Vágar, Ilhas Faroé

O Lago que Paira sobre o Atlântico Norte


Midvagur
Casario de Midvagur, uma das povoações nas imediações de Sorvatsvagn.
Trilho para Traenalipa
O caminho sinuoso que leva ao cimo dos penhascos de Traenalipa.
Contraste ovino
Um duo contrastante de ovelhas faroesas.
O Lago que Paira sobre o Oceano
Vista do lago Sorvags do cimo dos penhascos de Traenalipa.
Bosdalafossur
A costa sul de Vágar com a cascata de Bosdalafossur a fazer o escoar o lago de Sorvagsvatn para o Atlântico do Norte.
Lã Faroesa
Ovelha lãzuda sobre o limiar de uma das encosta que delimitam o lago Sorvags.
Poça vizinha do lago Sorvag, na iminência de Traenalipa
Poça marginal ao lago Sorvag e a caminho de Traenalipa.
O Cavalo Nykur
Estátua do cavalo mitológico Nykur ergue-se do lago Sorgav. Esta criatura atrai transeuntes a fazer-lhe festas e acaba por as afogar no lago.
O Encontro com o Atlântico
O ponto em que o lago Sorvagsvatn escoa as suas águas para o oceano.
Por um capricho geológico, Sorvagsvatn é muito mais que o maior lago das ilhas Faroé. Falésias com entre trinta a cento e quarenta metros limitam o extremo sul do seu leito. De determinadas perspectivas, dá a ideia de estar suspenso sobre o oceano.

Só por si, a longa travessia do túnel submarino que liga a ilha de Streymoy à de Vágar justificava a viagem a partir da capital faroense Torshavn, mesmo que o tivéssemos já cruzado por duas vezes.

Esta que era a terceira ocasião, movia-a uma descoberta excepcional.

O túnel deixa-nos sobre a costa norte de Vágar, pouco depois da foz do rio Kálvadalsá e na iminência do de Marknará.

Rios não faltam no arquipélago das Faroé, onde a neve ou a chuva são permanentes e mantêm o tapete branco, no curto Verão, verdejante, das suas ilhas imaculado. Cruzamos o túnel do cimo ao fundo de Vágar, pela estrada 11 abaixo que, mal deixa para trás o leito do Marknará, segue o vale aprofundado pelo Stórá.

Sandavagur surge onde este rio se intersecta com o de Gáansá e o de Fossá, à entrada da baía arenosa e dupla que inspirou o baptismo da povoação.

Midvagur, Vágar, Ilhas Faroé

Uma das incontáveis baías profundas do arquipélago das Faroé, com o casario de Midvagur lá instalado.

Contornamos a primeira boca da baía. Na seguinte, encontramos o vilarejo vizinho de Midvagur, com o seu casario colorido e de telhados em A, disperso ao longo da via, desde o alto da encosta, na direcção do lago que perseguíamos.

Como os rios, abundam os lagos nas Faroé. Com 3.4km2, Sorvagsvatn é, de longe, o maior, três vezes mais amplo que o segundo, situado na mesma ilha de Vágar.

Devido à proximidade com Sorvágur, a povoação no seu extremo norte, o lago faroês supremo é assim conhecido. Mas não só. Nas paragens por onde andávamos, de acordo com as terras a leste do corpo de água, os moradores preferem o nome Leitisvatn.

Com frequência, de maneira a evitarem a já histórica disputa, limitam-se a pescar as suas trutas-mariscas e a trata-lo por vatn, que é como dizer apenas e só o lago. E, no entanto, apenas um lago é coisa que este vatn nunca será.

Olhando para um qualquer mapa de Vágar, percebemos a sua inusitada forma em S aberto. Como se não chegasse, o fundo desse S esconde outra peculiaridade.

Lago Sorvatsvagn, Vágar, Ilhas FaroéContinuamos até ao extremo oposto de Midvagur. Já o casario se desvanece quando damos com o desvio do asfalto para o caminho rural que procurávamos.

A Caminho do Estranho Limiar de Sorvagsvatn

Passado um dos incontáveis portões de gado das Faroés, esse trilho torna-se uma linha estreita e ziguezagueante ao longo de uma vertente suave. E demasiado óbvio para nos perdermos.

Por algum tempo, uma crista ervada faz de barreira visual para o que estaria por diante. Umas centenas de passos depois, já no seu cimo, vemos pela primeira vez o lago, de água azul clara, tranquila, contida por margens curvas quase perfeitas.

A espaços, cruzamo-nos com ovelhas lãzudas, umas negras, outras, de um branco bastante sujo, entretidas a devorar a erva viçosa da paisagem.

Ovelhas, Lago Sorvatsvagn, Vágar, Ilhas Faroé

A nossa passagem e inevitável abordagem fotográfica suscita-lhes uma curta pausa no repasto, pouco mais que isso. Afinal, percorríamos um dos trilhos realmente concorridos de Vágar e das Faroé em geral.

Por estes lados, os ovinos estão há muito habituados ao vaivém constante de humanos.

Sem que o esperássemos, um casal catalão que tínhamos encontrado na ilha de Kalsoy, junto à estátua da mulher-foca Kópakonan de Mikladalur, aparece do sentido contrário. “Apostamos que não vai ser a última vez que nos vemos!” atiram-nos, ligeiramente ofegantes, em castelhano, que o catalão não serviria para comunicarmos.

“É a primeira vez que aqui vêm?” perguntam-nos ainda. Ao que respondemos que sim. “Vocês já viram bem a sorte que têm? Nós, é a terceira. Nas duas primeiras, uma, chovia a potes, a outra, estava tudo ventoso e escuro. E, vocês, sortudos, chegam e apanham logo com um dia assim. Este tem que ser um dos melhores dias do ano das Faroé, nem há lugar para dúvidas.”

Confirmamos a análise dos vizinhos ibéricos, partilhamos uma gargalhada efusiva e mais alguma galhofa bem-disposta. Como sempre aconteceu até no plano histórico, os catalães seguem o seu destino.

Nós, portugueses, o nosso.

Traenalipa e Atlântico do Norte à Vista

A determinada altura, o trilho desvenda-nos uma fenda sombria no relevo e, para além dela e do que parecia o fundo do lago, a linha longínqua do horizonte a separar o Atlântico do Norte do firmamento pouco ou nada nublado acima.

O trilho aponta-nos à base da tal fenda. Lá chegados, percebemos que se tratava de um corte geológico, uma abertura profunda reveladora das falésias que delimitavam a ponta sul recortada de Vágar, não tarda, promovida a um promontório empinado sobre o mar.

Trilho para Traenalipa, lago Sorvatsvagn, Vágar, Ilhas FaroéO trilho flecte para o cimo. Desgastado por sucessivos passos, torna-se lamacento e escorregadio. Com cuidados redobrados, atingimos o seu fim, junto à beira elevada e vertiginosa dos penhascos de Traenalipa.

Ditava aquele término que nos deveríamos deparar com a vista mágica, a tal visão ilusória de Sorvagsvatn que deixa os forasteiros de queixo caído.

Antes que tudo, constatamos a altura do abismo imediato, tão intimidante como mortal. Quando controlamos a ansiedade, levantamos o queixo e perscrutamos a vastidão do panorama.

Um Lago em S e acima do Oceano

Por diante, para norte, víamos a quase meia-lua do lago contida entre vertentes gentis, verde-amareladas, sob um céu azulão pejado de novelos brancos.

Lago Sorvatsvagn, Vágar, Ilhas Faroé

Vista do lago Sorvags do cimo dos penhascos de Traenalipa.

Daquele miradouro natural, a excentricidade do lago reforçava-se. A meia-lua parecia alongar-se em suspenso, acima do recorte das falésias que o oceano invadia com bruar considerável.

Quando contemplada de maior distância, a franja rochosa que serve de tampão ao Sorvagsvatn quase se perde de vista. Dá, assim, a sensação adicional que o lago está a centenas de metros acima do mar e que nele se funde.

Na realidade, no seu ponto mais próximo, são apenas trinta os metros que separam a água doce da salgada. E, como, entretanto, confirmaríamos, a franja rochosa e escarpada no fundo da meia-lua lacustre contém o Sorvagsvatn de forma estável.

Lago Sorvatsvagn, Vágar, Ilhas FaroéAparecem outros caminhantes. Acumulam-se os pretendentes ao lugar fotográfico fulcral que ocupávamos que, em dias bem límpidos, permite ainda avistar seis outras das dezoito ilhas que compõem as Faroé: Streymoy, Hestur, Koltur, Sandoy, Skuvoy e Suduroy.

Traenalipa Abaixo, em Busca da cascata de Bosdalafossur

Cedemos-lhes o privilégio.

Damos azo a uma sucessão de selfies e fotografias tiradas cada vez mais sobre o precipício de Traenalipa (142 metros) que nos arrepiam a bom arrepiar, até porque, por essa altura, estávamos a par do contexto na génese do termo Traenalipa (Penhasco dos Escravos).

Crê-se que o nome teve origem na era Viquingue das Ilhas Faroé e no alegado costume macabro de os viquingues ali empurrarem para a sua morte escravos condenados.

Deixamos de acompanhar as desventuras livres e algo inconscientes dos caminhantes recém-chegados.

De regresso ao trilho, procuramos o desvio que levaria à confluência da beira-lago elevada com o único sector em que o Sorvagsvatn escoa.

O trilho depressa deixa de nos fazer sentido. Em vez de o seguirmos, descemos por socalcos, fendas e plataformas irregulares patrulhadas por gaivotas, andorinhas-do-mar e outras aves marinhas.

Muitos pseudo-degraus depois, damos connosco paredes-meias com o oceano. Ali mesmo, o lago estreita num curto rio que flui sobre um leito basáltico, junto a uma formação de rochedos afiados conhecida por Geituskoradrangur.

Assume o caudal vertical da cascata de Bosdalafossur e despenha-se de trinta metros de altura, com espalhafato, contra as vagas do Atlântico do Norte.

Estátua do Cavalo Nykur, lago Sorvag, Ilhas Faroé

Estátua do cavalo mitológico Nykur ergue-se do lago Sorgav. Esta criatura atrai transeuntes a fazer-lhe festas e acaba por as afogar no lago.

O extremo oposto do lago, marca-o um inusitado símbolo equino. Lá nos deslumbra o empinar da estátua prateada de Nykur criada pelo artista local Pól Skarðenn. O Nykur é uma criatura mitológica com estranhos cascos invertidos.

Tal como contam as lendas faroesas, aparece de quando em quando nas margens do lago Vagar. Ali submergido, exibe a sua elegância para atrair transeuntes a fazer-lhe festas ou até a tentar montá-lo. Quando os inocentes faroeses o tocam, a sua pele pegajosa agarra-os a um turbilhão rotativo que os arrastar para o fundo do lago.

O Nykur tem, no entanto, uma fraqueza. Se alguém gritar o seu nome, perde o seu poder demoníaco e recolhe às suas profundezas sem causar vítimas.

Ao longo do tempo, esta lenda passou a ser usada pelos pais e avós para conseguir manter as crianças afastada de rios, lagos e da beira-do mar, nas ilhas Faroé, quase sempre perigosos.

O Passado Bélico do lago Sorvagsvatn e de Vágar

O lago Sorvagsvatn e os seus arredores da ilha de Vágar são há muito conhecidos. Desempenharam, aliás, papéis de relevo na história destas paragens boreais.

Em plena 2ª Guerra Mundial, os britânicos mantiveram milhares de soldados nas ilhas Faroé, concentrados sobretudo em Vágar. Lá construíram uma pista de aterragem a oeste do lago, complementada por uma estação de apoio a hidroaviões.

Em 1941, uma tal de aeronave Catalina do comando costeiro da Royal Air Force aterrou pela primeira vez sobre as águas de Sorvagsvatn.

As infraestruturas erguidas pelos súbditos de Sua Majestade seriam, mais tarde, usadas como base para aquele que é, ainda hoje, o principal aeroporto das ilhas Faroé, o Vága Floghavn – assim lhe chamam os faroenses – e o nosso porto de ingresso no arquipélago.

Dias depois, muito contra vontade, seria também o nosso ponto de saída das Faroé, iniciada com uma descolagem entre as nuvens que nos prendou com um derradeiro vislumbre do trio inverosímil de Sorvagsvatn, Traenalipa e Bosdalafossur.

Husavik a Myvatn, Islândia

Neve sem Fim na Ilha do Fogo

Quando, a meio de Maio, a Islândia já conta com o aconchego do sol mas o frio mas o frio e a neve perduram, os habitantes cedem a uma fascinante ansiedade estival.
Mykines, Ilhas Faroé

No Faroeste das Faroé

Mykines estabelece o limiar ocidental do arquipélago Faroé. Chegou a albergar 179 pessoas mas a dureza do retiro levou a melhor. Hoje, só lá resistem nove almas. Quando a visitamos, encontramos a ilha entregue aos seus mil ovinos e às colónias irrequietas de papagaios-do-mar.
Kalsoy, Ilhas Faroé

Um Farol no Fim do Mundo Faroês

Kalsoy é uma das ilhas mais isoladas do arquipélago das faroés. Também tratada por “a flauta” devido à forma longilínea e aos muitos túneis que a servem, habitam-na meros 75 habitantes. Muitos menos que os forasteiros que a visitam todos os anos atraídos pelo deslumbre boreal do seu farol de Kallur.
Tórshavn, Ilhas Faroé

O Porto Faroês de Thor

É a principal povoação das ilhas Faroé desde, pelo menos, 850 d.C., ano em que os colonos viquingues lá estabeleceram um parlamento. Tórshavn mantém-se uma das capitais mais diminutas da Europa e o abrigo divinal de cerca de um terço da população faroense.
Islândia

Ilha de Fogo, Gelo, Cascatas e Quedas de Água

A cascata suprema da Europa precipita-se na Islândia. Mas não é a única. Nesta ilha boreal, com chuva ou neve constantes e em plena batalha entre vulcões e glaciares, despenham-se torrentes sem fim.
Lagoa Jökursarlón, Glaciar Vatnajökull, Islândia

Já Vacila o Glaciar Rei da Europa

Só na Gronelândia e na Antárctica se encontram geleiras comparáveis ao Vatnajökull, o glaciar supremo do velho continente. E no entanto, até este colosso que dá mais sentido ao termo Terra do Gelo se está a render ao cerco inexorável do aquecimento global.
PN Thingvellir, Islândia

Nas Origens da Remota Democracia Viking

As fundações do governo popular que nos vêm à mente são as helénicas. Mas aquele que se crê ter sido o primeiro parlamento do mundo foi inaugurado em pleno século X, no interior enregelado da Islândia.
Islândia

O Aconchego Geotérmico da Ilha do Gelo

A maior parte dos visitantes valoriza os cenários vulcânicos da Islândia pela sua beleza. Os islandeses também deles retiram calor e energia cruciais para a vida que levam às portas do Árctico.
Lagoa de Jok​ülsárlón, Islândia

O Canto e o Gelo

Criada pela água do oceano Árctico e pelo degelo do maior glaciar da Europa, Jokülsárlón forma um domínio frígido e imponente. Os islandeses reverenciam-na e prestam-lhe surpreendentes homenagens.
Seydisfjordur, Islândia

Da Arte da Pesca à Pesca da Arte

Quando armadores de Reiquejavique compraram a frota pesqueira de Seydisfjordur, a povoação teve que se adaptar. Hoje, captura discípulos da arte de Dieter Roth e outras almas boémias e criativas.
Kirkjubour, Streymoy, Ilhas Faroé

Onde o Cristianismo Faroense deu à Costa

A um mero ano do primeiro milénio, um missionário viquingue de nome Sigmundur Brestisson levou a fé cristã às ilhas Faroé. Kirkjubour, tornou-se o porto de abrigo e sede episcopal da nova religião.
Streymoy, Ilhas Faroé

Streymoy Acima, ao Sabor da Ilha das Correntes

Deixamos a capital Torshavn rumo a norte. Cruzamos de Vestmanna para a costa leste de Streymoy. Até chegarmos ao extremo setentrional de Tjornuvík, deslumbramo-nos vezes sem conta com a excentricidade verdejante da maior ilha faroesa.
Saksun, StreymoyIlhas Faroé

A Aldeia Faroesa que Não Quer ser a Disneylandia

Saksun é uma de várias pequenas povoações deslumbrantes das Ilhas Faroé, que cada vez mais forasteiros visitam. Diferencia-a a aversão aos turistas do seu principal proprietário rural, autor de repetidas antipatias e atentados contra os invasores da sua terra.
Vágar, Ilhas Faroé

Sorvagur a Gásadalur: Rumo ao Ocaso das Ilhas Faroé

À descoberta dos confins oeste de Vagar, a mais ocidental das grandes ilhas faroesas, percorremos o fiorde SØrvag. Onde a estrada se rende, deslumbramo-nos com a queda d’água de Múlafossur e, acima, com a povoação intrépida, por pouco desabitada, de Gásadalur.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
savuti, botswana, leões comedores de elefantes
Safari
Savuti, Botswana

Os Leões Comedores de Elefantes de Savuti

Um retalho do deserto do Kalahari seca ou é irrigado consoante caprichos tectónicos da região. No Savuti, os leões habituaram-se a depender deles próprios e predam os maiores animais da savana.
Jovens percorrem a rua principal de Chame, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 1º - Pokhara a ChameNepal

Por Fim, a Caminho

Depois de vários dias de preparação em Pokhara, partimos em direcção aos Himalaias. O percurso pedestre só o começamos em Chame, a 2670 metros de altitude, com os picos nevados da cordilheira Annapurna já à vista. Até lá, completamos um doloroso mas necessário preâmbulo rodoviário pela sua base subtropical.
Uma Cidade Perdida e Achada
Arquitectura & Design
Machu Picchu, Peru

A Cidade Perdida em Mistério dos Incas

Ao deambularmos por Machu Picchu, encontramos sentido nas explicações mais aceites para a sua fundação e abandono. Mas, sempre que o complexo é encerrado, as ruínas ficam entregues aos seus enigmas.
Totems, aldeia de Botko, Malekula,Vanuatu
Aventura
Malekula, Vanuatu

Canibalismo de Carne e Osso

Até ao início do século XX, os comedores de homens ainda se banqueteavam no arquipélago de Vanuatu. Na aldeia de Botko descobrimos porque os colonizadores europeus tanto receavam a ilha de Malekula.
Moa numa praia de Rapa Nui/Ilha da Páscoa
Cerimónias e Festividades
Ilha da Páscoa, Chile

A Descolagem e a Queda do Culto do Homem-Pássaro

Até ao século XVI, os nativos da Ilha da Páscoa esculpiram e idolatraram enormes deuses de pedra. De um momento para o outro, começaram a derrubar os seus moais. Sucedeu-se a veneração de tangatu manu, um líder meio humano meio sagrado, decretado após uma competição dramática pela conquista de um ovo.
Moradoras conversam numa das entradas da grande mesquita de Zomba
Cidades
Zomba, Malawi

A Capital Colonial, Inaugural do Malawi

Os britânicos desenvolveram Zomba como capital dos seus territórios às margens do Lago Niassa. De 1964 a 1974, o Malawi independente estendeu-lhe o protagonismo. Com a despromoção para Lilongwe do ano seguinte, Zomba tornou-se uma cidade com arquitectura colonial prodigiosa e cenários deslumbrantes no sopé do planalto epónimo.
Singapura Capital Asiática Comida, Basmati Bismi
Comida
Singapura

A Capital Asiática da Comida

Eram 4 as etnias condóminas de Singapura, cada qual com a sua tradição culinária. Adicionou-se a influência de milhares de imigrados e expatriados numa ilha com metade da área de Londres. Apurou-se a nação com a maior diversidade gastronómica do Oriente.
Kigurumi Satoko, Templo Hachiman, Ogimashi, Japão
Cultura
Ogimashi, Japão

Um Japão Histórico-Virtual

Higurashi no Naku Koro ni” foi uma série de animação nipónica e jogo de computador com enorme sucesso. Em Ogimashi, aldeia de Shirakawa-Go, convivemos com um grupo de kigurumis das suas personagens.
Natação, Austrália Ocidental, Estilo Aussie, Sol nascente nos olhos
Desporto
Busselton, Austrália

2000 metros em Estilo Aussie

Em 1853, Busselton foi dotada de um dos pontões então mais longos do Mundo. Quando a estrutura decaiu, os moradores decidiram dar a volta ao problema. Desde 1996 que o fazem, todos os anos. A nadar.
Devils Marbles, Alice Springs a Darwin, Stuart hwy, Caminho do Top End
Em Viagem
Alice Springs a Darwin, Austrália

Estrada Stuart, a Caminho do Top End da Austrália

Do Red Centre ao Top End tropical, a estrada Stuart Highway percorre mais de 1.500km solitários através da Austrália. Nesse trajecto, o Território do Norte muda radicalmente de visual mas mantém-se fiel à sua alma rude.
Tatooine na Terra
Étnico
Matmata, Tataouine:  Tunísia

A Base Terrestre da Guerra das Estrelas

Por razões de segurança, o planeta Tatooine de "O Despertar da Força" foi filmado em Abu Dhabi. Recuamos no calendário cósmico e revisitamos alguns dos lugares tunisinos com mais impacto na saga.  
portfólio, Got2Globe, fotografia de Viagem, imagens, melhores fotografias, fotos de viagem, mundo, Terra
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Porfólio Got2Globe

O Melhor do Mundo – Portfólio Got2Globe

Insólito Balnear
História

Sul do Belize

A Estranha Vida ao Sol do Caribe Negro

A caminho da Guatemala, constatamos como a existência proscrita do povo garifuna, descendente de escravos africanos e de índios arawaks, contrasta com a de vários redutos balneares bem mais airosos.

Solovestsky Outonal
Ilhas
Ilhas Solovetsky, Rússia

A Ilha-Mãe do Arquipélago Gulag

Acolheu um dos domínios religiosos ortodoxos mais poderosos da Rússia mas Lenine e Estaline transformaram-na num gulag. Com a queda da URSS, Solovestky recupera a paz e a sua espiritualidade.
Verificação da correspondência
Inverno Branco
Rovaniemi, Finlândia

Da Lapónia Finlandesa ao Árctico, Visita à Terra do Pai Natal

Fartos de esperar pela descida do velhote de barbas pela chaminé, invertemos a história. Aproveitamos uma viagem à Lapónia Finlandesa e passamos pelo seu furtivo lar.
Recompensa Kukenam
Literatura
Monte Roraima, Venezuela

Viagem No Tempo ao Mundo Perdido do Monte Roraima

Perduram no cimo do Monte Roraima cenários extraterrestres que resistiram a milhões de anos de erosão. Conan Doyle criou, em "O Mundo Perdido", uma ficção inspirada no lugar mas nunca o chegou a pisar.
Monteverde, Costa Rica, quakers, Reserva Biológica Bosque Nuboso, caminhantes
Natureza
Monteverde, Costa Rica

O Refúgio Ecológico que os Quakers Legaram ao Mundo

Desiludidos com a propensão militar dos E.U.A., um grupo de 44 Quakers migrou para a Costa Rica, nação que havia abolido o exército. Agricultores, criadores de gado, tornaram-se conservacionistas. Viabilizaram um dos redutos naturais mais reverenciados da América Central.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Vulcão ijen, Escravos do Enxofre, Java, Indonesia
Parques Naturais
Vulcão Ijen, Indonésia

Os Escravos do Enxofre do Vulcão Ijen

Centenas de javaneses entregam-se ao vulcão Ijen onde são consumidos por gases venenosos e cargas que lhes deformam os ombros. Cada turno rende-lhes menos de 30€ mas todos agradecem o martírio.
Caminhada Solitária, Deserto do Namibe, Sossusvlei, Namibia, acácia na base de duna
Património Mundial UNESCO
Sossusvlei, Namíbia

O Namibe Sem Saída de Sossusvlei

Quando flui, o rio efémero Tsauchab serpenteia 150km, desde as montanhas de Naukluft. Chegado a Sossusvlei, perde-se num mar de montanhas de areia que disputam o céu. Os nativos e os colonos chamaram-lhe pântano sem retorno. Quem descobre estas paragens inverosímeis da Namíbia, pensa sempre em voltar.
Visitantes da casa de Ernest Hemingway, Key West, Florida, Estados Unidos
Personagens
Key West, Estados Unidos

O Recreio Caribenho de Hemingway

Efusivo como sempre, Ernest Hemingway qualificou Key West como “o melhor lugar em que tinha estado...”. Nos fundos tropicais dos E.U.A. contíguos, encontrou evasão e diversão tresloucada e alcoolizada. E a inspiração para escrever com intensidade a condizer.
El Nido, Palawan a Ultima Fronteira Filipina
Praias
El Nido, Filipinas

El Nido, Palawan: A Última Fronteira Filipina

Um dos cenários marítimos mais fascinantes do Mundo, a vastidão de ilhéus escarpados de Bacuit esconde recifes de coral garridos, pequenas praias e lagoas idílicas. Para a descobrir, basta uma bangka.
Aurora ilumina o vale de Pisang, Nepal.
Religião
Circuito Annapurna: 3º- Upper Pisang, Nepal

Uma Inesperada Aurora Nevada

Aos primeiros laivos de luz, a visão do manto branco que cobrira a povoação durante a noite deslumbra-nos. Com uma das caminhadas mais duras do Circuito Annapurna pela frente, adiamos a partida tanto quanto possível. Contrariados, deixamos Upper Pisang rumo a Ngawal quando a derradeira neve se desvanecia.
white pass yukon train, Skagway, Rota do ouro, Alasca, EUA
Sobre Carris
Skagway, Alasca

Uma Variante da Febre do Ouro do Klondike

A última grande febre do ouro norte-americana passou há muito. Hoje em dia, centenas de cruzeiros despejam, todos os Verões, milhares de visitantes endinheirados nas ruas repletas de lojas de Skagway.
Cruzamento movimentado de Tóquio, Japão
Sociedade
Tóquio, Japão

A Noite Sem Fim da Capital do Sol Nascente

Dizer que Tóquio não dorme é eufemismo. Numa das maiores e mais sofisticadas urbes à face da Terra, o crepúsculo marca apenas o renovar do quotidiano frenético. E são milhões as suas almas que, ou não encontram lugar ao sol, ou fazem mais sentido nos turnos “escuros” e obscuros que se seguem.
saksun, Ilhas Faroé, Streymoy, aviso
Vida Quotidiana
Saksun, StreymoyIlhas Faroé

A Aldeia Faroesa que Não Quer ser a Disneylandia

Saksun é uma de várias pequenas povoações deslumbrantes das Ilhas Faroé, que cada vez mais forasteiros visitam. Diferencia-a a aversão aos turistas do seu principal proprietário rural, autor de repetidas antipatias e atentados contra os invasores da sua terra.
Wadjemup, Rottnest Island, Quokkas
Vida Selvagem
Wadjemup, Rottnest Island, Austrália

Entre Quokkas e outros Espíritos Aborígenes

No século XVII, um capitão holandês apelidou esta ilha envolta de um oceano Índico turquesa, de “Rottnest, um ninho de ratos”. Os quokkas que o iludiram sempre foram, todavia, marsupiais, considerados sagrados pelos aborígenes Whadjuk Noongar da Austrália Ocidental. Como a ilha edénica em que os colonos britânicos os martirizaram.
Pleno Dog Mushing
Voos Panorâmicos
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.