Kalsoy, Ilhas Faroé

Um Farol no Fim do Mundo Faroês


Kallur na névoa
O pequeno farol de Kallur, destacado no relevo caprichoso do norte da ilha de Kalsoy.
Miradouro natural
Casal admira o povoado de Trollanes de um cimo no trilho para Kallur.
Sydradadur Vista do Ferry
Vista de Sydradadur por uma escotilha do M/F Sam, o ferry que liga Klaksvik a Kalsoy.
No Limiar
Sara Wong no cimo de um dos penhascos relvados de Kallur.
Na Ponte de Comando
Sámal Petur Grund, comandante do ferry M/F Sam que liga Klaksvik a Sydradadur, já em Kalsoy.
O Fim da Crista
Caminhantes percorrem uma crista de Kallur, a pouca distância da do farol.
Estátua de Kópakonan, a Mulher-Foca
Estátua da mulher-foca Kópakonan, no mar dos fundos de Mikladalur.
Um Galinheiro
Galinheiro em Trollanes, no limiar norte de Kalsoy.
No caminho certo II
Casal numa meia-encosta do trilho liga Trollanes a Kallur.
Espera que desespera
Cães-pastores das ilhas Faroé aguardam, impacientes, que os donos os levem para o trabalho com o rebanho, em Trollanes.
No caminho certo III
Casal numa meia-encosta do trilho liga Trollanes a Kallur.
Passeio em Trollanes.
Sara Wong na rua principal de Trollanes,
No caminho certo I
Panorâmica do trilho entre Trollanes e Kallur.
Ovelhas na névoa
Ovelhas quase perdidas em névoa no trilho que liga Trollanes a Kallur
Kalsoy é uma das ilhas mais isoladas do arquipélago das faroés. Também tratada por “a flauta” devido à forma longilínea e aos muitos túneis que a servem, habitam-na meros 75 habitantes. Muitos menos que os forasteiros que a visitam todos os anos atraídos pelo deslumbre boreal do seu farol de Kallur.

Partimos da capital Torshavn quase tão cedo quanto tínhamos planeado e de sobreaviso para a eventualidade de o pequeno ferry que liga Klaksvik – a segunda cidade da nação – à ilha vizinha de Kalsoy poder não chegar para todos os candidatos.

Às 8h45, decorrida de mais de uma hora de viagem pela alpondra geológica de que são feitas as Faroés, ainda debaixo de chuva, chegamos ao porto. Somos os terceiros na fila de veículos por embarcar.

Com um lugar tanto no pódio como no barco assegurado, ensonados de cansaço e de mais um despertar madrugador, deitamos os bancos, activamos os despertadores dos telefones e deixamo-nos dormir.

Quando voltamos a despertar, pouco antes das dez, já estão sete carros na fila do ferry M/F Sam, ainda bem longe do limite de dezasseis. Todos eram alugados, conduzidos por estrangeiros. Estacionamos o nosso consoante as intruções do arrumador de serviço. Logo, subimos para a plataforma destinada aos passageiros e ao comandante.

Vista de Sydradadur do interior do ferry M/F Sam, Ilhas Faroé

Vista de Sydradadur por uma escotilha do M/F Sam, o ferry que liga Klaksvik a Kalsoy.

A Travessia Suave para Kalsoy, a Bordo do Ferry M/F Sam

O M/F Sam, uma espécie de balsa artilhada, faz-se ao mar liso que preenche o fiorde em que se instalou a cidade. Deixa para trás a ilha de Bordoy e dá início à travessia para Sydradadur, o porto de destino já na ilha de Kalsoy. Navegamos por águas protegidas pelos caprichos insulares do território faroês que a quase ausência de vento mantinha lisas.

Apreciamos o casario de Klaksvik enquanto a distância e a névoa o reduzia a um quase nada. Quando essa mesma longura tornou as margens difusas, fazemos uma visita à ponte de comando.

Uma mulher de feições asiáticas tagarelava com o comandante em faroense, num diálogo arrastado que nos deixava mais e mais intrigados. Por fim, a senhora pressente que também queríamos falar com o comandante e aborda-nos em jeito de passagem de testemunho proselitista. “Vão a Kallur, certo? Ao meio-dia, há missa em Mikladalur. Se puderem, juntem-se a nós.” Agradecemos o convite mas ficamo-nos por aí.

A Ligação Faroense-Portuguesa do Comandante Sámal Petur Grund

Abordamos o comandante, um homem sessentão de cabelo e bigode brancos e olhos de um azul bem vivo. Sámal Petur Grund, assim se chamava, não perde tempo a apurar de onde vínhamos. “De Portugal? A sério? Não vemos cá muitos de vocês! Sejam bem-vindos.

Sabem que eu tenho uma enorme admiração por Portugal, aliás… até é possível que eu exista devido a Portugal. Porquê? Olhem, durante os anos 60 e 70 o meu pai fez a vida dele a pescar bacalhau aqui nas Faroé, na Islândia e na Gronelândia e a ir vendê-lo a Portugal.

Ele já não está vivo mas, pelo que sei, vocês continuam a comer bacalhau em quantidades incríveis.” Confirmamos a sua suposição e prolongamos a conversa o mais que podemos. Não muito.

Sámal Petur Grund, comandante do ferry M/F Sam que liga Klaksvik a Sydradadur, Kalsoy, Ilhas Faroé

Sámal Petur Grund, comandante do ferry M/F Sam que liga Klaksvik a Sydradadur, já em Kalsoy.

De Sydradadur a Trollanes, túnel atrás de túnel

Sydradadur aproximava-se. O comandante viu-se na iminência da atracagem E, nós, na urgência de descermos para o carro a tempo de desembarcarmos e desbloquearmos os restantes.

Uns minutos depois, já percorríamos a estrada costeira que segue da ponta sul ao extremo norte da ilha, numa caravana espontânea formada por todos os carros que seguiam a bordo.

À imagem de tantas outras ilhas do arquipélago, sucessivos movimentos tectónicos e a erosão enrugaram a delgada Kalsoy. Como tal, só uma sucessão de túneis rústicos de montanha nos permitia a todos chegar a Trollanes, a última paragem da estrada e o ponto de partida para a caminhada que estávamos prestes a inaugurar.

Um derradeiro túnel deixa-nos de frente para um vale amplo e verdejante. Trollanes surgia anichada num recanto à beira-mar. Prendados com uma meteorologia bem mais favorável que a que tínhamos tido até então, decidimos deixá-la para a volta.

Casal admira vista sobre o vale de Trollanes, Kalsoy, ilhas Faroé

Casal admira o povoado de Trollanes de um cimo no trilho para Kallur.

A Caminhada Deslumbrante-Verdejante entre Trollanes e Kallur

Detemo-nos num parque de estacionamento instalado junto ao início do caminho para Kallur, um trilho meio enlameado que começava por trepar uma encosta por degraus naturais.

Pausamos a marcha no cimo dessa primeira vertente. Daí, contemplamos o vale e o litoral rugoso em formato panorâmico. Vislumbramos ainda os contornos longínquos de Kunoy, a ilha a leste, perdidos na vastidão do Mar da Noruega.

Retomamos o trilho. Por um bom tempo, ondula por nova meia-encosta até que passa a ascender para as alturas costeiras que buscávamos. Nesse tempo, como é suposto nas ilhas Faroé, cruzamo-nos com ovelhas entregues às suas intermináveis pastagens.

Ovelhas, Kallur, Kalsoy, Ilhas Faroé

Ovelhas quase perdidas em névoa no trilho que liga Trollanes a Kallur

Umas são pretas, outras castanhas, outras cinzentas, outras de um branco-bastante-sujo e outras ainda malhadas. Habituadas às incursões dos estrangeiros por aquele domínio, os ovinos desprezam-nos. Ao contrário dos quase tão abundantes ostraceiros que desatam numa guincharia infernal sempre que nos aproximamos dos seus ninhos.

O Farol de Kallur, por fim, à Vista

Vencida nova ladeira, enfim, damos com o farol branco e vermelho de Kallur. Ao contrário do que esperávamos, a estrutura impressionou-nos pela sua insignificância, como que rendida à grandiosidade ervada e recortada, rochosa e marinha do cenário em redor.

De um momento para o outro, a ponta noroeste de Kalsoy ganha braços de terra que entram pelo mar em distintas direcções. O farol surge numa orla com precipícios mortais tanto para um lado como para o outro. Já tínhamos lido sobre os perigos e riscos da exploração de Kallur. Ainda assim, a vertigem surpreendeu-nos.

Não fomos os primeiros passageiros do M/F Sam a ali chegar. Um jovem casal britânico fazia as suas fotos a alto ritmo, pressionado pela forte probabilidade de as nuvens baixas retidas pelo penhasco meio-rochoso meio-ervado que se destacava acima do farol nos emboscarem.

Caminhantes em Kallur, ilha de Kalsoy, Ilhas Faroé

Caminhantes percorrem uma crista de Kallur, a pouca distância da do farol.

Dez minutos decorridos, vemo-los deixarem o istmo elevado em que se situava o farol e a percorrerem uma crista concorrente, bem mais longa. Aproveitamos de imediato a nossa vez.

Pé ante pé, com tanto cuidado como receio e a evitarmos espreitar os precipícios que nos ameaçavam de ambos os lados, chegamos à ponta destacada e quase tão vertiginosa, de onde era possível fotografar o farol com o tal penhasco em fundo.

Mas, umas poucas fotos frenéticas depois, as nuvens começaram mesmo a entrar e a despejar uma chuva se intensificou. Lembrámo-nos de imediato que, se a ida já tinha sido complicada, o que seria então o retorno com a névoa e o aguaceiro a esconderem e a enlamearem ainda mais aquele fio da navalha escorregadio.

Os Complicados Caprichos Meteorológicos de Kallur

De acordo, com o mesmo cuidado com que havíamos vindo, mas com as pernas já a tremer da adrenalina, revertemos o caminho para o farol. Abrigamo-nos atrás da sua fachada protegida da chuva, recuperamos a calma e esperamos.

No entretanto, chega um casal chinês com uma criança e apercebem-se de que não se vê nada em redor. Aguardaram cinco minutos e desistem.

Pela experiência meteorológica que já levamos de tantos anos de viagem e de fotografia, tínhamos uma certeza quase absoluta que aquelas nuvens rasteiras não resistiriam muito mais. Tal prognóstico veio a confirmar-se.

Uma brisa súbita levou o manto branco para cima do mar e deixou as nuvens que se seguiam uma vez mais retidas atrás do penhasco.

O pequeno farol de Kallur, destacado no relevo caprichoso do norte da ilha de Kalsoy.

O pequeno farol de Kallur, destacado no relevo caprichoso do norte da ilha de Kalsoy.

Sós naquela batalha contra o tempo e os elementos, recuperámos a coragem. Mesmo se escorregava já o dobro, voltamos a desafiar o trilho letal. Por sorte, as nuvens hesitaram por quase quarenta minutos. Nessa clemência, fizemos todas as fotos que queríamos: a partir do tal pedestal, do farol e até do declive abaixo que a inclinação parcial e a cobertura de relva nos permitia descer uns bons metros sem cairmos para uma morte marinha mais que certa.

Sara Wong em Kallur, Kalsoy

Sara Wong no cimo de um dos penhascos relvados de Kallur.

Regresso à Segurança Rural de Trollanes

Mal a névoa retomou a invasão, rendemo-nos às evidências. Arrumámos o equipamento nas mochilas e inaugurámos o regresso a Trollanes.

Quando lá chegamos, já não vemos rasto dos restantes estrangeiros. Espreitamos uma plantação murada de ruibarbo, o único vegetal que os faroenses conseguem cultivar ao ar livre. Passamos por uma casa tradicional de madeira em que víamos os moradores pela janela da cozinha, como eles nos conseguiam ver a nós.

Cá fora, alinhados sobre a caixa de uma carrinha pick-up, quatro cães pastores das Faroé, aguardavam impacientes que os donos deixassem o lar e os levassem para a lida das ovelhas da sua satisfação.

Cães-pastores em Trollanes, Kalsoy, Ilhas Faroé

Cães-pastores das ilhas Faroé aguardam, impacientes, que os donos os levem para o trabalho com o rebanho, em Trollanes.

Até então, não tínhamos encontrado nenhum dos 75 habitantes de Kalsoy que decidimos não desperdiçar aquela oportunidade. Sem que o esperássemos, uma criança com os seus três ou quatro anos surgiu da casa. Os cães sentiram que os donos estariam prestes a chegar e começaram a ladrar.

A criança assustou-se com a nossa inesperada presença fotográfica e com o frenesim dos cães. Regressou à protecção do lar.

Nós, aproximamo-nos dos cães e tentamos fazer-lhes festas. Só que, espertos como são estes cães-pastores, por aquela altura já teriam percebido que estávamos a perturbar a rotina da saída dos donos para o campo. Um deles irritou-se e ameaçou uma mordidela. Ficaram por ali as festas.

Boa parte dos faroeses rurais são algo avessos aos turistas que invadem as suas povoações de máquinas fotográficas em riste. Esta família não saiu sequer de casa enquanto por ali cirandávamos.

Trollanes, Kalsoy, Ilhas Faroé

Sara Wong na rua principal de Trollanes,

Investigamos um pouco mais da ínfima Trollanes e encantamo-nos com um galinheiro de pedra que um bando de galináceos apreensivos contornava numa direcção e na outra, consoante a fachada de que aparecêssemos.

Logo, deixamos o vale de Trollanes ao som da banda sonora estridente de seis ou sete ostraceiros que reclamavam a exclusividade da sua beira da estrada.

Em Busca da mulher-foca de Kópakonan

Retrocedemos para o sul de Kalsoy, com as horas contadas para apanharmos a última travessia do dia do M/F Sam rumo a Klaksvik.

Pelo caminho, paramos em Mikladalur, a maior das povoações da ilha, também ela situada num grande vale em forma de U. Já não chegámos a tempo da missa para que a passageira de visual asiático nos convidara.

Em vez, descemos para a beira-mar profunda da aldeia e apreciamos a estátua anfíbia que justificava a paragem de quase todos os visitantes.

Estátua da mulher-foca Kópakonan, Mikladalur, Kalsoy, ilhas Faroé

Estátua da mulher-foca Kópakonan, no mar dos fundos de Mikladalur.

A maré estava vazia. O mar mantinha-se relativamente calmo tendo em conta a ondulação tresloucada que batia aquele litoral feito de penhascos nos piores dias de tempestade. Kópakonan, a mulher foca, destacava-se, assim, a seco, da base de rocha que a sustem, tão sólida como a tradição das lendas folclóricas das ilhas Faroé.

A sua estátua homenageia, aliás, uma das lendas mais conhecidas e intrincadas da nação, de tal forma complexa e longa que teremos que a contar da próxima vez que voltarmos a Kalsoy.

Mykines, Ilhas Faroé

No Faroeste das Faroé

Mykines estabelece o limiar ocidental do arquipélago Faroé. Chegou a albergar 179 pessoas mas a dureza do retiro levou a melhor. Hoje, só lá resistem nove almas. Quando a visitamos, encontramos a ilha entregue aos seus mil ovinos e às colónias irrequietas de papagaios-do-mar.
PN Thingvellir, Islândia

Nas Origens da Remota Democracia Viking

As fundações do governo popular que nos vêm à mente são as helénicas. Mas aquele que se crê ter sido o primeiro parlamento do mundo foi inaugurado em pleno século X, no interior enregelado da Islândia.
Nesbyen a Flam, Noruega

Flam Railway: Noruega Sublime da Primeira à Última Estação

Por estrada e a bordo do Flam Railway, num dos itinerários ferroviários mais íngremes do mundo, chegamos a Flam e à entrada do Sognefjord, o maior, mais profundo e reverenciado dos fiordes da Escandinávia. Do ponto de partida à derradeira estação, confirma-se monumental esta Noruega que desvendamos.
Magma Geopark, Noruega

Uma Noruega Algo Lunar

Se recuássemos aos confins geológicos do tempo, encontraríamos o sudoeste da Noruega repleto de enormes montanhas e de um magma incandescente que sucessivos glaciares viriam a moldar. Os cientistas apuraram que o mineral ali predominante é mais comum na Lua que na Terra. Vários dos cenários que exploramos no vasto Magma Geopark da região parecem tirados do nosso grande satélite natural.
Seydisfjordur, Islândia

Da Arte da Pesca à Pesca da Arte

Quando armadores de Reiquejavique compraram a frota pesqueira de Seydisfjordur, a povoação teve que se adaptar. Hoje, captura discípulos da arte de Dieter Roth e outras almas boémias e criativas.
Husavik a Myvatn, Islândia

Neve sem Fim na Ilha do Fogo

Quando, a meio de Maio, a Islândia já conta com o aconchego do sol mas o frio mas o frio e a neve perduram, os habitantes cedem a uma fascinante ansiedade estival.
Islândia

Ilha de Fogo, Gelo, Cascatas e Quedas de Água

A cascata suprema da Europa precipita-se na Islândia. Mas não é a única. Nesta ilha boreal, com chuva ou neve constantes e em plena batalha entre vulcões e glaciares, despenham-se torrentes sem fim.
Lagoa de Jok​ülsárlón, Islândia

O Canto e o Gelo

Criada pela água do oceano Árctico e pelo degelo do maior glaciar da Europa, Jokülsárlón forma um domínio frígido e imponente. Os islandeses reverenciam-na e prestam-lhe surpreendentes homenagens.
Islândia

O Aconchego Geotérmico da Ilha do Gelo

A maior parte dos visitantes valoriza os cenários vulcânicos da Islândia pela sua beleza. Os islandeses também deles retiram calor e energia cruciais para a vida que levam às portas do Árctico.
Oslo, Noruega

Uma Capital (sobre) Capitalizada

Um dos problemas da Noruega tem sido decidir como investir os milhares milhões de euros do seu fundo soberano recordista. Mas nem os recursos desmedidos salvam Oslo das suas incoerências sociais.
Tórshavn, Ilhas Faroé

O Porto Faroês de Thor

É a principal povoação das ilhas Faroé desde, pelo menos, 850 d.C., ano em que os colonos viquingues lá estabeleceram um parlamento. Tórshavn mantém-se uma das capitais mais diminutas da Europa e o abrigo divinal de cerca de um terço da população faroense.
Vágar, Ilhas Faroé

O Lago que Paira sobre o Atlântico Norte

Por um capricho geológico, Sorvagsvatn é muito mais que o maior lago das ilhas Faroé. Falésias com entre trinta a cento e quarenta metros limitam o extremo sul do seu leito. De determinadas perspectivas, dá a ideia de estar suspenso sobre o oceano.
Kirkjubour, Streymoy, Ilhas Faroé

Onde o Cristianismo Faroense deu à Costa

A um mero ano do primeiro milénio, um missionário viquingue de nome Sigmundur Brestisson levou a fé cristã às ilhas Faroé. Kirkjubour, tornou-se o porto de abrigo e sede episcopal da nova religião.
Streymoy, Ilhas Faroé

Streymoy Acima, ao Sabor da Ilha das Correntes

Deixamos a capital Torshavn rumo a norte. Cruzamos de Vestmanna para a costa leste de Streymoy. Até chegarmos ao extremo setentrional de Tjornuvík, deslumbramo-nos vezes sem conta com a excentricidade verdejante da maior ilha faroesa.
Saksun, StreymoyIlhas Faroé

A Aldeia Faroesa que Não Quer ser a Disneylandia

Saksun é uma de várias pequenas povoações deslumbrantes das Ilhas Faroé, que cada vez mais forasteiros visitam. Diferencia-a a aversão aos turistas do seu principal proprietário rural, autor de repetidas antipatias e atentados contra os invasores da sua terra.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Reserva Masai Mara, Viagem Terra Masai, Quénia, Convívio masai
Safari
Masai Mara, Quénia

Reserva Masai Mara: De Viagem pela Terra Masai

A savana de Mara tornou-se famosa pelo confronto entre os milhões de herbívoros e os seus predadores. Mas, numa comunhão temerária com a vida selvagem, são os humanos Masai que ali mais se destacam.
Circuito Annapurna, Manang a Yak-kharka
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 10º: Manang a Yak Kharka, Nepal

A Caminho das Terras (Mais) Altas dos Annapurnas

Após uma pausa de aclimatização na civilização quase urbana de Manang (3519 m), voltamos a progredir na ascensão para o zénite de Thorong La (5416 m). Nesse dia, atingimos o lugarejo de Yak Kharka, aos 4018 m, um bom ponto de partida para os acampamentos na base do grande desfiladeiro.
A pequena-grande Senglea II
Arquitectura & Design
Senglea, Malta

A Cidade Maltesa com Mais Malta

No virar do século XX, Senglea acolhia 8.000 habitantes em 0.2 km2, um recorde europeu, hoje, tem “apenas” 3.000 cristãos bairristas. É a mais diminuta, sobrelotada e genuína das urbes maltesas.
Aventura
Vulcões

Montanhas de Fogo

Rupturas mais ou menos proeminentes da crosta terrestre, os vulcões podem revelar-se tão exuberantes quanto caprichosos. Algumas das suas erupções são gentis, outras provam-se aniquiladoras.
Indígena Coroado
Cerimónias e Festividades
Pueblos del Sur, Venezuela

Por uns Trás-os-Montes da Venezuela em Fiesta

Em 1619, as autoridades de Mérida ditaram a povoação do território em redor. Da encomenda, resultaram 19 aldeias remotas que encontramos entregues a comemorações com caretos e pauliteiros locais.
Presa por vários arames
Cidades
Curitiba, Brasil

A Vida Elevada de Curitiba

Não é só a altitude de quase 1000 metros a que a cidade se situa. Cosmopolita e multicultural, a capital paranaense tem uma qualidade de vida e rating de desenvolvimento humano que a tornam um caso à parte no Brasil.
Moradora obesa de Tupola Tapaau, uma pequena ilha de Samoa Ocidental.
Comida
Tonga, Samoa Ocidental, Polinésia

Pacífico XXL

Durante séculos, os nativos das ilhas polinésias subsistiram da terra e do mar. Até que a intrusão das potências coloniais e a posterior introdução de peças de carne gordas, da fast-food e das bebidas açucaradas geraram uma praga de diabetes e de obesidade. Hoje, enquanto boa parte do PIB nacional de Tonga, de Samoa Ocidental e vizinhas é desperdiçado nesses “venenos ocidentais”, os pescadores mal conseguem vender o seu peixe.
Verão Escarlate
Cultura

Valência a Xàtiva, Espanha

Do outro Lado da Ibéria

Deixada de lado a modernidade de Valência, exploramos os cenários naturais e históricos que a "comunidad" partilha com o Mediterrâneo. Quanto mais viajamos mais nos seduz a sua vida garrida.

Natação, Austrália Ocidental, Estilo Aussie, Sol nascente nos olhos
Desporto
Busselton, Austrália

2000 metros em Estilo Aussie

Em 1853, Busselton foi dotada de um dos pontões então mais longos do Mundo. Quando a estrutura decaiu, os moradores decidiram dar a volta ao problema. Desde 1996 que o fazem, todos os anos. A nadar.
viagem de volta ao mundo, símbolo de sabedoria ilustrado numa janela do aeroporto de Inari, Lapónia Finlandesa
Em Viagem
Volta ao Mundo - Parte 1

Viajar Traz Sabedoria. Saiba como dar a Volta ao Mundo.

A Terra gira sobre si própria todos os dias. Nesta série de artigos, encontra esclarecimentos e conselhos indispensáveis a quem faz questão de a circundar pelo menos uma vez na vida.
Noiva entra para carro, casamento tradicional, templo Meiji, Tóquio, Japão
Étnico
Tóquio, Japão

Um Santuário Casamenteiro

O templo Meiji de Tóquio foi erguido para honrar os espíritos deificados de um dos casais mais influentes da história do Japão. Com o passar do tempo, especializou-se em celebrar bodas tradicionais.
portfólio, Got2Globe, fotografia de Viagem, imagens, melhores fotografias, fotos de viagem, mundo, Terra
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Porfólio Got2Globe

O Melhor do Mundo – Portfólio Got2Globe

Viagem São Tomé, Equador, São Tomé e Principe, Pico Cão Grande
História
São Tomé, São Tomé & Príncipe

Viagem até onde São Tomé Aponta o Equador

Fazemo-nos à estrada que liga a capital homónima ao fundo afiado da ilha. Quando chegamos à Roça Porto Alegre, com o ilhéu das Rolas e o Equador pela frente, tínhamo-nos perdido vezes sem conta no dramatismo histórico e tropical de São Tomé.
Mdina, Malta, Cidade Silenciosa, arquitectura
Ilhas
Mdina, Malta

A Cidade Silenciosa e Notável de Malta

Mdina foi capital de Malta até 1530. Mesmo depois de os Cavaleiros Hospitalários a terem despromovido, foi atacada e fortificou-se a condizer. Hoje, é a costeira e sobranceira Valletta que conduz os destinos da ilha. A Mdina coube a tranquilidade da sua monumentalidade.
Corrida de Renas , Kings Cup, Inari, Finlândia
Inverno Branco
Inari, Finlândia

A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
Recompensa Kukenam
Literatura
Monte Roraima, Venezuela

Viagem No Tempo ao Mundo Perdido do Monte Roraima

Perduram no cimo do Monte Roraima cenários extraterrestres que resistiram a milhões de anos de erosão. Conan Doyle criou, em "O Mundo Perdido", uma ficção inspirada no lugar mas nunca o chegou a pisar.
Ponte de Ross, Tasmânia, Austrália
Natureza
À Descoberta de Tassie, Parte 3, Tasmânia, Austrália

Tasmânia de Alto a Baixo

Há muito a vítima predilecta das anedotas australianas, a Tasmânia nunca perdeu o orgulho no jeito aussie mais rude ser. Tassie mantém-se envolta em mistério e misticismo numa espécie de traseiras dos antípodas. Neste artigo, narramos o percurso peculiar de Hobart, a capital instalada no sul improvável da ilha até à costa norte, a virada ao continente australiano.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Parques Naturais
Circuito Annapurna: 5º - Ngawal a BragaNepal

Rumo a Braga. A Nepalesa.

Passamos nova manhã de meteorologia gloriosa à descoberta de Ngawal. Segue-se um curto trajecto na direcção de Manang, a principal povoação no caminho para o zénite do circuito Annapurna. Ficamo-nos por Braga (Braka). A aldeola não tardaria a provar-se uma das suas mais inolvidáveis escalas.
Cidade do Cabo, África do Sul, Nelson Mandela
Património Mundial UNESCO
Cidade do Cabo, África do Sul

Ao Fim e ao Cabo

A dobragem do Cabo das Tormentas, liderada por Bartolomeu Dias, transformou esse quase extremo sul de África numa escala incontornável. E, com o tempo, na Cidade do Cabo, um dos pontos de encontro civilizacionais e urbes monumentais à face da Terra.
Em quimono de elevador, Osaka, Japão
Personagens
Osaka, Japão

Na Companhia de Mayu

A noite japonesa é um negócio bilionário e multifacetado. Em Osaka, acolhe-nos uma anfitriã de couchsurfing enigmática, algures entre a gueixa e a acompanhante de luxo.
Parque Nacional Cahuita, Costa Rica, Caribe, Punta Cahuita vista aérea
Praias
Cahuita, Costa Rica

Uma Costa Rica de Rastas

Em viagem pela América Central, exploramos um litoral da Costa Rica tão afro quanto das Caraíbas. Em Cahuita, a Pura Vida inspira-se numa fé excêntrica em Jah e numa devoção alucinante pela cannabis.
Mtshketa, Cidade Santa da Geórgia, Cáucaso, Catedral de Svetitskhoveli
Religião
Mtskheta, Geórgia

A Cidade Santa da Geórgia

Se Tbilissi é a capital contemporânea, Mtskheta foi a cidade que oficializou o Cristianismo no reino da Ibéria predecessor da Geórgia, e uma das que difundiu a religião pelo Cáucaso. Quem a visita, constata como, decorridos quase dois milénios, é o Cristianismo que lá rege a vida.
Trem do Serra do Mar, Paraná, vista arejada
Sobre Carris
Curitiba a Morretes, Paraná, Brasil

Paraná Abaixo, a Bordo do Trem Serra do Mar

Durante mais de dois séculos, só uma estrada sinuosa e estreita ligava Curitiba ao litoral. Até que, em 1885, uma empresa francesa inaugurou um caminho-de-ferro com 110 km. Percorremo-lo, até Morretes, a estação, hoje, final para passageiros. A 40km do término original e costeiro de Paranaguá.
Cruzamento movimentado de Tóquio, Japão
Sociedade
Tóquio, Japão

A Noite Sem Fim da Capital do Sol Nascente

Dizer que Tóquio não dorme é eufemismo. Numa das maiores e mais sofisticadas urbes à face da Terra, o crepúsculo marca apenas o renovar do quotidiano frenético. E são milhões as suas almas que, ou não encontram lugar ao sol, ou fazem mais sentido nos turnos “escuros” e obscuros que se seguem.
Amaragem, Vida à Moda Alasca, Talkeetna
Vida Quotidiana
Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
Geisers El Tatio, Atacama, Chile, Entre o gelo e o calor
Vida Selvagem
El Tatio, Chile

Géiseres El Tatio – Entre o Gelo e o Calor do Atacama

Envolto de vulcões supremos, o campo geotermal de El Tatio, no Deserto de Atacama surge como uma miragem dantesca de enxofre e vapor a uns gélidos 4200 m de altitude. Os seus géiseres e fumarolas atraem hordas de viajantes.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.