos em redor dos cultos que contemplam desentendimentos entre as tribos.

Mas depressa chegamos a novos lugares imperdíveis e passam a transmitir-nos outras informações. Inspeccionamos a enseada idílica de Port Resolution, em que ancorou, em 1774, o navio homónimo de James Cook.

Trio da Vida Airada

Jovens ni-vanuatu (habitantes de Vanuatu) divertem-se numa praia de Tanna.

Passamos ainda por White Sands, uma praia invadida pela vegetação tropical luxuriante, com grandes areais brancos em que brincam e pescam dezenas de crianças visivelmente felizes no seu paraíso melanésio.

Ao Ritmo do Pequeno Vulcão Yasur

Dali, dirigimo-nos ao monte e vulcão Yasur, a principal expressão vulcânica de Tanna.

Jimmy Nasse conduz-nos por cursos de água com pequeno caudal que usa como atalho. Pelo caminho vemos manadas de cavalos selvagens que vagueiam na planície forrada por feno tropical, passamos por mulheres que regressam do mercado e por um grupo de homens que acaba de sacrificar uma vaca.

Nativa e vaca, Tanna, Vanuatu ao Ocidente, Meet the Natives

Mulher de Tanna tem a companhia de uma vaca curiosa.

A determinada altura, chegamos a um ponto elevado que nos revela a vastidão florestal predominante e a ilha de areia e cinza nela aberta pelo vulcão Yasur.

Depois, regressamos à planura e entramos nesta área de aparência desértica e inóspita decorada, aqui e ali, por plantas e arbustos exóticos isolados.

Corridas vulcânicas

Crianças de Tanna divertem-se a descer a encosta mais suave do monte vulcão Yasur em tobogãs feitos de folhas de coqueiros.

Aproximamo-nos da encosta do Yasur e encontramos miúdos que rejubilam a exibir-nos a sua arte de descer a vertente sentados em tobogãs feitos de troncos de coqueiros.

Contornamos aquela enorme rampa arenosa para chegarmos ao ponto de acesso mais fácil à cratera, situada a uns meros 361 metros de altitude.

A meio desse trilho, damos com a caixa de correio emblemática do vulcão Yasur em que, mesmo algo receosos, depositamos dezenas de postais.

Quando chegamos ao topo, o sol está prestes a pôr-se e o vento muda frequentemente de direcção. Pulveriza gases tóxicos sobre os forasteiros e nativos em redor do cume.

À espera da lava

Habitantes e visitantes de Tanna, Vanuatu, aguardam nova erupção sobre a cratera do vulcão Yasur.

A Cratera Tóxica e as Erupções Suaves do vulcão Yasur

O ocaso pinta de laranja as nuvens e o fumo disperso e serve de introdução aquele que é o espectáculo mais esperado.

Com o lusco-fusco já instalado, dá-se finalmente uma primeira erupção que projecta para os ares um repuxo profuso de lava incandescente.

As erupções do vulcão Yasur são estrombolianas e quase regulares.

Explosão de lava

Pequena erupção estromboliana ilumina as profundezas escuras da cratera do vulcão Yasur, em Tanna, Vanuatu

Conscientes desse facto, aguardamos pelo cair da noite e pela próxima, mas Jimmy respira já com alguma dificuldade, vítima de um contacto quase diário com o gás sulfuroso.

E nós, desprovidos de máscaras realmente eficazes, também começamos a sentir alguma irritação dos olhos e dos brônquios. Concordamos em descer para a segurança da Sulphur Bay.

O dia tinha sido longo.

Na manhã seguinte, esperava-nos uma visita ao santuário de outra das intrigantes personagens messiânicas de Tanna.

À Espera de John Frum e do Seu “Cargo”

As Novas Hébridas ainda eram governadas em condomínio pelos franceses e pelos britânicos quando se falou, pela primeira vez, de John Frum.

Segundo os primeiros testemunhos, um nativo de nome Manehivi, (entretanto mais conhecido por John Frum) começou a aparecer aos anciãos da ilha. Trajava um fato ocidental e dizia que iria dotar os nativos de casas, roupa e meios de transporte.

Uma versão do mito interpretou esta personagem como um espírito induzido pelo consumo excessivo de kava, uma bebida sedativa e anestesiante tradicional do Pacífico do Sul, feita a partir de uma planta, também bebida, por exemplo, em Fiji.

Outra, defendia que se tratava de uma manifestação de Keraperaum.

Fosse o que fosse, John Frum prometia o despontar de uma nova era em que todos os brancos, incluindo missionários  abandonariam as Novas Hébridas e deixariam aos melanésios o acesso à riqueza material de que os colonos usufruíam.

Para que isto acontecesse, o povo de Tanna teria apenas que rejeitar todos os aspectos da sociedade europeia (dinheiro, educação, Cristianismo, trabalho nas plantações de copra etc.) e regressar aos princípios kastom (tradicionais) da sua.

À porta, Tanna, Vanuatu ao Ocidente, Meet the Natives

Mulher e porcos à porta de uma das cabanas de Yakel

A Fé dos ni-vanuatu no Cumprir das Professias John Frumianas

Por volta de 1940, os seguidores de John Frum começaram a livrar-se do seu dinheiro. Deixaram as missões, escolas, aldeias e plantações. Mudaram-se para o interior, onde participaram em festins e outros rituais.

As autoridades europeias procuraram prender os líderes do culto e exilá-los para outra ilha. Nesse mesmo ano, chegaram às Novas Hébridas 300.000 tropas norte-americanas preparadas para reconquistar o Pacífico aos japoneses e portadoras de enormes quantidades de equipamento e outros bens a que os locais chamaram simplesmente “cargo”.

Com o fim da 2ª Guerra Mundial, os norte-americanos partiram e levaram consigo a maior parte desse “tesouro”. Insatisfeitos, os seguidores de John Frum construíram pistas de aterragem simbólicas para encorajar os aviões a voltarem e a trazer-lhes mais “cargo”.

O culto deu também origem a um movimento politico que se opôs à formação do estado independente de Vanuatu por achar que um governo centralizado só iria favorecer a modernidade do Ocidente e o Cristianismo.

Carga pesada

Ancião de Yakel carrega uma pilha de canas de bambu.

A crença mantém-se activa. O Chefe Isaak Wan Nikiau – o líder – declarou à BBC: “John Frum é o nosso deus, o nosso Jesus. Um dia vai regressar”.

O aspecto desta personagem mitológica não é, todavia, consensual.

Dependendo do crente em questão, poderá tratar-se de um ni-vanuatu, de um branco, ou de um GI norte-americano. Na realidade, para os crentes e outros nativos, tanto faz.

Até que a profecia se cumpra, com ou sem o “cargo” devido, a vida continuará a florescer em Tanna.

Wala, Vanuatu

Cruzeiro à Vista, a Feira Assenta Arraiais

Em grande parte de Vanuatu, os dias de “bons selvagens” da população ficaram para trás. Em tempos incompreendido e negligenciado, o dinheiro ganhou valor. E quando os grandes navios com turistas chegam ao largo de Malekuka, os nativos concentram-se em Wala e em facturar.
Efate, Vanuatu

A Ilha que Sobreviveu a "Survivor"

Grande parte de Vanuatu vive num abençoado estado pós-selvagem. Talvez por isso, reality shows em que competem aspirantes a Robinson Crusoes instalaram-se uns atrás dos outros na sua ilha mais acessível e notória. Já algo atordoada pelo fenómeno do turismo convencional, Efate também teve que lhes resistir.
Pentecostes, Vanuatu

Naghol: O Bungee Jumping sem Modernices

Em Pentecostes, no fim da adolescência, os jovens lançam-se de uma torre apenas com lianas atadas aos tornozelos. Cordas elásticas e arneses são pieguices impróprias de uma iniciação à idade adulta.
Honiara e Gizo, Ilhas Salomão

O Templo Profanado das Ilhas Salomão

Um navegador espanhol baptizou-as, ansioso por riquezas como as do rei bíblico. Assoladas pela 2ª Guerra Mundial, por conflitos e catástrofes naturais, as Ilhas Salomão estão longe da prosperidade.
Gizo, Ilhas Salomão

Gala dos Pequenos Cantores de Saeraghi

Em Gizo, ainda são bem visíveis os estragos provocados pelo tsunami que assolou as ilhas Salomão. No litoral de Saeraghi, a felicidade balnear das crianças contrasta com a sua herança de desolação.
La Palma, CanáriasEspanha

O Mais Mediático dos Cataclismos por Acontecer

A BBC divulgou que o colapso de uma vertente vulcânica da ilha de La Palma podia gerar um mega-tsunami. Sempre que a actividade vulcânica da zona aumenta, os media aproveitam para apavorar o Mundo.
Pentecostes, Vanuatu

Naghol de Pentecostes: Bungee Jumping para Homens a Sério

Em 1995, o povo de Pentecostes ameaçou processar as empresas de desportos radicais por lhes terem roubado o ritual Naghol. Em termos de audácia, a imitação elástica fica muito aquém do original.
Espiritu Santo, Vanuatu

Divina Melanésia

Pedro Fernandes de Queirós pensava ter descoberto a Terra Australis. A colónia que propôs nunca se chegou a concretizar. Hoje, Espiritu Santo, a maior ilha de Vanuatu, é uma espécie de Éden.
Malekula, Vanuatu

Canibalismo de Carne e Osso

Até ao início do século XX, os comedores de homens ainda se banqueteavam no arquipélago de Vanuatu. Na aldeia de Botko descobrimos porque os colonizadores europeus tanto receavam a ilha de Malekula.
Espiritu Santo, Vanuatu

Os Blue Holes Misteriosos de Espiritu Santo

A humanidade rejubilou, há pouco tempo, com a primeira fotografia de um buraco negro. Em jeito de resposta, decidimos celebrar o que de melhor temos cá na Terra. Este artigo é dedicado aos blue holes de uma das ilhas abençoadas de Vanuatu.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Delta do Okavango, Nem todos os rios Chegam ao Mar, Mokoros
Safari
Delta do Okavango, Botswana

Nem Todos os Rios Chegam ao Mar

Terceiro rio mais longo do sul de África, o Okavango nasce no planalto angolano do Bié e percorre 1600km para sudeste. Perde-se no deserto do Kalahari onde irriga um pantanal deslumbrante repleto de vida selvagem.
Fieis acendem velas, templo da Gruta de Milarepa, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 9º Manang a Milarepa Cave, Nepal

Uma Caminhada entre a Aclimatização e a Peregrinação

Em pleno Circuito Annapurna, chegamos por fim a Manang (3519m). Ainda a precisarmos de aclimatizar para os trechos mais elevados que se seguiam, inauguramos uma jornada também espiritual a uma caverna nepalesa de Milarepa (4000m), o refúgio de um siddha (sábio) e santo budista.
Igreja colonial de São Francisco de Assis, Taos, Novo Mexico, E.U.A
Arquitectura & Design
Taos, E.U.A.

A América do Norte Ancestral de Taos

De viagem pelo Novo México, deslumbramo-nos com as duas versões de Taos, a da aldeola indígena de adobe do Taos Pueblo, uma das povoações dos E.U.A. habitadas há mais tempo e em contínuo. E a da Taos cidade que os conquistadores espanhóis legaram ao México, o México cedeu aos Estados Unidos e que uma comunidade criativa de descendentes de nativos e artistas migrados aprimoram e continuam a louvar.
Pleno Dog Mushing
Aventura
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.
cowboys oceania, Rodeo, El Caballo, Perth, Australia
Cerimónias e Festividades
Perth, Austrália

Cowboys da Oceania

O Texas até fica do outro lado do mundo mas não faltam vaqueiros no país dos coalas e dos cangurus. Rodeos do Outback recriam a versão original e 8 segundos não duram menos no Faroeste australiano.
San Cristobal de Las Casas, Chiapas, Zapatismo, México, Catedral San Nicolau
Cidades
San Cristóbal de Las Casas, México

O Lar Doce Lar da Consciência Social Mexicana

Maia, mestiça e hispânica, zapatista e turística, campestre e cosmopolita, San Cristobal não tem mãos a medir. Nela, visitantes mochileiros e activistas políticos mexicanos e expatriados partilham uma mesma demanda ideológica.
Singapura Capital Asiática Comida, Basmati Bismi
Comida
Singapura

A Capital Asiática da Comida

Eram 4 as etnias condóminas de Singapura, cada qual com a sua tradição culinária. Adicionou-se a influência de milhares de imigrados e expatriados numa ilha com metade da área de Londres. Apurou-se a nação com a maior diversidade gastronómica do Oriente.
Kiomizudera, Quioto, um Japão Milenar quase perdido
Cultura
Quioto, Japão

Um Japão Milenar Quase Perdido

Quioto esteve na lista de alvos das bombas atómicas dos E.U.A. e foi mais que um capricho do destino que a preservou. Salva por um Secretário de Guerra norte-americano apaixonado pela sua riqueza histórico-cultural e sumptuosidade oriental, a cidade foi substituída à última da hora por Nagasaki no sacrifício atroz do segundo cataclismo nuclear.
arbitro de combate, luta de galos, filipinas
Desporto
Filipinas

Quando só as Lutas de Galos Despertam as Filipinas

Banidas em grande parte do Primeiro Mundo, as lutas de galos prosperam nas Filipinas onde movem milhões de pessoas e de Pesos. Apesar dos seus eternos problemas é o sabong que mais estimula a nação.
Monte Lamjung Kailas Himal, Nepal, mal de altitude, montanha prevenir tratar, viagem
Em Viagem
Circuito Annapurna: 2º - Chame a Upper PisangNepal

(I)Eminentes Annapurnas

Despertamos em Chame, ainda abaixo dos 3000m. Lá  avistamos, pela primeira vez, os picos nevados e mais elevados dos Himalaias. De lá partimos para nova caminhada do Circuito Annapurna pelos sopés e encostas da grande cordilheira. Rumo a Upper Pisang.
Dunas da ilha de Bazaruto, Moçambique
Étnico
Bazaruto, Moçambique

A Miragem Invertida de Moçambique

A apenas 30km da costa leste africana, um erg improvável mas imponente desponta do mar translúcido. Bazaruto abriga paisagens e gentes que há muito vivem à parte. Quem desembarca nesta ilha arenosa exuberante depressa se vê numa tempestade de espanto.
portfólio, Got2Globe, fotografia de Viagem, imagens, melhores fotografias, fotos de viagem, mundo, Terra
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Porfólio Got2Globe

O Melhor do Mundo – Portfólio Got2Globe

Moradora de Dali, Yunnan, China
História
Dali, China

A China Surrealista de Dali

Encaixada num cenário lacustre mágico, a antiga capital do povo Bai manteve-se, até há algum tempo, um refúgio da comunidade mochileira de viajantes. As mudanças sociais e económicas da China fomentaram a invasão de chineses à descoberta do recanto sudoeste da nação.
Ao fim da tarde
Ilhas
Ilha de Moçambique, Moçambique  

A Ilha de Ali Musa Bin Bique. Perdão, de Moçambique

Com a chegada de Vasco da Gama ao extremo sudeste de África, os portugueses tomaram uma ilha antes governada por um emir árabe a quem acabaram por adulterar o nome. O emir perdeu o território e o cargo. Moçambique - o nome moldado - perdura na ilha resplandecente em que tudo começou e também baptizou a nação que a colonização lusa acabou por formar.
Era Susi rebocado por cão, Oulanka, Finlandia
Inverno Branco
PN Oulanka, Finlândia

Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
Enseada, Big Sur, Califórnia, Estados Unidos
Literatura
Big Sur, E.U.A.

A Costa de Todos os Refúgios

Ao longo de 150km, o litoral californiano submete-se a uma vastidão de montanha, oceano e nevoeiro. Neste cenário épico, centenas de almas atormentadas seguem os passos de Jack Kerouac e Henri Miller.
Cenário marciano do Deserto Branco, Egipto
Natureza
Deserto Branco, Egipto

O Atalho Egípcio para Marte

Numa altura em que a conquista do vizinho do sistema solar se tornou uma obsessão, uma secção do leste do Deserto do Sahara abriga um vasto cenário afim. Em vez dos 150 a 300 dias que se calculam necessários para atingir Marte, descolamos do Cairo e, em pouco mais de três horas, damos os primeiros passos no Oásis de Bahariya. Em redor, quase tudo nos faz sentir sobre o ansiado Planeta Vermelho.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Caiaquer no lago Sinclair, Cradle Mountain - Lake Sinclair National Park, Tasmania, Austrália
Parques Naturais
À Descoberta de Tassie, Parte 4 -  Devonport a Strahan, Austrália

Pelo Oeste Selvagem da Tasmânia

Se a quase antípoda Tazzie já é um mundo australiano à parte, o que dizer então da sua inóspita região ocidental. Entre Devonport e Strahan, florestas densas, rios esquivos e um litoral rude batido por um oceano Índico quase Antárctico geram enigma e respeito.
Angra do Heroísmo, Terceira, Açores, de capital histórica a Património Mundial, arte urbana
Património Mundial UNESCO
Angra do Heroísmo, Terceira, Açores

Heroína do Mar, de Nobre Povo, Cidade Valente e Imortal

Angra do Heroísmo é bem mais que a capital histórica dos Açores, da ilha Terceira e, em duas ocasiões, de Portugal. A 1500km do continente, conquistou um protagonismo na nacionalidade e independência portuguesa de que poucas outras cidades se podem vangloriar.
Mascarado de Zorro em exibição num jantar da Pousada Hacienda del Hidalgo, El Fuerte, Sinaloa, México
Personagens
El Fuerte, Sinaloa, México

O Berço de Zorro

El Fuerte é uma cidade colonial do estado mexicano de Sinaloa. Na sua história, estará registado o nascimento de Don Diego de La Vega, diz-se que numa mansão da povoação. Na sua luta contra as injustiças do jugo espanhol, Don Diego transformava-se num mascarado esquivo. Em El Fuerte, o lendário “El Zorro” terá sempre lugar.
Barcos fundo de vidro, Kabira Bay, Ishigaki
Praias
Ishigaki, Japão

Inusitados Trópicos Nipónicos

Ishigaki é uma das últimas ilhas da alpondra que se estende entre Honshu e Taiwan. Ishigakijima abriga algumas das mais incríveis praias e paisagens litorais destas partes do oceano Pacífico. Os cada vez mais japoneses que as visitam desfrutam-nas de uma forma pouco ou nada balnear.
Kremlin de Rostov Veliky, Rússia
Religião
Rostov Veliky, Rússia

Sob as Cúpulas da Alma Russa

É uma das mais antigas e importantes cidades medievais, fundada durante as origens ainda pagãs da nação dos czares. No fim do século XV, incorporada no Grande Ducado de Moscovo, tornou-se um centro imponente da religiosidade ortodoxa. Hoje, só o esplendor do kremlin moscovita suplanta o da cidadela da tranquila e pitoresca Rostov Veliky.
Comboio Kuranda train, Cairns, Queensland, Australia
Sobre Carris
Cairns-Kuranda, Austrália

Comboio para o Meio da Selva

Construído a partir de Cairns para salvar da fome mineiros isolados na floresta tropical por inundações, com o tempo, o Kuranda Railway tornou-se no ganha-pão de centenas de aussies alternativos.
Creel, Chihuahua, Carlos Venzor, coleccionador, museu
Sociedade
Chihuahua a Creel, Chihuahua, México

A Caminho de Creel

Com Chihuahua para trás, apontamos a sudoeste e a terras ainda mais elevadas do norte mexicano. Junto a Ciudad Cuauhtémoc, visitamos um ancião menonita. Em redor de Creel, convivemos, pela primeira vez, com a comunidade indígena Rarámuri da Serra de Tarahumara.
Casario, cidade alta, Fianarantsoa, Madagascar
Vida Quotidiana
Fianarantsoa, Madagáscar

A Cidade Malgaxe da Boa Educação

Fianarantsoa foi fundada em 1831 por Ranavalona Iª, uma rainha da etnia merina então predominante. Ranavalona Iª foi vista pelos contemporâneos europeus como isolacionista, tirana e cruel. Reputação da monarca à parte, quando lá damos entrada, a sua velha capital do sul subsiste como o centro académico, intelectual e religioso de Madagáscar.
Jipe cruza Damaraland, Namíbia
Vida Selvagem
Damaraland, Namíbia

Namíbia On the Rocks

Centenas de quilómetros para norte de Swakopmund, muitos mais das dunas emblemáticas de Sossuvlei, Damaraland acolhe desertos entrecortados por colinas de rochas avermelhadas, a maior montanha e a arte rupestre decana da jovem nação. Os colonos sul-africanos baptizaram esta região em função dos Damara, uma das etnias da Namíbia. Só estes e outros habitantes comprovam que fica na Terra.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.