Mumbo Island, Malawi

Um Lago Malawi Só para Nós


Mumbo das Alturas
Vista aérea do "Lady Java SS" na enseada principal da Ilha Mumbo
“Miss Java SS” de volta à Ilha
"Miss Java SS" regressa à Mumbo Island, Lago Malawi
Cabana Mumbo II
Cabana do Mumbo Island Camp, Lago Malawi
Tristan
Tristan, empregado do Mumbo Island Camp, Lago Malawi
Visões
Barcos de pesca na distância, Lago Malawi
De Vigia
Águia pesqueira de olho na superfície do Lago Malawi
Pescaria de Águia
Águia pesqueira com o so poente em fundo, Lago Malawi
Frescura Lacustre
Hóspede refresca-se na praia da Mumbo Island
Lagarto Azul
Lagarto Azul, Mumbo island, Lago Malawi
Cabana Mumbo
Cabana da Mumbo Island Camp, Lago Malawi
Aposentos
Interior de uma das cabanas da Mumbo Island, Lago Malawi
Rock Fig View
Sara Wong no miradouro natural Rock Fig View, Ilha Mumbo
A Doca Possível
"Miss Java SS" atracado na enseada da Mumbo Island
Monitor ao Sol
Lagarto Monitor ao sol, na praia da ilha Mumbo
O Passadiço
Passadiço principal da Mumbo Island, Lago Malawi
“Miss Java SS”
Tripulação a bordo do catamarã "Miss Java SS", Mumbo Island
Duo Pousado
Pássaros pousados num cimo da Mumbo Island
Pesca entre Rochedos
Pescador entre rochedos ao largo da Mumbo Island
Canoa Azul
Pescador pagaia a bordo de uma canoa tradicional, ao largo da Mumbo Island
Rumo a Chembe
Pescadores ao largo da Mumbo Island, sul do Lago Malawi
Dista meros 10km ou 40 minutos num barco tradicional do litoral sempre concorrido de Cape MacLear. Com apenas 1km de diâmetro, a ilha Mumbo proporciona-nos um retiro ecológico memorável no imenso Lago Malawi.

Vínhamos das margens do Shire, um dos grandes rios do Malawi. Seguíamos pela beira dos maiores lagos da nação. Primeiro o Malombe. Após um novo período na iminência do Shire que os une, passamos para a beira do Malawi, o terceiro maior de África.

Deixamos a estrada principal rumo a norte, por uma tal de península de Nankumba e uma via sinuosa e ondulante percorrida quase apenas por motorizadas carregadas de tudo um pouco, duas ou três, já derrotadas pela exigência da carga e do percurso.

A determinada altura, viajamos entre encostas abruptas, cobertas de uma vegetação frondosa que, finda a época das chuvas, o calor de forno tropical ressequia a olhos vistos.

Salpicavam esse vale umas poucas plantações, de mandioca, de batata doce. Ainda assim, bolsas de selva abrigavam colónias de macacos que víamos a patrulharem a estrada, atentos a qualquer guloseima menos natural.

Muitos altos, baixos e buracos no asfalto depois, atingimos o cimo da península e o pórtico de acesso ao Parque Nacional do Lago Malawi. O destino que levávamos não requeria que o cruzássemos.

Em vez, flectimos para Chembe, uma povoação instalada na iminência do lago, feita de casas e cabanas humildes de pescadores. E de gente que encontrou sustento nos milhares de forasteiros, em boa parte mochileiros, que exploram o lago Malawi a partir de Cape Maclear e da Monkey Bay oposta.

Vencida uma sequência de crateras dramáticas legada pelas chuvas, damos com as instalações da Kayak Africa, a empresa concessionária da ilha que tínhamos como destino. Joseph Kamanje recebe-nos, encarregue-se de que nos refresquemos, bem como das formalidades de entrada.

A Bordo do “Lady Java SS”, rumo à Ilha Mumbo

Em seguida, encaminha-nos para o “Lady Java SS”, o catamarã branco que assegura as viagens entre Chembe e Mumbo. Como previsto, a navegação cumpre-se sem pressas.

Embalam-nos vagas suaves que uma brisa vinda de sul fazia repetir a bom ritmo.

“Miss Java SS” regressa à Mumbo Island, Lago Malawi

Durante algum tempo, avançamos protegidos pela costa sul da ilha de Thumbi. A partir do seu extremo oeste curvilíneo e, durante mais de meia-hora, sulcamos águas abertas da Baía de Kasankha.

Mumbo passa de vislumbre a uma visão definida, de ilha de vertentes íngremes, coberta da sua própria selva.

Contornamos os dois ilhéus que se destacam da ponta sul. O primeiro, diminuto, quase simbólico, resulta de um dos incontáveis castros de rochedos graníticos que enfeitam o lago Malawi.

Castro de rochedos ao largo do ilhéu de Mumbo

O outro, ergue-se acima de vários deles, maior e mais estável, o suficiente para o podermos habitar.

O “Lady Java SS” dá entrada na enseada principal da Mumbo Island. Atraca no areal arredondado que lhe serve de praia.

Desembarque Vespertino na Praia de Mumbo Island

Devido às chuvas mais intensas e duradouras desde o meio do século XX, nesta região de África, encontramo-lo reduzido a uma faixa exígua, diz-nos o timoneiro que nem um terço da habitual.

O encolhimento resulta do mesmo inundar do lago que danificou inúmeros edifícios e culturas, sobretudo do lado do Malawi, não tanto, no menos desenvolvido de Moçambique, onde o lago ainda é tratado por Niassa.

Desembarcamos quase à sombra da vegetação. Recebe-nos Mariot.

Mostra-nos a sala de refeições e convívio, como todas as estruturas da ilha, erguida em madeira, palhota e materiais vegetais afins.

Cabana da Mumbo Island Camp, Lago Malawi

No seu todo, o “camp”, é um projecto inaugurado, em 1996, por um jovem casal sul-africano, Pierre Bester e Marzi Callender, a que se juntaram o irmão de Pierre, Clive e ainda Jurie Schoeman e Rob Assad.

Estes reforços da equipa inicial, malgrado separações e até tragédias, permitiram expandir a actividade da empresa que os unia, a Kayak Africa, a outras ilhas, incluindo a de Madagáscar.

Voltamos a descer para praia. Dali, cruzamos pela primeira vez o passadiço que une Mumbo ao seu ilhéu.

Passadiço principal da Mumbo Island, Lago Malawi

Mariot mostra-nos umas poucas das cabanas sobre ele erguidas, cada qual, com a sua vista deslumbrante.

A Cabana, entre Cactos, acima da Enseada

A nossa, prolongava-se para uma varanda desafogada, ajeitada acima da enseada de Mumbo, virada para a praia e para a ponta sul da ilha.

Concedia-nos um vislumbre nevoento do fundo da baía de Kasankha e de diferentes pontos do Malawi continental, não do Cabo MacLear e de Chembwe, ambos detrás do ilhéu.

Instalamo-nos entre a ansiedade e a satisfação de sabermos que, em Mumbo e naquela cabana em particular, teríamos que nos aguentar sem Internet nem electricidade.

Interior de uma das cabanas da Mumbo Island, Lago Malawi

A viagem que se arrastava desde as 11 da manhã e o longínquo Mvuu Lodge, no PN Lilondwe e que nos obrigou a três horas de estrada esburacada mantinha-nos num cansaço algo sedativo a que a quase noite e a cama enredada sugeriam que nos rendêssemos.

Sobre as cinco da tarde, deixamo-nos mesmo dormir.

Mariot tinha explicado que, pelas sete, um toque reverberante propagado por uma rã de madeira serviria de sinal para a hora de jantar. Pelo que nos disse respeito, a rã não grasnou. Vêm despertar-nos e guiar-nos, no quase escuro.

Jantamos à luz de velas. Pouco depois, regressamos à cabana. De início, faz um calor abafado. Sem aviso, o vento de sul intensifica-se. Inunda o lago Malawi de vagas hiperbólicas.

A Primeira Noite Acima do Lago Malawi

Arruina nova noite de pesca à vasta comunidade de pescadores que dele dependem, traz-nos o sinal de Internet que já tínhamos dado como perdido e arrefece o quarto com maior eficácia que qualquer ar condicionado inexistente em Mumbo.

Malgrado a Internet, voltamos a dormir sem apelo.

Despertamos pelas 8h15. Pouco depois, o “Lady Java SS” reaparece.

Cumpre-se novo render da equipa. E Mariot parte.

Tripulação a bordo do catamarã “Miss Java SS”, Mumbo Island

Caminhada ao Sabor das Linhas de um Mapa

Recolhemos um dos mapas de trilhos da ilha e descemos até à praia para o estudarmos.

Sobre o areal, dois grandes lagartos monitores recarregavam-se ao sol. De tal forma absortos, que só quando nos sentem a meio metro, resolvem mover-se.

Lagarto Monitor ao sol, na praia da ilha Mumbo

Voltamos a subir.

Inauguramos um périplo acima e abaixo da ilha, entusiasmados com o que quer que nos prendasse. Sentimos outros monitores a arrastarem-se sobre as folhas secas.

Em busca de pontos furtivos marcados no mapa, cruzamo-nos sobretudo com lagartos que bem podiam ser chamados de arco-íris, tantos são os tons em que brilha a sua pele reluzente.

Lagarto Azul, Mumbo island, Lago Malawi

Uns poucos pontos sobre rochedos e libertos de vegetação servem de miradouros naturais.

Do seu cimo, aqui e ali, no lago já mais calmo, percebemos pescadores atarefados.

Pescadores ao largo da Mumbo Island, sul do Lago Malawi

E águias-pesqueiras, em constantes vaivéns com partida de ninhos e pousos próximos, entregues à sua própria faina.

Regressamos à base a tempo do almoço.

É já Tristan, um colega de Mariot, quem nos serve o repasto.

Tristan, empregado do Mumbo Island Camp, Lago Malawi

A Ansiada Exploração do Lago Malawi

Recuperamos da deambulação na varanda da cabana. A meio da tarde, com o vento ainda amainado, regressamos à praia com planos de nos dedicarmos ao lago.

Embarcamos em dois caiaques. Apontamos à saída da baía e ao monte de rochedos no prolongamento do ilhéu de Mumbo.

Entre os rochedos, um nativo pescava à linha, sobre uma canoa esculpida de um só tronco. Damos a volta à formação lítica.

Pescador entre rochedos ao largo da Mumbo Island

Saudamo-lo, à distância, com o cuidado de não afugentarmos os peixes que almejava, uns poucos espécimes das mais de mil espécies já detectadas no Lago Malawi.

Algumas, tão coloridas que proporcionam snorkelings e mergulhos mais recompensadores que em muitos mares tropicais.

Sal à parte, o Lago Malawi aparenta um verdadeiro oceano.

Pescadores ao largo da Mumbo Island, sul do Lago Malawi

Pudemos comprová-lo em viagens em dias ventosos, a bordo do ferry “Ilala”. E durante outros vendavais, a banhos, entre vagas costeiras vigorosas.

Eram agitações que destoavam da calmaria por que pagaiámos de volta à praia, com um motivo forte para abreviarmos a diversão nos caiaques.

Circum-navegação da Ilha

Tínhamos combinada uma volta a Mumbo, a bordo do “Lady Java SS” e a tempo do pôr-do-sol.

Primeiro, pelo seu lado já sombrio, em que, mesmo assim, identificamos os penhascos-miradouro recém-conquistados na caminhada matinal.

Sara Wong no miradouro natural Rock Fig View, Ilha Mumbo

A determinada altura, já amornados pelo grande astro que alaranjava os rochedos de granito na base da ilha.

Detemo-nos num ponto antípoda daquele em que se situava o acampamento, virado para o Malawi continental.

Duas águias-pesqueiras que vigiavam as águas douradas pelo sol rasante, precipitam-se sobre peixes, mesmo à nossa frente.

Águia pesqueira com o so poente em fundo, Lago Malawi

Enquanto desfazem e devoram as presas, o sol mergulha para trás das montanhas a ocidente.

Quando voltamos à praia, os montes de penhascos que antecedem a enseada destacam-se de um lusco-fusco azul-magenta.

Após o pôr-do-sol, ao largo da ilha Mumbo

Cumpridos banhos ecológicos, abastecidos a balde de água aquecida e finda a janta, reocupamos o posto panorâmico da nossa varanda.

Prendados com a extensão da acalmia, vários barcos provindos de Cape Maclear e de outras partes ocupam posições em zonas do lago que os pescadores conhecem por atrair cardumes. Vemo-los e ouvimos as suas conversas e discussões, trazidas pela brisa suave.

Sem o vendaval de sul e o sinal de Internet que esse vento inclemente sopra, mantemo-nos na varanda pela noite fora.

Sob uma lua quase cheia, o escuro concede-nos vislumbres das silhuetas de dezenas de embarcações. E do brilho das luzes com que os pescadores se iluminam, contraposto ao dos astros acima.

Como Ir

Voe para Lilongwe via Maputo, com a TAP Air Portugal: flytap.com/ e a FlyAirlink.

Onde Ficar

Mumbo Island Camp: mumboisland.com; e-mail: [email protected]

Telf.: +27 (0)82 78 54 294

Mais Informações

www.malawitourism.com

visitmalawi.mw

Ilha Ibo, Moçambique

Ilha de um Moçambique Ido

Foi fortificada, em 1791, pelos portugueses que expulsaram os árabes das Quirimbas e se apoderaram das suas rotas comerciais. Tornou-se o 2º entreposto português da costa oriental de África e, mais tarde, a capital da província de Cabo Delgado, Moçambique. Com o fim do tráfico de escravos na viragem para o século XX e a passagem da capital para Porto Amélia, a ilha Ibo viu-se no fascinante remanso em que se encontra.
Vilankulos, Moçambique

Índico vem, Índico Vai

A porta de entrada para o arquipélago de Bazaruto de todos os sonhos, Vilankulos tem os seus próprios encantos. A começar pela linha de costa elevada face ao leito do Canal de Moçambique que, a proveito da comunidade piscatória local, as marés ora inundam, ora descobrem.
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A Península Dourada de Machangulo

A determinada altura, um braço de mar divide a longa faixa arenosa e repleta de dunas hiperbólicas que delimita a Baía de Maputo. Machangulo, assim se denomina a secção inferior, abriga um dos litorais mais grandiosos de Moçambique.
Ilha de Goa, Ilha de Moçambique, Moçambique

A Ilha que Ilumina a de Moçambique

A pequena ilha de Goa sustenta um farol já secular à entrada da Baía de Mossuril. A sua torre listada sinaliza a primeira escala de um périplo de dhow deslumbrante em redor da velha Ilha de Moçambique.

PN Gorongosa, Moçambique

O Coração da Vida Selvagem de Moçambique dá Sinais de Vida

A Gorongosa abrigava um dos mais exuberantes ecossistemas de África mas, de 1980 a 1992, sucumbiu à Guerra Civil travada entre a FRELIMO e a RENAMO. Greg Carr, o inventor milionário do Voice Mail recebeu a mensagem do embaixador moçambicano na ONU a desafiá-lo a apoiar Moçambique. Para bem do país e da humanidade, Carr comprometeu-se a ressuscitar o parque nacional deslumbrante que o governo colonial português lá criara.
Bazaruto, Moçambique

A Miragem Invertida de Moçambique

A apenas 30km da costa leste africana, um erg improvável mas imponente desponta do mar translúcido. Bazaruto abriga paisagens e gentes que há muito vivem à parte. Quem desembarca nesta ilha arenosa exuberante depressa se vê numa tempestade de espanto.
Ilha de Moçambique, Moçambique  

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Com a chegada de Vasco da Gama ao extremo sudeste de África, os portugueses tomaram uma ilha antes governada por um emir árabe a quem acabaram por adulterar o nome. O emir perdeu o território e o cargo. Moçambique - o nome moldado - perdura na ilha resplandecente em que tudo começou e também baptizou a nação que a colonização lusa acabou por formar.
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Ibo a Quirimba ao Sabor da Maré

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