Pemba, Moçambique

De Porto Amélia ao Porto de Abrigo de Moçambique


Felicidade de areia
Rapariga de Pemba, polvinhada de areia, na praia de Wimbe.
Remata – Defende
Dois rapazes entretêm-se com remates e defesas num areal ainda molhado de Pemba.
Baixa Mar
Moradores de Paquitequete caminham na maré vazia ao largo da baía de Pemba.
Acrobacias marciais
Rapazes praticam acrobacias numa beira-mar de Pemba.
Samora Machel
Estátua de Samora Machel, o primeiro presidente de Moçambique, na Biblioteca de Pemba.
Polvo de metro e meio
Casal de Pemba exibe um polvo acabado de recolher de pescadores em canoas.
Paz Vegetal
Cliente sentada numa pequena esplanada improvisada no cimo de um enorme embondeiro.
Embondeiros ou Baobás
Silhuetas de embondeiros de Pemba, à beira do Canal de Moçambique.
Wimbe Fute
Rapazes de Pemba jogam futebol no areal da praia de Wimbe.
Maria Auxiliadora
Transeunte passa em frente à Igreja de Maria Auxiliadora, na cidade alta de Pemba.
Mãe & Filhas
Mãe e filhas pembenses na praia de Wimbe.
Mesquita Aqswa
Morador do bairro de Paquitequete caminha em frente à mesquita de Awswa.
Moda Areia
Miúdos enfarinham-se de areia para impressionar os fotógrafos de passagem, na praia de Wimbe.
Diversão Dourada
Miúdos enfarinham-se de areia para impressionar os fotógrafos de passagem, na praia de Wimbe.
Banhos comunais
Miúdos em êxtase pela diversão balnear, na praia de Wimbe de Pemba.
Arquitectura Islâmica
Recanto com arquitectura muçulmana da mesquita Aqswa de Paquitequete.
Paquitequete. Ou Paquite
O Bairro piscatório de Paquite visto da cidade alta de Pemba.
Volta à Costa
Pescadores regressam do Canal de Moçambique às imediações de Paquitequete.
Trio de Ataque
Jogadores de uma das equipas prestes a defrontar-se sobre o pelado de Paquitequete.
Ao Vento do Canal
Pequeno dhow navega na direcção do bairro de Paquitequete, no litoral de Pemba.
Em Julho de 2017, visitámos Pemba. Dois meses depois, deu-se o primeiro ataque a Mocímboa da Praia. Nem então nos atrevemos a imaginar que a capital tropical e solarenga de Cabo Delgado se tornaria a salvação de milhares de moçambicanos em fuga de um jihadismo aterrorizador.

Estamos em plena época seca de Moçambique.

Despertamos com mais um dia radioso. Nuvens, só uma caravana de cumulus e stratocumulus desprovidas de humidade e que branqueavam o Inverno soalheiro deste oriente africano.

Percorremos a avenida Marginal, pelo norte da península por que se espraia Pemba.

A estrada curva sob um vértice aguçado da costa, aquém de um recife do Canal de Moçambique que ali tornava o mar raso e arenoso.

Detemo-nos no cimo de uma falésia rochosa. Nesse preciso momento, um grupo de pescadores conduz as suas canoas coloridas ao areal.

Lá os espera outra comitiva, munida de baldes e de alguidares, dos receptáculos para os peixes e os polvos que os pescadores trazem a bordo.

São mulheres de lenços à cabeça, com capulanas folclóricas da cintura para baixo.

São também alguns jovens em trajes com pouco de tradicional, camisetas de equipas de futebol, calções a condizer e chinelos.

Aquela transação piscatória faz-se numa base diária pelo que há pouco a discutir. Num ápice, os compradores colocam os baldes e alguidares à cabeça e somem-se para o cerne das suas vidas.

Os vendedores, levam as canoas a ancorar do lado de lá da baía.

Reajustamos o olhar para um areal que a maré vazia ainda descobria e que o sol dourava sempre que nele incidia.

Ali, dois rapazes disputavam uma partida de baliza a baliza com uma entrega de final de Champions.

Para diante, alguns pequenos dhows deslizam sobre a água esmeralda, com um rumo similar aos das canoas.

Descemos para o sopé da falésia. Verificamos que, afinal, uns poucos compradores continuavam à sua sombra.

Uma jovem mãe com um bebé adormecido sobre o peito.

E um homem a seu lado que, para nosso espanto, desenrola um polvo com tentáculos da sua cabeça aos pés.

Percebemos que a pescaria não tinha chegado para todos.

Além deste casal, três jovens chilavam, refastelados. Intrigados quanto a de onde tinham saído os muzungos, prendam-nos com sorrisos tímidos. Esclarecem-nos que esperavam que outros pescadores dessem à costa.

Regressamos ao cimo decididos a prolongar o privilégio panorâmico. No entretanto, o trânsito de pedestres e de embarcações a cruzar as águas rentes tinha aumentado.

Pemba, Moçambique, Capital de Cabo Delgado, de Porto Amélia a Porto de Abrigo, Paquitequete

Pescadores e embarcações no recorte da enseada de Pemba junto a Paquitequete.

Mais canoas e dhows diminutos confluíam para um mesmo ancoradouro natural, organizado em frente à primeira vaga do casario e dos coqueiros do bairro de Paquitequete.

Lá prosseguimos à descoberta de Pemba.

É sexta-feira. Quase sobre as dez da manhã, o calor aperta.

Mesmo assim, mal chegamos ao pelado no âmago da povoação damos de cara com três jogadores equipados a rigor com as cores da sua equipa: camisola amarela, calções de um roxo brilhante.

Preparam-se para uma espécie de derby local. O tempo fotográfico que nos concedem é curto e não dá direito a descontos.

Chegam mais jogadores, uns da mesma equipa, outros rivais, em qualquer dos casos, abençoados pela mesquita Aqswa que, atrás de todos, se projecta acima do casario.

Os moradores de Paquite, como é tratado o bairro de maneira a encurtar a trabalheira de o chamar pelo nome completo são, na sua maioria muçulmanos.

Como é a população de Pemba em geral, sem prejuízo da diocese e das igrejas católicas junto ao âmago administrativo da capital de Cabo Delgado.

A zona de Pemba já era muçulmana contava-se mais de meio milénio aquando da passagem pioneira de Vasco da Gama por estas paragens, em 1492, diz-se que por ilhas do arquipélago das Quirimbas.

Era muçulmana, de forte influência suaíli e falante do dialecto quimuâni que o quase meio milénio de colonização portuguesa nunca fez desaparecer.

Pois, passado todo este tempo, a mesquita de Paquite, Pemba e as gentes do norte de Cabo Delgado veem-se aflitos com um desvario jihadista (mal) disfarçado de fé islâmica.

Explicações de especialistas em assuntos africanos afiançam que o problema começou após líderes muçulmanos se terem deixado radicalizar por ensinamentos da corrente salafita, vigorosa na Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Qatar.

Ora, o salafismo e os seus ensinamentos são avessos ao Cristianismo, ao animismo, aos valores do ocidente e até de um Islamismo mais equilibrado.

Agravou-se, depois do seu regresso, quando rebeldes armados por eles instigados, chegaram a invadir mesquitas tradicionais e a ameaçar crentes de morte caso não aderissem aos ideais radicais que defendem.

Estes insurgentes, confrontaram-se com a resistência de muftis moderados e da população em geral, em aceitarem uma fé e vida muçulmana submetida ao salafismo.

A determinada altura desse processo insurgente, impôs-se na região a Ansar al-Sunna (Apoiantes da Tradição), uma facção dissidente.

A ela se juntaram elementos que se dizem representantes do ISIS, estima-se que somalis, tanzanianos, ugandeses, congoleses e outros.

Como resultado terrorista prático, desde Outubro de 2017 que se repetem ataques a estações de polícia e outras entidades estatais, a igrejas, a aldeias e povoados indiscriminados, ataques cada vez mais destrutivos e sanguinários.

Aconteceram primeiro na cidade de Mocímboa da Praia e aldeias em redor. Apesar de respostas militares ocasionais e mal coordenadas das forças policiais e armadas moçambicanas, reforçadas por outras de empresas privadas sul africanas e russas, o território controlado pelos dissidentes aumentou.

Em 24 de Março 2021, Palma sofreu a mais devastadora das investidas. Este ataque brutal causou um número ainda por determinar de vítimas, algumas estrangeiras. Deixou cadáveres decapitados nas ruas, a serem comidos por animais.

O ataque a Palma colocou travão nas operações de extracção de gás natural do campo Rovuma ao largo. Gerou novo fluxo de refugiados que procuraram chegar a Pemba por todos os meios.

Neste tempo, as autoridades moçambicanas encerraram mesquitas que consideraram radicalizadas. Outras, permaneceram abertas e moderadas.

Contribuíram para o acolhimento dos cerca de 700 mil refugiados que continuam a afluir a Pemba por todos os meios.

A pé, alguns após caminharem mais de 100km com filhos e uns poucos pertences às costas. E a desembarcarem de canoas, dhows e outras embarcações sobrelotadas nas praias em redor.

Também as igrejas na cidade alta de Pemba são, agora, centros de acolhimento cobertos, no âmago de campos de tendas improvisados que aumentam de dia para dia e que reforçam a noção de que, à imagem das embarcações, também Pemba já ultrapassou o seu limite.

O que não surpreende se tivermos em conta que, em tempos normais, a cidade abriga apenas 140 mil moçambicanos.

Ainda nos custa a crer – quanto mais a compreender e a interiorizar – todo o cenário atroz de que nos inteiramos pelas sucessivas más notícias.

Em Julho de 2017, quando, na sequência de Paquite, ascendemos à descoberta da cidade alta, nada em Pemba nos permitia imaginar a sua actual realidade.

Sob o calor seco que o sol quase a pique intensificava, encontrámos essa secção de Pemba, sobranceira a Paquite, quase deserta, com uma atmosfera mais que tranquila, sedativa.

A igreja Maria Auxiliadora permanecia fechada, sem sinal de fiéis, com a fachada acastanhada a recortar o céu azulão.

Um ou outro transeunte passava em frente à catedral de São Paulo, sem pressas.

A biblioteca provincial estava entregue à estátua insinuante de Samora Machel, percursor marxista e primeiro presidente da independência de Moçambique.

Na Pemba sucessora da Porto Amélia colonial, ainda repleta de legado arquitectónico e administrativo português, só o sector envolvente da Rua Comércio, contíguo ao porto de que chegam os bens (e, agora, milhares de refugiados) destoava da apatia vigente no píncaro da cidade.

Hoje, ao contrário de então, vítimas do colapso económico que acompanha a pandemia Covid 19 e a crise dos refugiados, os donos das lojas afiançam que faz cada vez menos sentido mantê-las abertas.

Voltemos ao contexto por que viajámos por terras de Cabo Delgado, em vésperas da desgraça que se viria a instalar.

Da parte da tarde, percorremos a Avenida Marginal no sentido contrário. Almoçamos num tal de Pieter’s Place.

Em seguida, calcorreamos a praia imediata, para cá e para lá, em busca dos embondeiros majestosos que por ali se insinuam ao Canal de Moçambique, como que a acenarem aos vizinhos malgaxes.

Sobre o ocaso, chegamos à praia do Wimbe.

O areal vasto e alvo e as águas translúcidas deste litoral sedutor promoveram-na a recreio balnear supremo de Pemba.

Para sorte de uma comunidade de empresários do turismo e insatisfação da maior parte dos pembenses que se que queixam que, à conta da fama da praia, o custo de vida da cidade se tornou incomportável.

Àquela hora nada disso interessava.

Wimbe estava entregue ao frenesim juvenil que sempre ali precede o ocaso.

Adolescentes disputavam uma partida aguerrida de futebol com a floresta de coqueiros residente como limite estimado do campo.

Outros, mais novos partilhavam um longo êxtase balnear, a mergulharem e a chapinharem nas vagas que o arredondado da enseada fazia mansas.

Dois ou três desses banhistas reparam que por ali andamos de máquina fotográfica.

“Olha aqui, muzungo, olha para nós! “garantem, assim, a nossa atenção. Num ápice, enfarinham-se e douram-se de areia, em jeito de máscaras mussiro improvisadas.

Noutro, geram uma pilha humana sorridente que quase se nos enfia pelas objectivas adentro.

Em Julho de 2017, Pemba vivia toda esta felicidade e muita mais.

Que Deus, seja muçulmano, cristão ou de outra fé, a poupe.

PN Gorongosa, Moçambique

O Coração da Vida Selvagem de Moçambique dá Sinais de Vida

A Gorongosa abrigava um dos mais exuberantes ecossistemas de África mas, de 1980 a 1992, sucumbiu à Guerra Civil travada entre a FRELIMO e a RENAMO. Greg Carr, o inventor milionário do Voice Mail recebeu a mensagem do embaixador moçambicano na ONU a desafiá-lo a apoiar Moçambique. Para bem do país e da humanidade, Carr comprometeu-se a ressuscitar o parque nacional deslumbrante que o governo colonial português lá criara.
Enxame, Moçambique

Área de Serviço à Moda Moçambicana

Repete-se em quase todas as paragens em povoações de Moçambique dignas de aparecer nos mapas. O machimbombo (autocarro) detém-se e é cercado por uma multidão de empresários ansiosos. Os produtos oferecidos podem ser universais como água ou bolachas ou típicos da zona. Nesta região a uns quilómetros de Nampula, as vendas de fruta eram sucediam-se, sempre bastante intensas.
Ilha de Moçambique, Moçambique  

A Ilha de Ali Musa Bin Bique. Perdão, de Moçambique

Com a chegada de Vasco da Gama ao extremo sudeste de África, os portugueses tomaram uma ilha antes governada por um emir árabe a quem acabaram por adulterar o nome. O emir perdeu o território e o cargo. Moçambique - o nome moldado - perdura na ilha resplandecente em que tudo começou e também baptizou a nação que a colonização lusa acabou por formar.
Ilha Ibo, Moçambique

Ilha de um Moçambique Ido

Foi fortificada, em 1791, pelos portugueses que expulsaram os árabes das Quirimbas e se apoderaram das suas rotas comerciais. Tornou-se o 2º entreposto português da costa oriental de África e, mais tarde, a capital da província de Cabo Delgado, Moçambique. Com o fim do tráfico de escravos na viragem para o século XX e a passagem da capital para Porto Amélia, a ilha Ibo viu-se no fascinante remanso em que se encontra.
Bazaruto, Moçambique

A Miragem Invertida de Moçambique

A apenas 30km da costa leste africana, um erg improvável mas imponente desponta do mar translúcido. Bazaruto abriga paisagens e gentes que há muito vivem à parte. Quem desembarca nesta ilha arenosa exuberante depressa se vê numa tempestade de espanto.
Ilha do Ibo a Ilha QuirimbaMoçambique

Ibo a Quirimba ao Sabor da Maré

Há séculos que os nativos viajam mangal adentro e afora entre a ilha do Ibo e a de Quirimba, no tempo que lhes concede a ida-e-volta avassaladora do oceano Índico. À descoberta da região, intrigados pela excentricidade do percurso, seguimos-lhe os passos anfíbios.
Fianarantsoa, Madagáscar

A Cidade Malgaxe da Boa Educação

Fianarantsoa foi fundada em 1831 por Ranavalona Iª, uma rainha da etnia merina então predominante. Ranavalona Iª foi vista pelos contemporâneos europeus como isolacionista, tirana e cruel. Reputação da monarca à parte, quando lá damos entrada, a sua velha capital do sul subsiste como o centro académico, intelectual e religioso de Madagáscar.
Morondava, Avenida dos Baobás, Madagáscar

O Caminho Malgaxe para o Deslumbre

Saída do nada, uma colónia de embondeiros com 30 metros de altura e 800 anos ladeia uma secção da estrada argilosa e ocre paralela ao Canal de Moçambique e ao litoral piscatório de Morondava. Os nativos consideram estas árvores colossais as mães da sua floresta. Os viajantes veneram-nas como uma espécie de corredor iniciático.
Fianarantsoa-Manakara, Madagáscar

A Bordo do TGV Malgaxe

Partimos de Fianarantsoa às 7a.m. Só às 3 da madrugada seguinte completámos os 170km para Manakara. Os nativos chamam a este comboio quase secular Train Grandes Vibrations. Durante a longa viagem, sentimos, bem fortes, as do coração de Madagáscar.
Zanzibar, Tanzânia

As Ilhas Africanas das Especiarias

Vasco da Gama abriu o Índico ao império luso. No século XVIII, o arquipélago de Zanzibar tornou-se o maior produtor de cravinho e as especiarias disponíveis diversificaram-se, tal como os povos que as disputaram.
Ilha de Goa, Ilha de Moçambique, Moçambique

A Ilha que Ilumina a de Moçambique

A pequena ilha de Goa sustenta um farol já secular à entrada da Baía de Mossuril. A sua torre listada sinaliza a primeira escala de um périplo de dhow deslumbrante em redor da velha Ilha de Moçambique.

Machangulo, Moçambique

A Península Dourada de Machangulo

A determinada altura, um braço de mar divide a longa faixa arenosa e repleta de dunas hiperbólicas que delimita a Baía de Maputo. Machangulo, assim se denomina a secção inferior, abriga um dos litorais mais grandiosos de Moçambique.
Vilankulos, Moçambique

Índico vem, Índico Vai

A porta de entrada para o arquipélago de Bazaruto de todos os sonhos, Vilankulos tem os seus próprios encantos. A começar pela linha de costa elevada face ao leito do Canal de Moçambique que, a proveito da comunidade piscatória local, as marés ora inundam, ora descobrem.
Parque Nacional de Maputo, Moçambique

O Moçambique Selvagem entre o Rio Maputo e o Índico

A abundância de animais, sobretudo de elefantes, deu azo, em 1932, à criação de uma Reserva de Caça. Passadas as agruras da Guerra Civil Moçambicana, o PN de Maputo protege ecossistemas prodigiosos em que a fauna prolifera. Com destaque para os paquidermes que recentemente se tornaram demasiados.
Tofo, Moçambique

Entre o Tofo e o Tofinho por um Litoral em Crescendo

Os 22km entre a cidade de Inhambane e a costa revelam-nos uma imensidão de manguezais e coqueirais, aqui e ali, salpicados de cubatas. A chegada ao Tofo, um cordão de dunas acima de um oceano Índico sedutor e uma povoação humilde em que o modo de vida local há muito se ajusta para acolher vagas de forasteiros deslumbrados.
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Inhambane, Moçambique

A Capital Vigente de uma Terra de Boa Gente

Ficou para a história que um acolhimento generoso assim fez Vasco da Gama elogiar a região. De 1731 em diante, os portugueses desenvolveram Inhambane, até 1975, ano em que a legaram aos moçambicanos. A cidade mantém-se o cerne urbano e histórico de uma das províncias mais reverenciadas de Moçambique.
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Gurué, Moçambique, Parte 2

Em Gurué, entre Encostas de Chá

Após um reconhecimento inicial de Gurué, chega a hora do chá em redor. Em dias sucessivos, partimos do centro da cidade à descoberta das plantações nos sopés e vertentes dos montes Namuli. Menos vastas que até à independência de Moçambique e à debandada dos portugueses, adornam alguns dos cenários mais grandiosos da Zambézia.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
savuti, botswana, leões comedores de elefantes
Safari
Savuti, Botswana

Os Leões Comedores de Elefantes de Savuti

Um retalho do deserto do Kalahari seca ou é irrigado consoante caprichos tectónicos da região. No Savuti, os leões habituaram-se a depender deles próprios e predam os maiores animais da savana.
Rebanho em Manang, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 8º Manang, Nepal

Manang: a Derradeira Aclimatização em Civilização

Seis dias após a partida de Besisahar chegamos por fim a Manang (3519m). Situada no sopé das montanhas Annapurna III e Gangapurna, Manang é a civilização que mima e prepara os caminhantes para a travessia sempre temida do desfiladeiro de Thorong La (5416 m).
Jardin Escultórico, Edward James, Xilitla, Huasteca Potosina, San Luis Potosi, México, Cobra dos Pecados
Arquitectura & Design
Xilitla, San Luís Potosi, México

O Delírio Mexicano de Edward James

Na floresta tropical de Xilitla, a mente inquieta do poeta Edward James fez geminar um jardim-lar excêntrico. Hoje, Xilitla é louvada como um Éden do surreal.
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Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
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Naghol de Pentecostes: Bungee Jumping para Homens a Sério

Em 1995, o povo de Pentecostes ameaçou processar as empresas de desportos radicais por lhes terem roubado o ritual Naghol. Em termos de audácia, a imitação elástica fica muito aquém do original.
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Até à chegada dos conquistadores espanhóis, Izamal era um polo de adoração do deus Maia supremo Itzamná e Kinich Kakmó, o do sol. Aos poucos, os invasores arrasaram as várias pirâmides dos nativos. No seu lugar, ergueram um grande convento franciscano e um prolífico casario colonial, com o mesmo tom solar em que a cidade hoje católica resplandece.
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Comida
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O Sabor a Costa Rica de El Fogón de Lola

Como o nome deixa perceber, o Fogón de Lola de Guapiles serve pratos confeccionados ao fogão e ao forno, segundo tradição familiar costarricense. Em particular, a família da Tia Lola.
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Cultura

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Alma Mexicana

Com mais de 20 milhões de habitantes numa vasta área metropolitana, esta megalópole marca, a partir do seu cerne de zócalo, o pulsar espiritual de uma nação desde sempre vulnerável e dramática.

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Desporto
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O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
Em Viagem
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Rumo a Braga. A Nepalesa.

Passamos nova manhã de meteorologia gloriosa à descoberta de Ngawal. Segue-se um curto trajecto na direcção de Manang, a principal povoação no caminho para o zénite do circuito Annapurna. Ficamo-nos por Braga (Braka). A aldeola não tardaria a provar-se uma das suas mais inolvidáveis escalas.
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Descemos das terras altas e montanhosas de Meghalaya para as planas a sul e abaixo. Ali, o caudal translúcido e verde do Dawki faz de fronteira entre a Índia e o Bangladesh. Sob um calor húmido que há muito não sentíamos, o rio também atrai centenas de indianos e bangladeshianos entregues a uma pitoresca evasão.
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Neve sem Fim na Ilha do Fogo

Quando, a meio de Maio, a Islândia já conta com o aconchego do sol mas o frio mas o frio e a neve perduram, os habitantes cedem a uma fascinante ansiedade estival.
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À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
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Um Lago Malawi Só para Nós

Dista meros 10km ou 40 minutos num barco tradicional do litoral sempre concorrido de Cape MacLear. Com apenas 1km de diâmetro, a ilha Mumbo proporciona-nos um retiro ecológico memorável no imenso Lago Malawi.
Geotermia, Calor da Islândia, Terra do Gelo, Geotérmico, Lagoa Azul
Património Mundial UNESCO
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O Aconchego Geotérmico da Ilha do Gelo

A maior parte dos visitantes valoriza os cenários vulcânicos da Islândia pela sua beleza. Os islandeses também deles retiram calor e energia cruciais para a vida que levam às portas do Árctico.
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Na Companhia de Mayu

A noite japonesa é um negócio bilionário e multifacetado. Em Osaka, acolhe-nos uma anfitriã de couchsurfing enigmática, algures entre a gueixa e a acompanhante de luxo.
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Cruzeiro pelas Maldivas, entre Ilhas e Atóis

Trazido de Fiji para navegar nas Maldivas, o Princess Yasawa adaptou-se bem aos novos mares. Por norma, bastam um ou dois dias de itinerário, para a genuinidade e o deleite da vida a bordo virem à tona.
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Os Guardiães da Europa Boreal

Há muito discriminado pelos colonos escandinavos, finlandeses e russos, o povo Sami recupera a sua autonomia e orgulha-se da sua nacionalidade.
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Viagens de Comboio: O Melhor do Mundo Sobre Carris

Nenhuma forma de viajar é tão repetitiva e enriquecedora como seguir sobre carris. Suba a bordo destas carruagens e composições díspares e aprecie os melhores cenários do Mundo sobre Carris.
San Cristobal de Las Casas, Chiapas, Zapatismo, México, Catedral San Nicolau
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O Lar Doce Lar da Consciência Social Mexicana

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O Pão que o Diabo Amassou

O trabalho é essencial à maior parte das vidas. Mas, certos trabalhos impõem um grau de esforço, monotonia ou perigosidade de que só alguns eleitos estão à altura.
Hipopótamo exibe as presas, entre outros
Vida Selvagem
PN Mana Pools, Zimbabwé

O Zambeze no Cimo do Zimbabwé

Passada a época das chuvas, o minguar do grande rio na fronteira com a Zâmbia lega uma série de lagoas que hidratam a fauna durante a seca. O Parque Nacional Mana Pools denomina uma região fluviolacustre vasta, exuberante e disputada por incontáveis espécimes selvagens.
Pleno Dog Mushing
Voos Panorâmicos
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.