Luz Natural (Parte 1)

E Fez-se Luz na Terra. Saiba usá-la.


Luminosidade caprichosa no Grand Canyon
Humidade localizada cria um arco-íris numa zona com distintas manchas de luz.
A Maior das Maiores
A central geotérmica de Hellisheidi, a mais poderosa do Mundo, com uma capacidade de produção de 303 MW de electricidade e 400 MW de água quente.
Vacas na Neblina
Vacas barram a passagem ao trânsito na neblina do cimo da ilha.
Do dia para a Noite
Sol pôe-se a Ocidente da Playa Benijo, no sudoeste de Tenerife.
Ocaso sobre oceano Pacífico
Passageiros de catamarã admiram o ocaso longínquo, sobre o Oceano Pacífico.
O tema da luz na fotografia é inesgotável. Neste artigo, transmitimos-lhe algumas noções basilares sobre o seu comportamento, para começar, apenas e só face à geolocalização, a altura do dia e do ano.

É provável que não seja novidade: o termo fotografar significa originalmente, do grego, pintar com luz.

Com mais ou menos processamento e mais ou menos electrónica, é isso que qualquer máquina fotográfica faz.

A Luz na Fotografia é, portanto, crucial.

E se a selecção da situação ou do cenário ou paisagem são importantes para essa “pintura”, a escolha da luz que os iluminam tem igual importância. Afinal, uma boa combinação destes elementos dá origem às melhores fotografias.

Sabemos que a luz pode ter origem natural ou artificial. Neste artigo, vamos dedicar-nos apenas a explicar-lhe três das principais variáveis que influenciam a maior dureza ou suavidade da luz solar.

Começamos com quatro noções incontornáveis sobre a Luz na Fotografia:

1- A luz é composta por vários comprimentos de onda – azul escuro; azul claro; verde, amarelo; vermelho; laranja e suas variantes. Estes comprimentos de onda e, como tal, a luz mudam a toda hora.

A mudança deve-se a vários factores mas essencialmente devido à posição do sol face ao horizonte terrestre e à meteorologia.

2- Quanto mais oblíquo face ao horizonte estiver o sol, mais suave e quente será a luz. Isto porque quanto mais oblíquo está, mais atmosfera têm que atravessar os raios solares. 

A atmosfera faz com que se dispersem os comprimentos de onda azulados da luz e deixa passar em predomínio os vermelhos e laranjas.

3- A luz natural com predomínio de tons “quentes” (laranjas e amarelos) e pouco contrastada – porque muito filtrada pela atmosfera –  é aquela a que chamamos suave.

É, por norma, a mais valorizada para uma grande diversidade de propósitos fotográficos. 

4 – A camada de nuvens bloqueia e “esfria” a luz a chegar à superfície da Terra pelo que tudo o que ler a seguir não se aplica em dias de nevoeiro ou completamente nublados.

Meteorologia à parte, vejamos quando é suposto termos a luz mais suave e mais dura no que diz respeito a:

Hora do Dia

Em dias de céu limpo ou pouco nublado, pouco depois do nascer do sol e pouco antes do pôr-do-sol, são as alturas em que a luz natural terá maior suavidade e melhor tonalidade. 

Durante e logo após o pôr-do-sol, é normal o céu, as nuvens (também o seu reflexo na água) se revestirem de tons rosados ou magentas. São coloridos por uma espécie de “restos” de luz directa do sol.

À medida que a Terra gira, estes tons somem-se e são substituídos por um azulado cada vez mais escuro e, logo, pelo escuro.

Pelo contrário, a pior altura para fotografar com luz suave será sempre, pela teoria, o meio-dia e as restantes horas do dia em que o sol mais está a pique. 

Altura do Ano e Latitude 

A interação da altura do ano ou estação do ano (movimento de Translação da Terra) com a latitude torna a lógica da hora do dia bastante mais complexa do que o descrito acima.

Com a devida ressalva para o longo Inverno dos extremos árcticos e antárcticos em que a luz solar praticamente não incide, quanto maior for a Latitude (proximidade dos polos) maior suavidade e melhor tonalidade terá a luz natural.

Só não o é em absoluto porque estes lugares têm o seu próprio Verão.

No estivo do cimo e do fundo da Terra, a luz solar incide muitas horas de forma directa (menos oblíqua que noutras alturas do ano). 

Nos meses de Verão dos lugares boreais ou austrais, a luz é praticamente contínua (pode durar até 22, 23 horas de um dia em Junho em lugares como o Alasca, a Lapónia ou a Terra do Fogo).

Caso esteja céu limpo, pode acontecer que, destas horas, várias sejam de luz dura, demasiado intensa se for, por exemplo, reflectida por solo nevado. 

Em contrapartida, muitas outras serão de luz suave já que o sol se mantêm imenso tempo baixo sobre o horizonte terrestre.

Pelo contrário, no Equador (latitude 0º) e latitudes contíguas:

Não existem estações do ano – poderão existir monções. O nascer do sol e o pôr do sol (aproximadamente 6h e 18h) pouco variam.  

Poderá contar com aproximadamente 12h de luz diária, um pouco mais ou menos à medida que a latitude aumenta e a distância dessa zona da Terra varia face ao sol. 

Visto de uma forma simplificada:  em zonas equatoriais ou tropicais directamente expostas ao sol ou no Verão de latitudes intermédias, como, por exemplo, a de Portugal (ou o Uruguai, no Hemisfério Sul) as horas do dia com luz suave vão de pouco depois da alvorada às 9h30 ou 10h da manhã e das 15h30, 16h ao pôr-do-sol.

E resumindo tudo o que vimos atrás, seguindo a mesma lógica, uma combinação de latitude e altura em que teremos garantidamente luz suave será, por exemplo:

nos primeiros dias do ano – fim do Inverno, nas latitudes boreais mais elevadas. Neste caso, a luz solar ténue e pouco duradoura aumentar significativamente de dia para dia.

Altitude

A verdadeira cor do céu é o preto. Durante o dia, olhamos para o céu iluminado e colorido de azul acima de tudo pelo espectro azulado disperso da luz solar.

Só que à medida que a altitude aumenta o ar é mais rarefeito. Como é mais rarefeito, dispersa cada vez menos desse espectro.

Em consequência, o céu torna-se menos azul e mais negro. Isto pode afectar a luminosidade das imagens que ficam sub-expostas (escurecidas).

O efeito é perfeitamente visível em altitudes a partir de 3.500, 4.000 metros.

CASOS PRÁTICOS DE GESTÃO DE LUZ NA FOTOGRAFIA

Porque influenciam directamente tanto o espectro e a duração da luz como a meteorologia, a latitude e a época do ano são  os primeiros factores a influenciar o tipo de trabalho fotográfico que se vai encontrar numa determinada viagem.

Uma coisa é viajar para o equador em que é um dado garantido que o sol nascerá por volta das 6 am e se porá por volta das 18 h.

Outra coisa é viajar para a Islândia a 20 de Junho em que há luz 24 horas por dia.

Assim, temos aprendido com a experiência que:

Nos países equatoriais e tropicais

1- O ideal é acordar o mais cedo possível, de preferência antes do nascer do sol e aproveitar ao máximo a luz suave que vai da alvorada às 9h30 da manhã para fotografar paisagens, cenários, situações, retratos com a luz o mais suave possível.

2 – Das 11h da manhã em diante e até praticamente às 16h, salvo alguns lugares excepcionais será difícil continuar a consegui-lo com boa qualidade.

Pode aproveitar este período para cobrir uma floresta tropical densa (única altura em que a luz irá provavelmente entrar), determinadas ruelas específicas de uma cidade colonial, imagens de mar translúcido (melhores com o sol a pique), mercados fechados ou outros interiores.

Caso contrário, é uma boa altura para organizar próximos dias de trabalho ou descansar.

3 – Das 16h, 16h30 em diante, é de novo um período do dia crucial para um bom trabalho fotográfico.

No Verão de um país boreal ou austral

1 – O facto de haver provavelmente luz 24 horas por dia levanta problemas de selecção de tempos de trabalho e de descanso.

Para começar, não se esqueça que as “faixas temporais” do nascer do dia e o pôr-do-sol criam quase sempre luminosidades especiais.

Organize o seu tempo de trabalho e descanso de maneira a estar disponível para ambas.

2- Se tiver esse privilégio, oriente o seu trabalho em função do prazer que lhe está a dar a descoberta.

Neste tipo de enquadramento geográfico e sazonal, é fácil dar consigo fisicamente de rastos sem ter usufruído do lugar sem ser “atrás” da máquina fotográfica precisamente porque entrou em “modo automático” e fotografa de forma obsessiva fascinado pelo lugar.

3 – Outra questão importante: lugares situados a grandes latitudes têm meteorologias complicadas e instáveis.

De preferência, mantenha-se com acesso à Internet, informado sobre o que é esperado para cada lugar e disponível para viajar para os lugares em que se prevê melhor tempo.

4- Aproveite períodos de chuva forte e inequivocamente longa para descansar.

O período de desmobilização ou alívio de tempestades oferece quase sempre luminosidades especiais.

Tóquio, Japão

Fotografia Tipo-Passe à Japonesa

No fim da década de 80, duas multinacionais nipónicas já viam as fotocabines convencionais como peças de museu. Transformaram-nas em máquinas revolucionárias e o Japão rendeu-se ao fenómeno Purikura.
Luz Natural (Parte 2)

Um Sol, tantas Luzes

A maior parte das fotografias em viagem são tiradas com luz solar. A luz solar e a meteorologia formam uma interacção caprichosa. Saiba como a prever, detectar e usar no seu melhor.
Jaffa, Israel

Onde Assenta a Telavive Sempre em Festa

Telavive é famosa pela noite mais intensa do Médio Oriente. Mas, se os seus jovens se divertem até à exaustão nas discotecas à beira Mediterrâneo, é cada vez mais na vizinha Old Jaffa que dão o nó.
Chã das Caldeiras, Ilha do Fogo Cabo Verde

Um Clã "Francês" à Mercê do Fogo

Em 1870, um conde nascido em Grenoble a caminho de um exílio brasileiro, fez escala em Cabo Verde onde as beldades nativas o prenderam à ilha do Fogo. Dois dos seus filhos instalaram-se em plena cratera do vulcão e lá continuaram a criar descendência. Nem a destruição causada pelas recentes erupções demove os prolíficos Montrond do “condado” que fundaram na Chã das Caldeiras.    
Passo do Lontra, Miranda, Brasil

O Brasil Alagado a um Passo da Lontra

Estamos no limiar oeste do Mato Grosso do Sul mas mato, por estes lados, é outra coisa. Numa extensão de quase 200.000 km2, o Brasil surge parcialmente submerso, por rios, riachos, lagoas e outras águas dispersas em vastas planícies de aluvião. Nem o calor ofegante da estação seca drena a vida e a biodiversidade de lugares e fazendas pantaneiras como a que nos acolheu às margens do rio Miranda.
Castro Laboreiro, Portugal  

Do Castro de Laboreiro à Raia da Serra Peneda - Gerês

Chegamos à (i) eminência da Galiza, a 1000m de altitude e até mais. Castro Laboreiro e as aldeias em redor impõem-se à monumentalidade granítica das serras e do Planalto da Peneda e de Laboreiro. Como o fazem as suas gentes resilientes que, entregues ora a Brandas ora a Inverneiras, ainda chamam casa a estas paragens deslumbrantes.
Grande Zimbabwe

Grande Zimbabué, Mistério sem Fim

Entre os séculos XI e XIV, povos Bantu ergueram aquela que se tornou a maior cidade medieval da África sub-saariana. De 1500 em diante, à passagem dos primeiros exploradores portugueses chegados de Moçambique, a cidade estava já em declínio. As suas ruínas que inspiraram o nome da actual nação zimbabweana encerram inúmeras questões por responder.  
Izamal, México

A Cidade Mexicana, Santa, Bela e Amarela

Até à chegada dos conquistadores espanhóis, Izamal era um polo de adoração do deus Maia supremo Itzamná e Kinich Kakmó, o do sol. Aos poucos, os invasores arrasaram as várias pirâmides dos nativos. No seu lugar, ergueram um grande convento franciscano e um prolífico casario colonial, com o mesmo tom solar em que a cidade hoje católica resplandece.
Cape Coast, Gana

O Festival da Divina Purificação

Reza a história que, em tempos, uma praga devastou a população da Cape Coast do actual Gana. Só as preces dos sobreviventes e a limpeza do mal levada a cabo pelos deuses terão posto cobro ao flagelo. Desde então, os nativos retribuem a bênção das 77 divindades da região tradicional Oguaa com o frenético festival Fetu Afahye.
Fish River Canyon, Namíbia

As Entranhas Namibianas de África

Quando nada o faz prever, uma vasta ravina fluvial esventra o extremo meridional da Namíbia. Com 160km de comprimento, 27km de largura e, a espaços, 550 metros de profundidade, o Fish River Canyon é o Grand Canyon de África. E um dos maiores desfiladeiros à face da Terra.
Tonga, Samoa Ocidental, Polinésia

Pacífico XXL

Durante séculos, os nativos das ilhas polinésias subsistiram da terra e do mar. Até que a intrusão das potências coloniais e a posterior introdução de peças de carne gordas, da fast-food e das bebidas açucaradas geraram uma praga de diabetes e de obesidade. Hoje, enquanto boa parte do PIB nacional de Tonga, de Samoa Ocidental e vizinhas é desperdiçado nesses “venenos ocidentais”, os pescadores mal conseguem vender o seu peixe.
Circuito Annapurna: 2º - Chame a Upper PisangNepal

(I)Eminentes Annapurnas

Despertamos em Chame, ainda abaixo dos 3000m. Lá  avistamos, pela primeira vez, os picos nevados e mais elevados dos Himalaias. De lá partimos para nova caminhada do Circuito Annapurna pelos sopés e encostas da grande cordilheira. Rumo a Upper Pisang.
Jaisalmer, Índia

Há Festa no Deserto do Thar

Mal o curto Inverno parte, Jaisalmer entrega-se a desfiles, a corridas de camelos e a competições de turbantes e de bigodes. As suas muralhas, ruelas e as dunas em redor ganham mais cor que nunca. Durante os três dias do evento, nativos e forasteiros assistem, deslumbrados, a como o vasto e inóspito Thar resplandece afinal de vida.
Usbequistão

Viagem Pelo Pseudo-Alcatrão do Usbequistão

Os séculos passaram. As velhas e degradadas estradas soviéticas sulcam os desertos e oásis antes atravessados pelas caravanas da Rota da Seda. Sujeitos ao seu jugo durante uma semana, vivemos cada paragem e incursão nos lugares e cenários usbeques como recompensas rodoviárias históricas.
Table Mountain, África do Sul

À Mesa do Adamastor

Dos tempos primordiais das Descobertas à actualidade, a Montanha da Mesa sempre se destacou acima da imensidão sul-africana e dos oceanos em redor. Os séculos passaram e a Cidade do Cabo expandiu-se a seus pés. Tanto os capetonians como os forasteiros de visita se habituaram a contemplar, a ascender e a venerar esta meseta imponente e mítica.
Florida Keys, E.U.A.

A Alpondra Caribenha dos E.U.A.

Os Estados Unidos continentais parecem encerrar-se, a sul, na sua caprichosa península da Flórida. Não se ficam por aí. Mais de cem ilhas de coral, areia e mangal formam uma excêntrica extensão tropical que há muito seduz os veraneantes norte-americanos.
Dali, China

A China Surrealista de Dali

Encaixada num cenário lacustre mágico, a antiga capital do povo Bai manteve-se, até há algum tempo, um refúgio da comunidade mochileira de viajantes. As mudanças sociais e económicas da China fomentaram a invasão de chineses à descoberta do recanto sudoeste da nação.
Bhaktapur, Nepal

As Máscaras Nepalesas da Vida

O povo indígena Newar do Vale de Katmandu atribui grande importância à religiosidade hindu e budista que os une uns aos outros e à Terra. De acordo, abençoa os seus ritos de passagem com danças newar de homens mascarados de divindades. Mesmo se há muito repetidas do nascimento à reencarnação, estas danças ancestrais não iludem a modernidade e começam a ver um fim.
Circuito Annapurna: 1º - Pokhara a ChameNepal

Por Fim, a Caminho

Depois de vários dias de preparação em Pokhara, partimos em direcção aos Himalaias. O percurso pedestre só o começamos em Chame, a 2670 metros de altitude, com os picos nevados da cordilheira Annapurna já à vista. Até lá, completamos um doloroso mas necessário preâmbulo rodoviário pela sua base subtropical.
Ilha da Páscoa, Chile

A Descolagem e a Queda do Culto do Homem-Pássaro

Até ao século XVI, os nativos da Ilha da Páscoa esculpiram e idolatraram enormes deuses de pedra. De um momento para o outro, começaram a derrubar os seus moais. Sucedeu-se a veneração de tangatu manu, um líder meio humano meio sagrado, decretado após uma competição dramática pela conquista de um ovo.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Esteros del Iberá, Pantanal Argentina, Jacaré
Safari
Esteros del Iberá, Argentina

O Pantanal das Pampas

No mapa mundo, para sul do famoso pantanal brasileiro, surge uma região alagada pouco conhecida mas quase tão vasta e rica em biodiversidade. A expressão guarani Y berá define-a como “águas brilhantes”. O adjectivo ajusta-se a mais que à sua forte luminância.
Jovens percorrem a rua principal de Chame, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 1º - Pokhara a ChameNepal

Por Fim, a Caminho

Depois de vários dias de preparação em Pokhara, partimos em direcção aos Himalaias. O percurso pedestre só o começamos em Chame, a 2670 metros de altitude, com os picos nevados da cordilheira Annapurna já à vista. Até lá, completamos um doloroso mas necessário preâmbulo rodoviário pela sua base subtropical.
Cabana de Bay Watch, Miami beach, praia, Florida, Estados Unidos,
Arquitectura & Design
Miami Beach, E.U.A.

A Praia de Todas as Vaidades

Poucos litorais concentram, ao mesmo tempo, tanto calor e exibições de fama, de riqueza e de glória. Situada no extremo sudeste dos E.U.A., Miami Beach tem acesso por seis pontes que a ligam ao resto da Florida. É parco para o número de almas que a desejam.
lagoas e fumarolas, vulcoes, PN tongariro, nova zelandia
Aventura
Tongariro, Nova Zelândia

Os Vulcões de Todas as Discórdias

No final do século XIX, um chefe indígena cedeu os vulcões do PN Tongariro à coroa britânica. Hoje, parte significativa do povo maori reclama aos colonos europeus as suas montanhas de fogo.
bebe entre reis, cavalhadas de pirenopolis, cruzadas, brasil
Cerimónias e Festividades
Pirenópolis, Brasil

Cruzadas à Brasileira

Os exércitos cristãos expulsaram as forças muçulmanas da Península Ibérica no séc. XV mas, em Pirenópolis, estado brasileiro de Goiás, os súbditos sul-americanos de Carlos Magno continuam a triunfar.
Santo Domingo, Cidade Colonial, República Dominicana, Diego Colombo
Cidades
Santo Domingo, República Dominicana

A Mais Longeva Anciã Colonial das Américas

Santo Domingo é a colónia há mais tempo habitada do Novo Mundo. Fundada, em 1498, por Bartolomeu Colombo, a capital da República Dominicana preserva intacto um verdadeiro tesouro de resiliência histórica.
Singapura Capital Asiática Comida, Basmati Bismi
Comida
Singapura

A Capital Asiática da Comida

Eram 4 as etnias condóminas de Singapura, cada qual com a sua tradição culinária. Adicionou-se a influência de milhares de imigrados e expatriados numa ilha com metade da área de Londres. Apurou-se a nação com a maior diversidade gastronómica do Oriente.
Cultura
Pueblos del Sur, Venezuela

Os Pauliteiros de Mérida, Suas Danças e Cia

A partir do início do século XVII, com os colonos hispânicos e, mais recentemente, com os emigrantes portugueses consolidaram-se nos Pueblos del Sur, costumes e tradições bem conhecidas na Península Ibérica e, em particular, no norte de Portugal.
Corrida de Renas , Kings Cup, Inari, Finlândia
Desporto
Inari, Finlândia

A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
Namibe, Angola, Gruta, Parque Iona
Em Viagem
Namibe, Angola

Incursão ao Namibe Angolano

À descoberta do sul de Angola, deixamos Moçâmedes para o interior da província desértica. Ao longo de milhares de quilómetros sobre terra e areia, a rudeza dos cenários só reforça o assombro da sua vastidão.
Cacau, Chocolate, Sao Tome Principe, roça Água Izé
Étnico
São Tomé e Príncipe

Roças de Cacau, Corallo e a Fábrica de Chocolate

No início do séc. XX, São Tomé e Príncipe geravam mais cacau que qualquer outro território. Graças à dedicação de alguns empreendedores, a produção subsiste e as duas ilhas sabem ao melhor chocolate.
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

A Vida Lá Fora

História
Fortalezas

O Mundo à Defesa – Castelos e Fortalezas que Resistem

Sob ameaça dos inimigos desde os confins dos tempos, os líderes de povoações e de nações ergueram castelos e fortalezas. Um pouco por todo o lado, monumentos militares como estes continuam a resistir.
Victoria, capital, ilhas Seychelles, Mahé, Vida da Capital
Ilhas
Victoria, Mahé, Seychelles

De “Estabelecimento” Francófono à Capital Crioula das Seychelles

Os franceses povoaram o seu “L’Établissement” com colonos europeus, africanos e indianos. Dois séculos depois, os rivais britânicos tomaram-lhes o arquipélago e rebaptizaram a cidade em honra da sua rainha Victoria. Quando a visitamos, a capital das Seychelles mantém-se tão multiétnica como diminuta.
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Inverno Branco
Islândia

O Aconchego Geotérmico da Ilha do Gelo

A maior parte dos visitantes valoriza os cenários vulcânicos da Islândia pela sua beleza. Os islandeses também deles retiram calor e energia cruciais para a vida que levam às portas do Árctico.
Vista do topo do Monte Vaea e do tumulo, vila vailima, Robert Louis Stevenson, Upolu, Samoa
Literatura
Upolu, Samoa

A Ilha do Tesouro de Stevenson

Aos 30 anos, o escritor escocês começou a procurar um lugar que o salvasse do seu corpo amaldiçoado. Em Upolu e nos samoanos, encontrou um refúgio acolhedor a que entregou a sua vida de alma e coração.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Natureza
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Caminhantes abaixo do Zabriskie Point, Vale da Morte, Califórnia, Estados Unidos da América
Parques Naturais
Vale da Morte, E.U.A.

O Ressuscitar do Lugar Mais Quente

Desde 1921 que Al Aziziyah, na Líbia, era considerado o lugar mais quente do Planeta. Mas a polémica em redor dos 58º ali medidos fez com que, 99 anos depois, o título fosse devolvido ao Vale da Morte.
Khiva, Uzbequistão, Fortaleza, Rota da Seda,
Património Mundial UNESCO
Khiva, Uzbequistão

A Fortaleza da Rota da Seda que a União Soviética Aveludou

Nos anos 80, dirigentes soviéticos renovaram Khiva numa versão amaciada que, em 1990, a UNESCO declarou património Mundial. A URSS desintegrou-se no ano seguinte. Khiva preservou o seu novo lustro.
Era Susi rebocado por cão, Oulanka, Finlandia
Personagens
PN Oulanka, Finlândia

Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
Parque Nacional Cahuita, Costa Rica, Caribe, Punta Cahuita vista aérea
Praias
Cahuita, Costa Rica

Uma Costa Rica de Rastas

Em viagem pela América Central, exploramos um litoral da Costa Rica tão afro quanto das Caraíbas. Em Cahuita, a Pura Vida inspira-se numa fé excêntrica em Jah e numa devoção alucinante pela cannabis.
Composição sobre Nine Arches Bridge, Ella, Sri Lanka
Religião
PN Yala-Ella-Candia, Sri Lanka

Jornada Pelo Âmago de Chá do Sri Lanka

Deixamos a orla marinha do PN Yala rumo a Ella. A caminho de Nanu Oya, serpenteamos sobre carris pela selva, entre plantações do famoso Ceilão. Três horas depois, uma vez mais de carro, damos entrada em Kandy, a capital budista que os portugueses nunca conseguiram dominar.
De volta ao sol. Cable Cars de São Francisco, Vida Altos e baixos
Sobre Carris
São Francisco, E.U.A.

Cable Cars de São Francisco: uma Vida aos Altos e Baixos

Um acidente macabro com uma carroça inspirou a saga dos cable cars de São Francisco. Hoje, estas relíquias funcionam como uma operação de charme da cidade do nevoeiro mas também têm os seus riscos.
Vulcão ijen, Escravos do Enxofre, Java, Indonesia
Sociedade
Vulcão Ijen, Indonésia

Os Escravos do Enxofre do Vulcão Ijen

Centenas de javaneses entregam-se ao vulcão Ijen onde são consumidos por gases venenosos e cargas que lhes deformam os ombros. Cada turno rende-lhes menos de 30€ mas todos agradecem o martírio.
O projeccionista
Vida Quotidiana
Sainte-Luce, Martinica

Um Projeccionista Saudoso

De 1954 a 1983, Gérard Pierre projectou muitos dos filmes famosos que chegavam à Martinica. 30 anos após o fecho da sala em que trabalhava, ainda custava a este nativo nostálgico mudar de bobine.
Fazenda de São João, Pantanal, Miranda, Mato Grosso do Sul, ocaso
Vida Selvagem
Fazenda São João, Miranda, Brasil

Pantanal com o Paraguai à Vista

Quando a fazenda Passo do Lontra decidiu expandir o seu ecoturismo, recrutou a outra fazenda da família, a São João. Mais afastada do rio Miranda, esta outra propriedade revela um Pantanal remoto, na iminência do Paraguai. Do país e do rio homónimo.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.