Mumbo Island, Malawi

Um Lago Malawi Só para Nós


Canoa Azul
Pescador pagaia a bordo de uma canoa tradicional, ao largo da Mumbo Island
Rumo a Chembe
Pescadores ao largo da Mumbo Island, sul do Lago Malawi
Mumbo das Alturas
Vista aérea do "Lady Java SS" na enseada principal da Ilha Mumbo
“Miss Java SS” de volta à Ilha
"Miss Java SS" regressa à Mumbo Island, Lago Malawi
Cabana Mumbo II
Cabana do Mumbo Island Camp, Lago Malawi
Tristan
Tristan, empregado do Mumbo Island Camp, Lago Malawi
Visões
Barcos de pesca na distância, Lago Malawi
De Vigia
Águia pesqueira de olho na superfície do Lago Malawi
Pescaria de Águia
Águia pesqueira com o so poente em fundo, Lago Malawi
Frescura Lacustre
Hóspede refresca-se na praia da Mumbo Island
Lagarto Azul
Lagarto Azul, Mumbo island, Lago Malawi
Cabana Mumbo
Cabana da Mumbo Island Camp, Lago Malawi
Aposentos
Interior de uma das cabanas da Mumbo Island, Lago Malawi
Rock Fig View
Sara Wong no miradouro natural Rock Fig View, Ilha Mumbo
A Doca Possível
"Miss Java SS" atracado na enseada da Mumbo Island
Monitor ao Sol
Lagarto Monitor ao sol, na praia da ilha Mumbo
O Passadiço
Passadiço principal da Mumbo Island, Lago Malawi
“Miss Java SS”
Tripulação a bordo do catamarã "Miss Java SS", Mumbo Island
Duo Pousado
Pássaros pousados num cimo da Mumbo Island
Pesca entre Rochedos
Pescador entre rochedos ao largo da Mumbo Island
Canoa Azul
Pescador pagaia a bordo de uma canoa tradicional, ao largo da Mumbo Island
Rumo a Chembe
Pescadores ao largo da Mumbo Island, sul do Lago Malawi
Mumbo das Alturas
Vista aérea do "Lady Java SS" na enseada principal da Ilha Mumbo
“Miss Java SS” de volta à Ilha
"Miss Java SS" regressa à Mumbo Island, Lago Malawi
Dista meros 10km ou 40 minutos num barco tradicional do litoral sempre concorrido de Cape MacLear. Com apenas 1km de diâmetro, a ilha Mumbo proporciona-nos um retiro ecológico memorável no imenso Lago Malawi.

Vínhamos das margens do Shire, um dos grandes rios do Malawi. Seguíamos pela beira dos maiores lagos da nação. Primeiro o Malombe. Após um novo período na iminência do Shire que os une, passamos para a beira do Malawi, o terceiro maior de África.

Deixamos a estrada principal rumo a norte, por uma tal de península de Nankumba e uma via sinuosa e ondulante percorrida quase apenas por motorizadas carregadas de tudo um pouco, duas ou três, já derrotadas pela exigência da carga e do percurso.

A determinada altura, viajamos entre encostas abruptas, cobertas de uma vegetação frondosa que, finda a época das chuvas, o calor de forno tropical ressequia a olhos vistos.

Salpicavam esse vale umas poucas plantações, de mandioca, de batata doce. Ainda assim, bolsas de selva abrigavam colónias de macacos que víamos a patrulharem a estrada, atentos a qualquer guloseima menos natural.

Muitos altos, baixos e buracos no asfalto depois, atingimos o cimo da península e o pórtico de acesso ao Parque Nacional do Lago Malawi. O destino que levávamos não requeria que o cruzássemos.

Em vez, flectimos para Chembe, uma povoação instalada na iminência do lago, feita de casas e cabanas humildes de pescadores. E de gente que encontrou sustento nos milhares de forasteiros, em boa parte mochileiros, que exploram o lago Malawi a partir de Cape Maclear e da Monkey Bay oposta.

Vencida uma sequência de crateras dramáticas legada pelas chuvas, damos com as instalações da Kayak Africa, a empresa concessionária da ilha que tínhamos como destino. Joseph Kamanje recebe-nos, encarregue-se de que nos refresquemos, bem como das formalidades de entrada.

A Bordo do “Lady Java SS”, rumo à Ilha Mumbo

Em seguida, encaminha-nos para o “Lady Java SS”, o catamarã branco que assegura as viagens entre Chembe e Mumbo. Como previsto, a navegação cumpre-se sem pressas.

Embalam-nos vagas suaves que uma brisa vinda de sul fazia repetir a bom ritmo.

“Miss Java SS” regressa à Mumbo Island, Lago Malawi

Durante algum tempo, avançamos protegidos pela costa sul da ilha de Thumbi. A partir do seu extremo oeste curvilíneo e, durante mais de meia-hora, sulcamos águas abertas da Baía de Kasankha.

Mumbo passa de vislumbre a uma visão definida, de ilha de vertentes íngremes, coberta da sua própria selva.

Contornamos os dois ilhéus que se destacam da ponta sul. O primeiro, diminuto, quase simbólico, resulta de um dos incontáveis castros de rochedos graníticos que enfeitam o lago Malawi.

Castro de rochedos ao largo do ilhéu de Mumbo

O outro, ergue-se acima de vários deles, maior e mais estável, o suficiente para o podermos habitar.

O “Lady Java SS” dá entrada na enseada principal da Mumbo Island. Atraca no areal arredondado que lhe serve de praia.

Desembarque Vespertino na Praia de Mumbo Island

Devido às chuvas mais intensas e duradouras desde o meio do século XX, nesta região de África, encontramo-lo reduzido a uma faixa exígua, diz-nos o timoneiro que nem um terço da habitual.

O encolhimento resulta do mesmo inundar do lago que danificou inúmeros edifícios e culturas, sobretudo do lado do Malawi, não tanto, no menos desenvolvido de Moçambique, onde o lago ainda é tratado por Niassa.

Desembarcamos quase à sombra da vegetação. Recebe-nos Mariot.

Mostra-nos a sala de refeições e convívio, como todas as estruturas da ilha, erguida em madeira, palhota e materiais vegetais afins.

Cabana da Mumbo Island Camp, Lago Malawi

No seu todo, o “camp”, é um projecto inaugurado, em 1996, por um jovem casal sul-africano, Pierre Bester e Marzi Callender, a que se juntaram o irmão de Pierre, Clive e ainda Jurie Schoeman e Rob Assad.

Estes reforços da equipa inicial, malgrado separações e até tragédias, permitiram expandir a actividade da empresa que os unia, a Kayak Africa, a outras ilhas, incluindo a de Madagáscar.

Voltamos a descer para praia. Dali, cruzamos pela primeira vez o passadiço que une Mumbo ao seu ilhéu.

Passadiço principal da Mumbo Island, Lago Malawi

Mariot mostra-nos umas poucas das cabanas sobre ele erguidas, cada qual, com a sua vista deslumbrante.

A Cabana, entre Cactos, acima da Enseada

A nossa, prolongava-se para uma varanda desafogada, ajeitada acima da enseada de Mumbo, virada para a praia e para a ponta sul da ilha.

Concedia-nos um vislumbre nevoento do fundo da baía de Kasankha e de diferentes pontos do Malawi continental, não do Cabo MacLear e de Chembwe, ambos detrás do ilhéu.

Instalamo-nos entre a ansiedade e a satisfação de sabermos que, em Mumbo e naquela cabana em particular, teríamos que nos aguentar sem Internet nem electricidade.

Interior de uma das cabanas da Mumbo Island, Lago Malawi

A viagem que se arrastava desde as 11 da manhã e o longínquo Mvuu Lodge, no PN Lilondwe e que nos obrigou a três horas de estrada esburacada mantinha-nos num cansaço algo sedativo a que a quase noite e a cama enredada sugeriam que nos rendêssemos.

Sobre as cinco da tarde, deixamo-nos mesmo dormir.

Mariot tinha explicado que, pelas sete, um toque reverberante propagado por uma rã de madeira serviria de sinal para a hora de jantar. Pelo que nos disse respeito, a rã não grasnou. Vêm despertar-nos e guiar-nos, no quase escuro.

Jantamos à luz de velas. Pouco depois, regressamos à cabana. De início, faz um calor abafado. Sem aviso, o vento de sul intensifica-se. Inunda o lago Malawi de vagas hiperbólicas.

A Primeira Noite Acima do Lago Malawi

Arruina nova noite de pesca à vasta comunidade de pescadores que dele dependem, traz-nos o sinal de Internet que já tínhamos dado como perdido e arrefece o quarto com maior eficácia que qualquer ar condicionado inexistente em Mumbo.

Malgrado a Internet, voltamos a dormir sem apelo.

Despertamos pelas 8h15. Pouco depois, o “Lady Java SS” reaparece.

Cumpre-se novo render da equipa. E Mariot parte.

Tripulação a bordo do catamarã “Miss Java SS”, Mumbo Island

Caminhada ao Sabor das Linhas de um Mapa

Recolhemos um dos mapas de trilhos da ilha e descemos até à praia para o estudarmos.

Sobre o areal, dois grandes lagartos monitores recarregavam-se ao sol. De tal forma absortos, que só quando nos sentem a meio metro, resolvem mover-se.

Lagarto Monitor ao sol, na praia da ilha Mumbo

Voltamos a subir.

Inauguramos um périplo acima e abaixo da ilha, entusiasmados com o que quer que nos prendasse. Sentimos outros monitores a arrastarem-se sobre as folhas secas.

Em busca de pontos furtivos marcados no mapa, cruzamo-nos sobretudo com lagartos que bem podiam ser chamados de arco-íris, tantos são os tons em que brilha a sua pele reluzente.

Lagarto Azul, Mumbo island, Lago Malawi

Uns poucos pontos sobre rochedos e libertos de vegetação servem de miradouros naturais.

Do seu cimo, aqui e ali, no lago já mais calmo, percebemos pescadores atarefados.

Pescadores ao largo da Mumbo Island, sul do Lago Malawi

E águias-pesqueiras, em constantes vaivéns com partida de ninhos e pousos próximos, entregues à sua própria faina.

Regressamos à base a tempo do almoço.

É já Tristan, um colega de Mariot, quem nos serve o repasto.

Tristan, empregado do Mumbo Island Camp, Lago Malawi

A Ansiada Exploração do Lago Malawi

Recuperamos da deambulação na varanda da cabana. A meio da tarde, com o vento ainda amainado, regressamos à praia com planos de nos dedicarmos ao lago.

Embarcamos em dois caiaques. Apontamos à saída da baía e ao monte de rochedos no prolongamento do ilhéu de Mumbo.

Entre os rochedos, um nativo pescava à linha, sobre uma canoa esculpida de um só tronco. Damos a volta à formação lítica.

Pescador entre rochedos ao largo da Mumbo Island

Saudamo-lo, à distância, com o cuidado de não afugentarmos os peixes que almejava, uns poucos espécimes das mais de mil espécies já detectadas no Lago Malawi.

Algumas, tão coloridas que proporcionam snorkelings e mergulhos mais recompensadores que em muitos mares tropicais.

Sal à parte, o Lago Malawi aparenta um verdadeiro oceano.

Pescadores ao largo da Mumbo Island, sul do Lago Malawi

Pudemos comprová-lo em viagens em dias ventosos, a bordo do ferry “Ilala”. E durante outros vendavais, a banhos, entre vagas costeiras vigorosas.

Eram agitações que destoavam da calmaria por que pagaiámos de volta à praia, com um motivo forte para abreviarmos a diversão nos caiaques.

Circum-navegação da Ilha

Tínhamos combinada uma volta a Mumbo, a bordo do “Lady Java SS” e a tempo do pôr-do-sol.

Primeiro, pelo seu lado já sombrio, em que, mesmo assim, identificamos os penhascos-miradouro recém-conquistados na caminhada matinal.

Sara Wong no miradouro natural Rock Fig View, Ilha Mumbo

A determinada altura, já amornados pelo grande astro que alaranjava os rochedos de granito na base da ilha.

Detemo-nos num ponto antípoda daquele em que se situava o acampamento, virado para o Malawi continental.

Duas águias-pesqueiras que vigiavam as águas douradas pelo sol rasante, precipitam-se sobre peixes, mesmo à nossa frente.

Águia pesqueira com o so poente em fundo, Lago Malawi

Enquanto desfazem e devoram as presas, o sol mergulha para trás das montanhas a ocidente.

Quando voltamos à praia, os montes de penhascos que antecedem a enseada destacam-se de um lusco-fusco azul-magenta.

Após o pôr-do-sol, ao largo da ilha Mumbo

Cumpridos banhos ecológicos, abastecidos a balde de água aquecida e finda a janta, reocupamos o posto panorâmico da nossa varanda.

Prendados com a extensão da acalmia, vários barcos provindos de Cape Maclear e de outras partes ocupam posições em zonas do lago que os pescadores conhecem por atrair cardumes. Vemo-los e ouvimos as suas conversas e discussões, trazidas pela brisa suave.

Sem o vendaval de sul e o sinal de Internet que esse vento inclemente sopra, mantemo-nos na varanda pela noite fora.

Sob uma lua quase cheia, o escuro concede-nos vislumbres das silhuetas de dezenas de embarcações. E do brilho das luzes com que os pescadores se iluminam, contraposto ao dos astros acima.

Como Ir

Voe para Lilongwe via Maputo, com a TAP Air Portugal: flytap.com/ e a FlyAirlink.

Onde Ficar

Mumbo Island Camp: mumboisland.com; e-mail: letsgo@kayakafrica.co.za

Telf.: +27 (0)82 78 54 294

Mais Informações

www.malawitourism.com

visitmalawi.mw

Pemba, Moçambique

De Porto Amélia ao Porto de Abrigo de Moçambique

Em Julho de 2017, visitámos Pemba. Dois meses depois, deu-se o primeiro ataque a Mocímboa da Praia. Nem então nos atrevemos a imaginar que a capital tropical e solarenga de Cabo Delgado se tornaria a salvação de milhares de moçambicanos em fuga de um jihadismo aterrorizador.
PN Liwonde, Malawi

A Reanimação Prodigiosa do PN Liwonde

Durante largo tempo, a incúria generalizada e o alastrar da caça furtiva vitimaram esta reserva animal. Em 2015, a African Parks entrou em cena. Em pouco tempo, também beneficiário da água abundante do lago Malombe e do rio Chire, o Parque Nacional Liwonde tornou-se um dos mais vivos e exuberantes do Malawi.
Zomba, Malawi

A Capital Colonial, Inaugural do Malawi

Os britânicos desenvolveram Zomba como capital dos seus territórios às margens do Lago Niassa. De 1964 a 1974, o Malawi independente estendeu-lhe o protagonismo. Com a despromoção para Lilongwe do ano seguinte, Zomba tornou-se uma cidade com arquitectura colonial prodigiosa e cenários deslumbrantes no sopé do planalto epónimo.
Ilha Ibo, Moçambique

Ilha de um Moçambique Ido

Foi fortificada, em 1791, pelos portugueses que expulsaram os árabes das Quirimbas e se apoderaram das suas rotas comerciais. Tornou-se o 2º entreposto português da costa oriental de África e, mais tarde, a capital da província de Cabo Delgado, Moçambique. Com o fim do tráfico de escravos na viragem para o século XX e a passagem da capital para Porto Amélia, a ilha Ibo viu-se no fascinante remanso em que se encontra.
Vilankulos, Moçambique

Índico vem, Índico Vai

A porta de entrada para o arquipélago de Bazaruto de todos os sonhos, Vilankulos tem os seus próprios encantos. A começar pela linha de costa elevada face ao leito do Canal de Moçambique que, a proveito da comunidade piscatória local, as marés ora inundam, ora descobrem.
Machangulo, Moçambique

A Península Dourada de Machangulo

A determinada altura, um braço de mar divide a longa faixa arenosa e repleta de dunas hiperbólicas que delimita a Baía de Maputo. Machangulo, assim se denomina a secção inferior, abriga um dos litorais mais grandiosos de Moçambique.
Ilha de Goa, Ilha de Moçambique, Moçambique

A Ilha que Ilumina a de Moçambique

A pequena ilha de Goa sustenta um farol já secular à entrada da Baía de Mossuril. A sua torre listada sinaliza a primeira escala de um périplo de dhow deslumbrante em redor da velha Ilha de Moçambique.

PN Gorongosa, Moçambique

O Coração da Vida Selvagem de Moçambique dá Sinais de Vida

A Gorongosa abrigava um dos mais exuberantes ecossistemas de África mas, de 1980 a 1992, sucumbiu à Guerra Civil travada entre a FRELIMO e a RENAMO. Greg Carr, o inventor milionário do Voice Mail recebeu a mensagem do embaixador moçambicano na ONU a desafiá-lo a apoiar Moçambique. Para bem do país e da humanidade, Carr comprometeu-se a ressuscitar o parque nacional deslumbrante que o governo colonial português lá criara.
Bazaruto, Moçambique

A Miragem Invertida de Moçambique

A apenas 30km da costa leste africana, um erg improvável mas imponente desponta do mar translúcido. Bazaruto abriga paisagens e gentes que há muito vivem à parte. Quem desembarca nesta ilha arenosa exuberante depressa se vê numa tempestade de espanto.
Ilha de Moçambique, Moçambique  

A Ilha de Ali Musa Bin Bique. Perdão, de Moçambique

Com a chegada de Vasco da Gama ao extremo sudeste de África, os portugueses tomaram uma ilha antes governada por um emir árabe a quem acabaram por adulterar o nome. O emir perdeu o território e o cargo. Moçambique - o nome moldado - perdura na ilha resplandecente em que tudo começou e também baptizou a nação que a colonização lusa acabou por formar.
Ilha do Ibo a Ilha QuirimbaMoçambique

Ibo a Quirimba ao Sabor da Maré

Há séculos que os nativos viajam mangal adentro e afora entre a ilha do Ibo e a de Quirimba, no tempo que lhes concede a ida-e-volta avassaladora do oceano Índico. À descoberta da região, intrigados pela excentricidade do percurso, seguimos-lhe os passos anfíbios.
Pemba, Moçambique

De Porto Amélia ao Porto de Abrigo de Moçambique

Em Julho de 2017, visitámos Pemba. Dois meses depois, deu-se o primeiro ataque a Mocímboa da Praia. Nem então nos atrevemos a imaginar que a capital tropical e solarenga de Cabo Delgado se tornaria a salvação de milhares de moçambicanos em fuga de um jihadismo aterrorizador.
PN Liwonde, Malawi

A Reanimação Prodigiosa do PN Liwonde

Durante largo tempo, a incúria generalizada e o alastrar da caça furtiva vitimaram esta reserva animal. Em 2015, a African Parks entrou em cena. Em pouco tempo, também beneficiário da água abundante do lago Malombe e do rio Chire, o Parque Nacional Liwonde tornou-se um dos mais vivos e exuberantes do Malawi.
Zomba, Malawi

A Capital Colonial, Inaugural do Malawi

Os britânicos desenvolveram Zomba como capital dos seus territórios às margens do Lago Niassa. De 1964 a 1974, o Malawi independente estendeu-lhe o protagonismo. Com a despromoção para Lilongwe do ano seguinte, Zomba tornou-se uma cidade com arquitectura colonial prodigiosa e cenários deslumbrantes no sopé do planalto epónimo.
Ilha Ibo, Moçambique

Ilha de um Moçambique Ido

Foi fortificada, em 1791, pelos portugueses que expulsaram os árabes das Quirimbas e se apoderaram das suas rotas comerciais. Tornou-se o 2º entreposto português da costa oriental de África e, mais tarde, a capital da província de Cabo Delgado, Moçambique. Com o fim do tráfico de escravos na viragem para o século XX e a passagem da capital para Porto Amélia, a ilha Ibo viu-se no fascinante remanso em que se encontra.
Vilankulos, Moçambique

Índico vem, Índico Vai

A porta de entrada para o arquipélago de Bazaruto de todos os sonhos, Vilankulos tem os seus próprios encantos. A começar pela linha de costa elevada face ao leito do Canal de Moçambique que, a proveito da comunidade piscatória local, as marés ora inundam, ora descobrem.
Machangulo, Moçambique

A Península Dourada de Machangulo

A determinada altura, um braço de mar divide a longa faixa arenosa e repleta de dunas hiperbólicas que delimita a Baía de Maputo. Machangulo, assim se denomina a secção inferior, abriga um dos litorais mais grandiosos de Moçambique.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Esteros del Iberá, Pantanal Argentina, Jacaré
Safari
Esteros del Iberá, Argentina

O Pantanal das Pampas

No mapa mundo, para sul do famoso pantanal brasileiro, surge uma região alagada pouco conhecida mas quase tão vasta e rica em biodiversidade. A expressão guarani Y berá define-a como “águas brilhantes”. O adjectivo ajusta-se a mais que à sua forte luminância.
Muktinath a Kagbeni, Circuito Annapurna, Nepal, Kagbeni
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 14º - Muktinath a Kagbeni, Nepal

Do Lado de Lá do Desfiladeiro

Após a travessia exigente de Thorong La, recuperamos na aldeia acolhedora de Muktinath. Na manhã seguinte, voltamos a descer. A caminho do antigo reino do Alto Mustang e da aldeia de Kagbeni que lhe serve de entrada.
hacienda mucuyche, Iucatão, México, canal
Arquitectura & Design
Iucatão, México

Entre Haciendas e Cenotes, pela História do Iucatão

Em redor da capital Mérida, para cada velha hacienda henequenera colonial há pelo menos um cenote. Com frequência, coexistem e, como aconteceu com a semi-recuperada Hacienda Mucuyché, em duo, resultam nalguns dos lugares mais sublimes do sudeste mexicano.

Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Aventura
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
Fogo artifício de 4 de Julho-Seward, Alasca, Estados Unidos
Cerimónias e Festividades
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
Goiás Velho, Legado da Febre do ouro, Brasil
Cidades
Goiás Velho, Brasil

Um Legado da Febre do Ouro

Dois séculos após o apogeu da prospecção, perdida no tempo e na vastidão do Planalto Central, Goiás estima a sua admirável arquitectura colonial, a riqueza supreendente que ali continua por descobrir.
Moradora obesa de Tupola Tapaau, uma pequena ilha de Samoa Ocidental.
Comida
Tonga, Samoa Ocidental, Polinésia

Pacífico XXL

Durante séculos, os nativos das ilhas polinésias subsistiram da terra e do mar. Até que a intrusão das potências coloniais e a posterior introdução de peças de carne gordas, da fast-food e das bebidas açucaradas geraram uma praga de diabetes e de obesidade. Hoje, enquanto boa parte do PIB nacional de Tonga, de Samoa Ocidental e vizinhas é desperdiçado nesses “venenos ocidentais”, os pescadores mal conseguem vender o seu peixe.
Sol e coqueiros, São Nicolau, Cabo Verde
Cultura
São Nicolau, Cabo Verde

São Nicolau: Romaria à Terra di Sodade

Partidas forçadas como as que inspiraram a famosa morna “Sodade” deixaram bem vincada a dor de ter que deixar as ilhas de Cabo Verde. À descoberta de Saninclau, entre o encanto e o deslumbre, perseguimos a génese da canção e da melancolia.
arbitro de combate, luta de galos, filipinas
Desporto
Filipinas

Quando só as Lutas de Galos Despertam as Filipinas

Banidas em grande parte do Primeiro Mundo, as lutas de galos prosperam nas Filipinas onde movem milhões de pessoas e de Pesos. Apesar dos seus eternos problemas é o sabong que mais estimula a nação.
Pórtico de entrada em Ellikkalla, Uzbequistão
Em Viagem
Usbequistão

Viagem Pelo Pseudo-Alcatrão do Usbequistão

Os séculos passaram. As velhas e degradadas estradas soviéticas sulcam os desertos e oásis antes atravessados pelas caravanas da Rota da Seda. Sujeitos ao seu jugo durante uma semana, vivemos cada paragem e incursão nos lugares e cenários usbeques como recompensas rodoviárias históricas.
vale profundo, socalcos arroz, batad, filipinas
Étnico
Batad, Filipinas

Os Socalcos que Sustentam as Filipinas

Há mais de 2000 anos, inspirado pelo seu deus do arroz, o povo Ifugao esquartejou as encostas de Luzon. O cereal que os indígenas ali cultivam ainda nutre parte significativa do país.
luz solar fotografia, sol, luzes
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 2)

Um Sol, tantas Luzes

A maior parte das fotografias em viagem são tiradas com luz solar. A luz solar e a meteorologia formam uma interacção caprichosa. Saiba como a prever, detectar e usar no seu melhor.
Catedral São Paulo, Vigan, Asia Hispanica, Filipinas
História
Vigan, Filipinas

Vigan, a Mais Hispânica das Ásias

Os colonos espanhóis partiram mas as suas mansões estão intactas e as kalesas circulam. Quando Oliver Stone buscava cenários mexicanos para "Nascido a 4 de Julho" encontrou-os nesta ciudad fernandina
Ovelhas e caminhantes em Mykines, ilhas Faroé
Ilhas
Mykines, Ilhas Faroé

No Faroeste das Faroé

Mykines estabelece o limiar ocidental do arquipélago Faroé. Chegou a albergar 179 pessoas mas a dureza do retiro levou a melhor. Hoje, só lá resistem nove almas. Quando a visitamos, encontramos a ilha entregue aos seus mil ovinos e às colónias irrequietas de papagaios-do-mar.
Era Susi rebocado por cão, Oulanka, Finlandia
Inverno Branco
PN Oulanka, Finlândia

Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
Sombra vs Luz
Literatura
Quioto, Japão

O Templo de Quioto que Renasceu das Cinzas

O Pavilhão Dourado foi várias vezes poupado à destruição ao longo da história, incluindo a das bombas largadas pelos EUA mas não resistiu à perturbação mental de Hayashi Yoken. Quando o admirámos, luzia como nunca.
Ocaso, Avenida dos Baobás, Madagascar
Natureza
Morondava, Avenida dos Baobás, Madagáscar

O Caminho Malgaxe para o Deslumbre

Saída do nada, uma colónia de embondeiros com 30 metros de altura e 800 anos ladeia uma secção da estrada argilosa e ocre paralela ao Canal de Moçambique e ao litoral piscatório de Morondava. Os nativos consideram estas árvores colossais as mães da sua floresta. Os viajantes veneram-nas como uma espécie de corredor iniciático.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Hipopótamo na Lagoa de Anôr, Ilha de Orango, Bijagós, Guiné Bissau
Parques Naturais
Ilha Kéré a Orango, Bijagós, Guiné Bissau

Em Busca dos Hipopótamos Lacustres-Marinhos e Sagrados das Bijagós

São os mamíferos mais letais de África e, no arquipélago das Bijagós, preservados e venerados. Em virtude da nossa admiração particular, juntamo-nos a uma expedição na sua demanda. Com partida na ilha de Kéré e fortuna no interior da de Orango.
Património Mundial UNESCO
Estradas Imperdíveis

Grandes Percursos, Grandes Viagens

Com nomes pomposos ou meros códigos rodoviários, certas estradas percorrem cenários realmente sublimes. Da Road 66 à Great Ocean Road, são, todas elas, aventuras imperdíveis ao volante.
Monumento do Heroes Acre, Zimbabwe
Personagens
Harare, Zimbabwe

O Último Estertor do Surreal Mugabué

Em 2015, a primeira-dama do Zimbabué Grace Mugabe afirmou que o presidente, então com 91 anos, governaria até aos 100, numa cadeira-de-rodas especial. Pouco depois, começou a insinuar-se à sua sucessão. Mas, nos últimos dias, os generais precipitaram, por fim, a remoção de Robert Mugabe que substituiram pelo antigo vice-presidente Emmerson Mnangagwa.
Varela Guiné Bissau, praia de Nhiquim
Praias
Varela, Guiné Bissau

Praia, derradeiro Litoral, até à Fronteira com o Senegal

Algo remota, de acesso desafiante, a aldeia pacata e piscatória de Varela compensa quem a alcança com a afabilidade da sua gente e com um dos litorais deslumbrantes, mas em risco, da Guiné Bissau.
Detalhe do templo de Kamakhya, em Guwahati, Assam, Índia
Religião
Guwahati, India

A Cidade que Venera Kamakhya e a Fertilidade

Guwahati é a maior cidade do estado de Assam e do Nordeste indiano. Também é uma das que mais se desenvolve do mundo. Para os hindus e crentes devotos do Tantra, não será coincidência lá ser venerada Kamakhya, a deusa-mãe da criação.
Chepe Express, Ferrovia Chihuahua Al Pacifico
Sobre Carris
Creel a Los Mochis, México

Barrancas de Cobre, Caminho de Ferro

O relevo da Sierra Madre Occidental tornou o sonho um pesadelo de construção que durou seis décadas. Em 1961, por fim, o prodigioso Ferrocarril Chihuahua al Pacifico foi inaugurado. Os seus 643km cruzam alguns dos cenários mais dramáticos do México.
Creel, Chihuahua, Carlos Venzor, coleccionador, museu
Sociedade
Chihuahua a Creel, Chihuahua, México

A Caminho de Creel

Com Chihuahua para trás, apontamos a sudoeste e a terras ainda mais elevadas do norte mexicano. Junto a Ciudad Cuauhtémoc, visitamos um ancião menonita. Em redor de Creel, convivemos, pela primeira vez, com a comunidade indígena Rarámuri da Serra de Tarahumara.
Retorno na mesma moeda
Vida Quotidiana
Dawki, Índia

Dawki, Dawki, Bangladesh à Vista

Descemos das terras altas e montanhosas de Meghalaya para as planas a sul e abaixo. Ali, o caudal translúcido e verde do Dawki faz de fronteira entre a Índia e o Bangladesh. Sob um calor húmido que há muito não sentíamos, o rio também atrai centenas de indianos e bangladeshianos entregues a uma pitoresca evasão.
femea e cria, passos grizzly, parque nacional katmai, alasca
Vida Selvagem
PN Katmai, Alasca

Nos Passos do Grizzly Man

Timothy Treadwell conviveu Verões a fio com os ursos de Katmai. Em viagem pelo Alasca, seguimos alguns dos seus trilhos mas, ao contrário do protector tresloucado da espécie, nunca fomos longe demais.
Pleno Dog Mushing
Voos Panorâmicos
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.